The Terminator (Sega Master System)

The TerminatorMais um artigo, mais uma rapidinha e o jogo escolhido hoje é nada mais nada menos que o The Terminator, a adaptação para a Master System do clássico filme que coloca o tio Arnold como vilão. E este jogo, tal como a sua sequela directa, não é propriamente um jogo fácil, mas até me surpreendeu pela positiva num ou noutro ponto. Já lá vamos. Este meu exemplar veio da Cash Converters de Alfragide há uns meses atrás, tendo-me custado 5€, mas falta-lhe os manuais.

The Terminator - Sega Master System
Jogo com caixa

Creio que neste ponto todos nós vimos pelo menos os primeiros dois filmes da franchise The Terminator, pelo que deveríamos conhecer a sua história. Basicamente, algures no futuro um super computador dotado de inteligência artificial achou boa ideia extinguir toda a raça humana, pelo que iniciou uma guerra nuclear e depois, no aftermath desse conflito, desenvolveu uma série de cyborgs para continuarem a assassinarem todos os humanos que encontrem. Não satisfeitos com isso, decidem desenvolver uma máquina no tempo e lançar um desses exterminadores para o passado ano de 1984, para assassinar Sarah Connor e prevenir que a mulher tivesse o seu filho John Connor, líder da resistência humana no futuro. E para combater isso, John Connor envia também para o mesmo ano um dos seus melhores guerreiros. O resto… vejam o filme!

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Antes de cada nível temos direito a uma cutscene que nos vai contando a história

A primeira coisa que me surpreendeu pela positiva foi a quantidade de texto e imagens digitalizadas do filme que vão aparecendo entre cada nível, ao contar um pouco da história e o contexto em que o próximo nível se realizaria. Mas depois somos largados na selva e temos de nos desenrascar, ao fugir de fogo inimigo e descobrir o melhor caminho para avançar. Inicialmente jogamos no futuro, combatendo directamente os exterminadores. Munidos de granadas, o nosso objectivo é destruir um reactor qualquer, sendo que para isso temos também de atirar as granadas para destruir algumas paredes ou portas. E atirar as granadas num arco também tem o que se lhe diga quando temos exterminadores a virem de todos os lados. Felizmente ainda nesse mesmo nível descobrimos também uma metralhadora, que acaba por ser mais confortável de se utilizar. Os níveis seguintes já são passados no ano de 1984 e uma vez mais inspirados no filme. Até o assalto à esquadra da polícia para resgatar Sarah é descrito no jogo! Só acho estranho sermos constantemente atacados por punks em vários desses níveis, mas também se não houvessem inimigos em demasia não era videojogo!

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Para além dos inimigos a surgirem por todo o lado temos o relógio contra nós

Graficamente é um jogo minimamente competente, tal como referi no início do parágrafo anterior, aquelas “cutscenes” entre cada nível foram um mimo que sinceramente não estava à espera. Já no jogo em si, as sprites do nosso herói e dos inimigos – excepto dos exterminadores, são um pouco pequenas demais para o meu gosto, seria practicamente a primeira coisa que eu mudaria. As músicas não são das melhores de sempre, como é habitual na Master System, mas também não foram muito desagradáveis.

Portanto, The Terminator não é um mau jogo, e se calhar até gostei mais que a sua sequela, mas não deixa de ser um jogo bastante desafiante, até porque lá por termos uma vida dada em percentagens, o que nos permite levar com vários golpes antes de morrer, quando isso acontecer, somos levados sempre ao início do nível. Experimentem-no, pois há quem diga que seja uma versão mais bem conseguida que a da Mega Drive!

Pokémon Fire Red (Nintendo Gameboy Advance)

Pokemon FireRedMais uma super rapidinha enquanto vou preparando o próximo vídeo de aquisições para ser publicado (quase 40min!). O jogo que cá trago hoje é mais um da série princpal  dos Pokémon para as consolas portáteis da Nintendo e sinceramente foi um jogo que sempre ignorei até que finalmente o comprei e dei-lhe uma hipótese. Creio que este meu exemplar veio da Cash Converters de Alfragide durante este ano de 2015, tendo-me custado algo próximo dos 4€.

