The Smurfs (Sega Mega Drive)

thesmurfs_md_uk_boxA Infogrames durante a primeira metade dos anos 90, para mim era uma empresa conhecida principalmente pelos seus videojogos baseados em personagens de banda desenhada europeia, como era o caso de Astérix, Spirou ou os Smurfs, as estranhas criaturas azuis que muito populares foram durante a década de 80. Embora já tivesse o segundo jogo para a Super Nintendo, o primeiro acabou por me aparecer na sua versão Mega Drive. O meu exemplar veio de um bundle comprado no final do ano passado na Feira da Vandoma no Porto. Ficou-me por cerca de 2€.

Jogo com caixa
Jogo com caixa, na sua versão UK

Neste jogo o nosso objectivo é defrontar o feiticeiro Gargamel e o seu gato Cruel, pois o mesmo raptou uma série de Smurfs, incluindo a única fêmea lá da aldeia, a Smurfette (é fácil de entender porque querem ir todos salvá-la!). Começamos a aventura pela aldeia dos Smurfs e vamos percorrendo a região em florestas, lagos, cavernas ou montanhas. A jogabilidade é simples, como um jogo de plataformas perfeitamente normal. Há botões para saltar, correr ou atirar objectos, quando possível. Isto porque a única maneira de derrotar os inimigos é saltando-lhes em cima, no entanto pelo meio lá vamos salvando outros smurfs, podendo depois jogar com eles nalguns níveis específicos, sendo que cada um possui diferentes habilidades.

Como em muitos jogos de plataforma, temos vários itens para apanhar. Alguns apenas nos dão pontos extra, outros podem restaurar parte da nossa barra de energia
Como em muitos jogos de plataforma, temos vários itens para apanhar. Alguns apenas nos dão pontos extra, outros podem restaurar parte da nossa barra de energia

Um deles é o Fun Smurf que atira presentes que servem de bombas para derrotar alguns inimigos em sítios mais perigosos. O Greedy Smurf possui uma habilidade similar, mas atira bolos em vez de presentes. A diferença é que os bolos explodem logo ao tocar em qualquer coisa, enquanto que os presentes demoram a explodir. Por fim há um outro smurf que podemos salvar e cuja habilidade especial está em iluminar zonas escuras. De resto é um jogo que possui uma jogabilidade bastante simples e competente, e qualquer fã de jogos de plataformas não terá muitas dificuldades em jogá-lo.

Graficamente é um jogo muitíssimo bem detalhado para uma Mega Drive.
Graficamente é um jogo muitíssimo bem detalhado para uma Mega Drive.

A nível gráfico, é um jogo altamente colorido e bem detalhado, seja em que versão for. Esta versão Mega Drive pode-se comparar à da Super Nintendo e apesar de possuir óptimos gráficos, é verdade que a versão SNES acaba por levar a melhor pelos visuais mais coloridos e com alguns efeitos gráficos adicionais. As músicas são bastante alegres em ambas as versões, mas a Super Nintendo possui temas mais orquestrais devido ao seu chip de som mais avançado, pelo que alguns poderão preferir também essa versão. Ainda assim, considero ambas as versões 16bit muito boas do ponto de vista técnico. Um dia ainda me aparecerão as versões 8bit da Sega que também me parecem estar muito boas, mas isso há-de ser tema para outro artigo.

Pete Sampras Tennis (Sega Mega Drive)

pete-sampras-tennisContinuando pelas rapidinhas, vamos voltar aos jogos desportivos para a Mega Drive e o título que cá trago hoje até o primeiro Pete Sampras Tennis, da Codemasters. Este jogo conta também com uma particularidade, pois é o primeiro, ou dos primeiros títulos da Codemasters com os famosos cartuchos J-Cart. Esses cartuchos possuiam 2 entradas adicionais para ligar 2 comandos adicionais. Foram muito usadas em jogos da saga Micromachines! No entanto nem todas as edições vinham com um cartucho J-Cart, pois a minha vem num cartucho normal da Codemasters. O meu exemplar veio de um lote que comprei no final do ano na feira da Vandoma no Porto, com cada jogo a ficar-me por cerca de 2€. Edit: Recentemente arranjei por 7€ uma outra versão, com o J-Cart.

Jogo com caixa e manual
Jogo com caixa e manual. Versão normal.
Jog com caixa e manual. versão J-Cart

Pete Sampras Tennis não possui licenças para os nomes dos jogadores, excepto o do próprio Pete Sampras, o que para mim não causa nenhum problema. A jogabilidade é simples e bastante funcional, o que se jogado com 4 jogadores em simultâneo resulta muito bem! Possuimos 3 modos de jogo, o challenge que como o nome indica é uma partida simples, o world tour que é uma espécie de campeonato, onde se vão jogando partidas ao longo de vários courts em países diferentes. Por fim temos o Tournament onde se pode organizar vários torneios. O suporte ao multiplayer pode ser de 2 a 4 jogadores, pois é possível jogar em doubles, ou seja, com 2 jogadores de cada lado da rede. Por fim, o progresso no modo world tour é gravado através de passwords, e com a password ZEPPELIN, desbloqueamos 2 modos de jogo adicionais. O primeiro é o Huge Tour, que basicamente é uma versão extendida do World Tour e o melhor de todos, o Crazy Mode. Este Crazy mode é basicamente um proto-Mario Tennis, pois existem power-ups e golpes especiais, para além de um cameo do Dizzy a andar sobre a rede.

Para além de ser bonitinho, é muito agradável de se jogar!
Para além de ser bonitinho, é muito agradável de se jogar!

A nível audiovisual acho que este Pete Sampras Tennis é bem competente nesse campo. As músicas são alegres e viciantes, mas ocorrem apenas nos menus e afins, deixando as partidas apenas com os sons do público e das raquetes a bater na bola. Os gráficos são bem detalhados, especialmente nos courts de ténis e nas animações dos tenistas. Em suma, Pete Sampras Tennis acaba por ser um jogo bem competente dentro do género, pelo menos na era das 16bit. Foi sucedido pelo Pete Sampras 96 que sinceramente já não cheguei a jogar.