A série Ace Combat foi largamente ignorada por mim nos últimos anos. Mas após ter jogado títulos como o Aero Fighters Assault da Nintendo 64 ou o Deadly Skies da Dreamcast, apercebi-me que se calhar até poderia vir a gostar desta série, pois nunca foi propriamente um simulador, mas sim um shooter mais arcade, até porque são essas precisamente as suas origens. E eventualmente há coisa de uns 2 meses atrás, por acaso do destino encontrei o primeiro Air Combat, versão black label, por 5€. Não hesitei.

Aqui nós tomamos o papel de um mercenário de elite, contratado por um país que está em plena guerra civil, após um golpe de estado de uma facção dissidente. Ao longo do jogo iremos participar em diversas missões, que tanto podem ser de destruição de frotas aéreas, navais, infrastruturas como bases militares ou refinarias de petróleo, mas também uma ou outra missão de escolta. Inicialmente voamos sozinhos, mas a certa altura é-nos dada a opção de subcontratar um outro piloto mercenário que nos poderá auxiliary nas missões, seja tomando posturas mais ofensivas, ou mais defensivas, protegendo-nos a retaguarda. No final de cada missão, a nossa performance é avaliada com o número de alvos abatidos, sendo que cada tipo de alvo é recompensado de maneira diferente. Despesas como os danos sofridos na nossa aeronave, ou o salário do nosso companheiro são também retirados da nossa conta. Mas vamos tendo também vários diferentes aviões que poderemos ir comprando, desde aviões norte-americanos como os F-4, F-14, F-15 ou F-16, soviéticos como os SU e MIG, europeus como o SF-2000 ou fictícios. Cada avião possui diferentes estatísticas como agilidade, velocidade ou defesa, que poderão ser mais ou menos importantes dependendo da missão.

De resto a jogabilidade é simples e agradável, com a nossa maior preocupação a ser sempre o dano sofrido no avião, bem como o combustível que nos resta. Para o primeiro, temos um número generoso de mísseis que são mais que suficientes para completar as missões, sendo que apenas os deveremos disparar quando os alvos estão locked. Também podemos sofrer algum dano, dependendo do avião escolhido, e o status está sempre visível no ecrã. Atacar alvos no solo obriga-nos sempre a algum cuidado extra, pois acabamos por ficar quase sempre vulneráveis ao fogo inimigo, e devemos também evitar ter outros aviões nas nossas traseiras, pois podem-nos atingir com mísseis. O combustível disponível em cada missão também costuma ser mais do que suficiente, e podemos recorrer ao radar ou mesmo ao mapa, para nos indicar a posição dos alvos a abater ou dos objectivos a alcançar.

Graficamente é um jogo simples, afinal é um jogo ainda da primeira geração da consola. Os cenários são simples, as áreas de jogo ou são desertos, mares e pequenas ilhas com pouca vegetação. Nota-se aqui e ali algum pop-in, o que é normal devido à área bem abrangente que o CPU tem de calcular. Os efeitos sonoros estão são competentes, mas a banda sonora essa felizmente é excelente, com as músicas a terem sempre grandes guitarradas e uma toada muito hard rock, que me agrada bastante.

No fim de contas devo dizer que fiquei satisfeito com este Air Combat, o primeiro jogo da série Ace Combat. Para um primeiro jogo que teve as suas origens em 1992 nas arcades, acho que ficou uma conversão bem competente e com bastante conteúdo. Vou ficar atento a ver se me aparecem os dois Ace Combats seguintes na Playstation, antes de me aventurar nos da Playstation 2.
Descobri o teu site por acaso e tenho que dizer que gosto muito das reviews que fazes e de como mostras o avanço da tua coleção.
Uma boa ideia foi o teres escolhido mostrar quanto pagas pelos jogos, ajudou-me a perceber que os preços do olx andam super inflacionados e que eu também eu andava por vezes a pagar demais…
Continua com o bom trabalho, gosto de ler reviews em Português e confesso que por vezes acabo por não seguir alguns youtubers da cena do “retrogaming” por causa das más condições de iluminação/som em que não se percebe nada…
Assim, tens um formato que me lembra o das revistas de jogos, muito mais confortável de ler até no telemóvel e bem organizado.
Só tenho pena é que o formato dos blogs tenha caído em desuso, até eu já tive um e deixei de atualizar por não ter comentários nem muitos visitantes, e por isso mesmo tenho de te dar os parabéns por não teres perdido a motivação mesmo ao fim destes anos todos e dar-te uma força para continuares.
Boas Pedro, muito obrigado pelo comentário!
Sim, isto é uma coisa que eu faço mesmo por gosto, se bem que ultimamente o tempo não tem estado muito favorável, pelo que vou optar cada vez mais por escrever textos mais curtos.
Caso contrário nem tempo dá para jogar, e custa-me ver jogos na prateleira que só foram testados! 😦
Abraço e obrigado uma vez mais!