Pokemon Fire Red - Nintendo Gameboy Advance
Apenas cartucho

A razão pela qual eu não tinha ligado muito a este jogo na altura em que o mesmo saiu era por ser um remake dos primeiros Red, Blue, Green e Yellow e na altura eu tinha mais com que me entreter. Este conta essencialmente a mesma história dos primeiros jogos, começando uma vez mais em Pallet Town e escolhendo o Bulbasaur, Squirtle ou Charmander como o nosso bichinho inicial. Tirando algumas novidades trazidas pelos jogos mais recentes como a possibilidade dos pokémons guardarem itens, a possibilidade de jogarmos com uma rapariga ou de ter batalhas duplas, a história, localidades a visitar e afins mantém-se practicamente igual. Até os Pokémons que podemos apanhar são da primeira geração! Depois no post-game, ou seja, depois de derrotar a Elite Four e o nosso rival, é que temos várias localidades novas para explorar que contém Pokémons da segunda e terceira gerações, bem como fazer trocas com o Pokémon Ruby e Sapphire.

É bom voltar a ver algumas caras conhecidas dos primeiros jogos
É bom voltar a ver algumas caras conhecidas dos primeiros jogos

E basicamente é isso, este jogo acabou por ser uma óptima maneira de recordar os tempos que passei com os originais, e terem sido relançados com uns visuais mais avançados é de facto uma experiência bem mais agradável.

Metal Slug 2 (Neo Geo MVS)

Metal Slug 2Já que escrevi ontem sobre o primeiro Metal Slug, aproveito o lanço e escrevo uma rapidinha sobre a sua sequela. E apesar do Metal Slug 2 não ser a versão definitiva deste título pois a SNK decidiu lançar um update com o nome de  Metal Slug X, não deixa de ser uma sequela que manteve os padrões de excelência do primeiro jogo, mas introduziu uma série de coisas novas, mesmo o que se quer de uma sequela de um jogo de sucesso! Como os outros jogos de MVS que cá trouxe até agora, este também foi comprado no meu dia de anos na feira da Vandoma, num bundle incrivelmente barato onde trouxe 10 jogos destes pela módica quantia de 5€.

MVS Collection
Como os carts de MVS não são propriamente lá muito fotogénicos, acabei por tirar uma foto única com o bundle que comprei.

Ora aqui começamos as coisas uma vez mais a lutar contra o que restou do império do jogo anterior e temos uma outra personagem jogável para escolher. Começamos a aventura por uma zona que faz lembrar o Egipto e médio oriente, começando por uma pequena cidade, enveredando por pirâmides e onde nos deparamos logo com algumas novidades. Para além de conduzir um tanque Metal Slug, temos outros veículos à nossa disposição ao longo do jogo, desde um mero camelo bem artilhado, um pequeno mecha ou mesmo um aviãozinho. A jogabilidade continua excelente, com imensos inimigos a atravessarem-se à nossa frente, sempre com excelentes animações e pequenos pormenores algo cómicos, mas que fazem sempre a diferença. Os controlos mantêm-se com um botão para disparar a arma principal, que tanto pode ser um mero revólver com munição infinita como muitas outras armas com munições limitadas tais como metralhadoras pesadas, shotguns, lança-rockets ou uma arma laser poderosa. Outro botão para saltar e um outro para atirar bombas ou granadas, dependendo se estamos a pé ou montados em algum veículo.

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Os quatro heróis que podemos controlar

Outra novidade neste jogo é os diferentes estados que a nossa personagem pode ficar, bem como a introdução de criaturas sobrenaturais, tais como múmias ou zombies. Se formos atacados por uma múmia, transformano-nos numa, o que acaba por limitar os nossos movimentos e poder de ataque. Por outro lado, se apanharmos muitos itens de comida também engordamos, uma vez mais tornando-nos bastante lentos, mas por outro lad os ataques acabam por ser mais poderosos. Para retornar ao estado normal, no primeiro caso basta encontrar e apanhar um antídoto, no segundo temos de comer um item de dieta ou passar algum tempo sem comer nada. Claro que em ambos os casos, se perdermos uma vida acabamos por voltar ao estado normal.

