Vamos para mais uma rapidinha e o jogo que cá trago hoje é mais uma Visual Novel trazida pelo grupo Sekai Project. Ou seja, mais uma história com romances entre adolescentes e eventuais cenas hentai que foram removidas da versão Steam. O meu exemplar foi comprado num indie bundle algures no tempo, tendo ficado a um preço final muito acessível.
Este jogo coloca-nos no papel de Yuma, um jovem aluno da escola secundária lá da terra dele. O jogo apresenta-nos Yuma como um rapaz incapaz de amar alguém, no entanto não deixa de ser boa pessoa e tenta ajudar todos à sua volta. Como é normal nestas visual novels, Yuma vê-se rodeado de várias pretendentes e as nossas acções vão culminar num romance com uma dessas pretendentes. Existe também uma backstory de cada personagem, Yuma inclusivamente, que vamos abordar à medida que o jogo vai avançando. E sim, no meio de tanta lamechice, por vezes até encontramos bons momentos de narrativa, até porque cada uma das pretendentes possui diferentes backstories, algumas bem interessantes que envolvem grim reapers.
A primeira coisa que me apercebi deste jogo foi logo quando o comecei a instalar: 7GB de uma Visual Novel é muita coisa, visto que a maior parte é texto, imagens para os personagens, backgrounds ou algumas cutscenes de vídeo que imitam os openings de animes. Bom, este jogo possui tudo isso e mais voice acting em japonês para todas as personagens, excepto a do próprio Yuma. Mas ainda assim, 7GB é muita coisa. E isso explica-se de uma forma muito simples: Saku Saku tem muito, muito texto. Cada playthrough leva à volta de 6 a 8 horas, dependendo do quão rápido lêm texto em inglês. De resto as mecânicas de jogo são as habituais neste género, onde (muito) ocasionalmente teremos algumas escolhas a fazer que nos levarão a diferentes finais distintos, onde acabamos por conquistar uma das várias possíveis “namoradas”. Felizmente temos a opção skip text que avança o texto já lido, algo útil quando quisermos rejogar o jogo e explorar outras escolhas. Temos também o auto scroll, que faz o texto avançar automaticamente sem esperar pelo nosso input – excelente que nestes últimos dias tem feito frio e não dá jeito nenhum ter um braço fora da manta só para avançar com o jogo.

A qualidade dos desenhos é boa e ocasionalmente o jogo tenta incutir alguns momentos de bom humor, acompanhados com desenhos em SD
A nível audiovisual, é uma obra bem trabalhada, com planos de fundo muito bem definidos e várias cutscenes de vídeo que me pareceram com óptima qualidade. O voice acting é inteiramente japonês, o que para mim faz todo o sentido que assim seja tendo em conta o estilo de jogo e o seu setting. As músicas vão sendo variadas e nunca desagradáveis.
O único senão é mesmo a longa duração do jogo, há mesmo ali muita palha que temos de ler até à história se desenrolar. Basicamente todas as escolhas que fazemos ao longo das primeiras horas de jogo definem a rapariga que vamos “conquistar”, e depois das escolhas feitas temos outras tantas horas de jogo só para ver como a história se desenrola. Dependendo da rapariga escolhida, a história vai-se desenrolando de forma muito diferente, portanto apesar de termos a hipótese de avançar diálogos já previamente lidos, apenas conseguimos avançar os diálogos respectivos às escolhas que fazemos na primeira parte de jogo, a restante temos na mesma muito texto para ler. Portanto por um lado, para quem for fã deste tipo de jogo, realmente é um título bem conseguido pela sua longevidade. Por outro lado para quem achar estes diálogos muito parvos, já será um jogo muito tedioso pela sua longevidade.