Para não variar, o jogo de hoje vai ser mais uma rapidinha. Na verdade, é um daqueles jogos bastante confusos pois recebeu nomes diferentes em vários locais. Produzido pela britânica Rage Software, foi lançado na Europa com o nome Striker para uma panóplia de sistemas diferentes, incluindo a Super Nintendo. Focando-nos na versão para a consola de 16bit da Nintendo, o lançamento Japonês chama-se World Soccer (não confundir com o jogo para a Master System de mesmo nome), para os Estados Unidos tem o nome de World Soccer ’94: Road to Glory. Como devem calcular, esta versão aqui foi supostamente lançada apenas na França. O meu exemplar veio da feira da Vandoma no Porto, por 5€, algures durante o verão de 2016.

Independentemente da versão que escolherem, o jogo é practicamente o mesmo e se estão à espera de algo mais realista como os FIFA ou International Superstar Soccer então esqueçam pois em Striker (nem pensem que vou andar sempre a escrever Eric Cantona Football Challenge), temos uma jogabilidade frenética e bastante arcade, o que até resulta bem se quisermos jogar umas partidas com amigos. Como muitos jogos de futebol de origem europeia dessa época, temos aqui vários modos de jogo à nossa disposição, como partidas amigáveis, campeonato do mundo, torneios por eliminatórias (cujo número de eliminatórias é customizável), ou campeonatos por jornadas, onde também podemos definir o número de equipas a participar. Para além disso temos ainda a possíbilidade de jogar qualquer um destes modos de jogo como futebol de salão, bem como treinar os controlos em diferentes modos de práctica. O único senão é apenas existirem equipas nacionais, não clubes. Mas para os mais pacientes há também um poderoso editor de equipas que permite alterar os nomes dos jogadores e cores dos equipamentos de cada nação.

De resto, tal como já referi, a jogabilidade é bastante rápida. Com o mesmo jogador conseguimos percorrer o campo de uma ponta a outra em poucos segundos, tornando as partidas bastante intensas, principalmente quando jogamos contra um amigo. Existe a possibilidade de alterar a formação do nosso 11 em campo, bem como colocar a IA a optar por estratégias mais defensivas ou ofensivas, mas sinceramente com toda a rapidez de jogo nem noto assim tantas diferenças.
Por fim, a nível técnico é um jogo bastante simples. As músicas practicamente que apenas existem nos menus ou no ecrã inicial, e sinceramente não a acho nada demais. Se gostarem de músicas de fanfarra, então sintam-se em casa. Durante as partidas temos apenas o ruído do público, o barulho da bola a ser chutada de um lado para o outro e os apitos do árbitro e estes até que soam bastante realistas para a altura. Graficamente é também um jogo simples, com os menus a serem o mais minimalistas possível a nível estético e os gráficos também são simples, porém funcionais para o estilo frenético de jogo. O estádio é mostrado como um plano de Mode 7, o que resulta num scrolling bastante suave, no entanto com o pequeno defeito do público e outros adornos dos estádios ou pavilhões não serem lá muito bem detalhados.

No fim de contas, é mais um daqueles jogos de futebol algo clássicos das escolas europeias da primeira metade da década de 90, com uma jogabilidade simples, porém bastante frenética e mesmo assim ainda incluem uma série de diferentes modos de jogo e opções, dando de certa forma a impressão de ser um jogo bem mais completo do que na realidade o é. Não vai ser a última vez que irei referir este jogo, até porque o Striker nas consolas de 8 e 16bit da Sega tem o nome de “Ultimate Soccer”.
3 opiniões sobre “Eric Cantona Football Challenge (Super Nintendo)”