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É impossível ficar indifirente a estes bosses gigantescos

No que diz respeito aos audiovisuais e outras questões técnicas, mais uma vez este é um jogo excelente. As animações continuam soberbas, assim como todos os cenários que vamos atravessando. Passar das arábias para um comboio em movimento numa cidade ocidental em ruínas, para depois viajar para o continente asiático numa cidade portuária, passar por zombies ou outras criaturas estranhas e finalmente termos os primeiros close encounters com uma raça de lulas extraterrestres que irá marcar a sua presença noutros jogos da série. Para além destes cenários variados e incrivelmente detalhados, temos todos os inimigos bem animados, em especial os gigantescos bosses que são uma delícia visual só de olhar para eles. As músicas são igualmente excelentes e adaptam-se aos vários diferentes estágios que vamos passando, desde músicas com melodias árabes, jazz, orientais e claro, o rock cheio de guitarradas sonantes. A nível técnico notei um ou outro slowdown nalgumas partes, em especial quando estamos a ser atacados por dezenas de zombies ou outros soldados, e isso foi uma das coisas corrigidas pelo update Metal Slug X.

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Ser atacado por uma múmia transforma-nos numa, afectando os nossos movimentos e ataque

Para além de introduzir novas armas, as outras mudanças trazidas por esse update foram mais cosméticas, alterando a altura do dia em que certos níveis decorriam, bem como posicionamento de inimigos, dificuldade aumentada, ou outras coisas que sinceramente não acho assim tão relevantes. Ainda assim gostaria de o possuir na colecção um dia destes! De resto, mais um excelente jogo!

Metal Slug (Neo Geo MVS)

Metal SlugEscrever sobre o primeiro Metal Slug após ter escrito sobre o Metal Slug 3 acaba por ser algo redutor. Por acaso esta foi uma série que sempre me passou ao lado e apenas a vim a descobrir em 2003, altura em que comprei um PC novo, já capaz de correr emulação de Neo-Geo e Arcade no geral. E ao percorrer o catálogo deste fantástico sistema da SNK, do qual já conhecia os seus fighters, foi com imensa surpresa quando chegou a vez do Metal Slug e deparei-me com tamanho shooter! Este meu exemplar, invariavelmente foi comprado num bundle com mais 9 jogos de MVS a um preço ridículo na Feira da Vandoma no Porto. Até ao momento ainda continuam a ser os meus únicos jogos deste sistema.

MVS Collection
Como os carts de MVS não são propriamente lá muito fotogénicos, acabei por tirar uma foto única com o bundle que comprei.

Como este ainda é o primeiro Metal Slug, não esperem por algumas maluquices como combates contra extraterrestres, zombies e poderes que podemos ganhar, como ficarmos super gordos, temporariamente zombies e por aí fora. Mas ainda assim não deixa de ser um excelente início de uma grande série, sendo uma espécie de Contra on steroids (como se isso fosse possível!!) mas com uma toada mais cómica. Neste primeiro jogo encarnamos num de vários mercenários que sozinhos enfrentam um poderoso ditador. Iremos atravessar várias cidades em ruinas e enfrentar outros soldados, tanques, helicópteros, aviões e tudo o resto, tornando este jogo, aliás, toda a série, numa experiência bastante divertida! Apenas certifiquem-se que têm muitos créditos para gastar, pois é normal que morramos bastantes vezes antes de memorizar os inimigos que nos aparecem e os seus padrões de movimento e ataque. Os controlos são simples, um botão para saltar, outro para disparar e um outro para lançar granadas. A nossa arma principal tem munições ilimitadas, mas ao longo do jogo poderemos equipar muitas outras como metralhadoras, shotguns poderosas, lança chamas ou rockets. E claro, temos também o tanque Metal Slug que podemos conduzir.

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Aqui ainda não há nem zombies nem ETs… apenas nós contra um ditador e o seu exército!

Graficamente é um jogo excelente para a época que saiu. Apesar de não ser o caso, neste jogo em específico não consigo deixar de traçar alguns paralelismos com a 2a Guerra Mundial pois estamos a lutar contra um ditador megalómano e apesar de não existirem suásticas, o exército imperial tem também uma simbologia aplicada e as várias zonas que vamos explorando têm um look muito europeu dos anos 40 e 50. Mas não pensem que este é um jogo sério, pois tudo tem um look muito cartoon e repleto de excelentes e cómicas animações.

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Os bosses gigantescos e incrivelmente animados e detalhados são uma constante nesta série!

A nível técnico é um jogo com gráficos e som excelente, mas tal como já referi várias vezes, assim é toda a série. Mesmo não tendo a variedade dos jogos mais recentes com a maior variedade de níveis, diferentes power-ups e rotas a explorar, o essencial da série Metal Slug está presente logo desde o primeiro jogo: excelente e viciante jogabilidade aliados a uns visuais 2D fantásticos. Absolutamente recomendado!