Voltando às rapidinhas na Mega Drive, o jogo que cá trago hoje é mais um dos muitos shmups na biblioteca da consola de 16bit da Sega. A primeira vez que o joguei foi depois de ter descoberto o admirável mundo novo da emulação, algures em 1998. Na altura sempre achei piada à cutscene inicial de abertura do jogo e eventualmente lá acabei por conseguir comprar uma cópia do jogo. O meu exemplar foi comprado a um particular no mês passado de Julho, tendo-me custado cerca de 15€ se bem me recordo.
É possível que o jogo seja uma espécie de sucessor do Transbot, devido ao facto da nossa nave se poder transformar entre um mecha e uma nave espacial propriamente dita. Fora isso, podemos coleccionar diferentes tipos de power ups que nos dão acesso a diferentes armas, bem como um conjunto de até 3 naves adicionais que viajam connosco e nos dão mais poder de fogo. Alternar entre a forma de robot e nave permite que o nosso padrão de disparo seja um pouco diferente, para além de que na forma de robot estamos mais susceptíveis a fogo inimigo, enquanto que na forma de nave temos mais velocidade horizontal. Como não podia deixar de ser, temos também diferentes poderes especiais, os tais arrow flash, que diferem se disparados em cada forma. Na forma de nave, este poder especial permite-nos disparar 5 poderosos raios laser em simultâneo, enquanto na forma de mecha deixa-nos envolvidos numa chama que nos dá invencibilidade temporária, podendo albarroar as naves inimigas e causando-lhes bastante dano.

No final do primeiro nível vemos uma nave gigantesca a despenhar-se num planeta. Seria interessante haver mais eventos épicos desses
Estes poderes especiais podem ser consumidos de duas formas, seleccionáveis nas opções antes de começar o jogo. Por um lado podem ser usados de forma limitada ao pressionar o botão C, sendo que poderemos encontrar munições extra ao apanhar certos power ups. O outro modo é de uso ilimitado, embora não cause tanto dano assim e obriga-nos a manter o botão C pressionado durante alguns segundos para conseguir “carregar” o ataque. De resto, é um shmup simples, porém competente na sua jogabilidade.
A nível audiovisual confesso que, tirando as cutscenes inicial e final, fiquei um pouco desiludido. Isto porque os níveis não tão bem detalhados quanto isso e o design dos inimigos não é o melhor. Estava à espera de mais mechas! As músicas são na sua maioria rock, o que à partida me agradaria, mas não é bem esse o caso, pelo menos nas músicas dos primeiros níveis.
Portanto, este Arrow Flash acaba por ser um shmup competente a nível de jogabilidade, mas na minha opinião teria potencial para ser muito melhor, se tivessem investido um pouco mais na sua apresentação geral.