A rapidinha de hoje leva-nos para mais um jogo da Mega CD, nomeadamente este Black Hole Assault que sinceramente nunca tinha ouvido falar do mesmo. Desenvolvido pela nipónica Micronet, este é um jogo de luta futurista entre mechas e sequela directa do Heavy Nova, um outro jogo da Micronet lançado para a Mega CD e Mega Drive, mas apenas em solo japonês e americano respectivamente. Bom, a jogabilidade não é grande coisa, mas devo dizer que fiquei bastante supreendido pela sua apresentação. Mas já lá vamos. O meu exemplar veio do reino Unido há uns tempos atrás, creio que me custou algo entre os 7,5 e os 10€ se bem me recordo.
40 anos após os acontecimentos de Heavy Nova, onde uma civilização alienígena conhecida pelo nome de Akirovianos, atacou o planeta terra, deixando-o à beira da ruína. Agora, com a humanidade ainda a recuperar, os aliens estão de regresso, ao posicionar uma série de robots em pontos fulcrais do sistema solar e que estão a atacar as nossas naves que para lá viajam em busca de recursos. Cabe-nos a nós então encarnar num piloto humano que irá conduzir o seu mecha e combater cada um destes robots, eliminando uma vez mais esta ameaça.
Entre cada combate podemos escolher quais dois dois mechas queremos controlar, seja o Cyquest ou o Orion, cada um com diferentes habilidades. Depois nos combates em si, para além do tempo de combate que temos disponível, cada robot possui uma barra de vida que se vai esvaziando com o dano infligido e o nosso objectivo é naturalmente o de derrotar o oponente à pancada. Para além disso, cada robot possui também um certo nível de energia (medido em percentagem) que quando no máximo, nos permite executar o golpe especial do robot em questão, ao pressionar o mesmo botão dos socos. Portanto a nível de jogabilidade em teoria as coisas são bastante simples, mas quando começamos a jogar, o caso muda de figura. Os robots são lentos, os controlos nem sempre respondem (ou sou eu que não acerto no timing) e não há uma grande variedade assim de diferents golpes.
De resto, para além do modo história, temos também alguns modos multiplayer, desde partidas casuais, que curiosamente possuem um editor muito interessante onde podemos customizar os nossos oponentes, a probabilidade de desferirem cada golpe, etc. Temos também modos de torneio (combates eliminatórios) e campeonatos (por pontos), o que até seria um ponto positivo, se a jogabilidade não fosse tão mázinha.
Por outro lado a nível de audiovisuais este é um jogo decididamente surpreendente. O mesmo está repleto de cutscenes anime e com um voice acting bem melhor do que estaria à espera (o que também não quer dizer muito) e entre cada combate vamos tendo também uma série de animações que simulam uma linha de comandos, um toque que sinceramente me agradou. Infelizmente muitas das cutscenes têm história para encher chouriços, mas é de louvar o esforço que a Micronet colocou na apresentação do jogo. As arenas e lutadores possuem gráficos bons quanto baste, com os combates a decorrerem em diversas luas e planetas do sistema solar, cada qual com diferentes paisagens. As músicas são todas em CD-Audio e bastante agradáveis.
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