Blackwell Convergence (PC)

E siga para mais um artigo da série Blackwell, que nestes tempos em que tenho estado bem mais ocupado, tem sido do pouco que tenho jogado. Blackwell Convergence segue as mesmas mecânicas dos jogos anteriores (Legacy e Unbound), pelo que este vai ser mais um artigo curtinho. Blackwell Convergence é o terceiro jogo da saga, decorrendo algum tempo após o primeiro jogo, onde Rosangela Blackwell e o seu companheiro fantasma Joey Mallone já estão mais entrosados na sua missão de auxiliar espíritos perdidos a aceitar a sua morte e seguir em frente. Tal como os outros 2 jogos, este foi adquirido num bundle por uma bagatela.

Blackwell ConvergenceNo artigo do Blackwell Unbound, referi que esse jogo tinha sido projectado inicialmente para ser apenas uma sequência de flashback para este jogo, mas acabou por se tornar no seu próprio jogo. E de facto, apesar de Unbound protagonizar Joey e Lauren, tia de Rosangela em plenos anos 70, os acontecimentos desse jogo acabarão por se reflectir nesta nova aventura. Sem adiantar muito, a dupla Rosangela e Joey irão investigar uma série de mortes misteriosas, acabando por descobrir que há algo que as une a todas, bem como algo que já vem de trás. Infelizmente é mais um jogo curtinho, mas gostei mais da história em si deste jogo que dos 2 anteriores, a narrativa continua muito boa.

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Nota-se que os gráficos se tornaram bem mais coloridos, mas na minha opinião, preferia o charme old school dos anteriores

As mecânicas de jogo são idênticas aos jogos anteriores e à maioria dos point and clicks de aventura. Uma adição interessante que introduziram neste jogo é a interacção de Rosangela com o seu computador, podendo aceder ao “bmail”, a um motor de busca “oogle” para procurar por novas pistas, bem como podemos ver o seu próprio site em construção, mesmo à anos 90. A habilidade de Joey atravessar paredes é também posta à prova mais uma vez, bem como a sua capacidade de interferir com sinais em rádio frequência, como internet wireless, por exemplo. Existem vários puzzles que podem ser resolvidos ao interagir entre Joey e Rosangela, algo que vai ser ainda melhorado em Blackwell Deception, mas depois lá iremos.

Algures num dos outros artigos eu referi que, embora os jogos Blackwell tivessem um visual oldschool repleto de pixel art, eles viriam a ter alguma evolução. Enquanto os primeiros jogos tinham nitidamente um aspecto retirado dos clássicos dos anos 80, este Convergence já é mais colorido e as sprites apresentam um pouco mais de detalhe, parecendo algo retirado de uma SNES. O artwork apresentado durante as falas das personagens também está mais trabalhado, o que retira um pouco daquele charme da velha guarda que os primeiros jogos traziam. De qualquer das formas, o voice acting e a banda sonora continuam muito bem implementados.

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Joey Mallone continua com o seu humor sarcástico

Blackwell Convergence conta também com diversos extras a serem descobertos, como artwork e uma grande galeria de bloopers. O que regressa também é o modo comentário, onde Dave Gilbert nos vai falando de diversas curiosidades e as suas opiniões sobre alguns aspectos do jogo, à medida em que a acção vai decorrendo. No geral, para quem gostou dos jogos anteriores, este Blackwell Convergence é também um óptimo jogo de aventura, pecando mais uma vez pela sua curta duração.

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Autor: cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.

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