Metal Gear Portable Ops Plus (Sony Playstation Portable)

MGS Portable Ops plusA PSP tem uma série de “expansões” dos seus jogos que incluem o jogo original. É assim com o Monster Hunter Freedom Unite, com o Dissidia Duodecim, e eu pensei que fosse o mesmo com este MGS Portable Ops Plus, tendo-o comprado antes do jogo original. Comprei-o salvo erro numa GAME, não me tendo custado mais de 10€. Na altura estava absolutamente convicto que o jogo vinha com o “story mode” do original, que nem me apercebi da mensagem no verso da caixa “Story mode from MPO not included“. Assim sendo, este artigo será mais breve pois as mecânicas de jogo são idênticas às do original.

Metal Gear Solid Portable Ops Plus - PSP
Jogo com caixa e manual

Bom, lá porque o jogo não tem um story mode, não quer dizer que não tenha uma vertente single player. Este modo chama-se “Infinity Missions”, consistindo num conjunto de missões com objectivs variados, seja uma simples infiltração, seja neutralizar todos os inimigos num mapa, cumprir um objectivo dentro de um tempo limite, não ser detectado, entre outros. Capturar inimigos e convertê-los para lutar ao nosso lado continua a ser um aspecto importante no jogo, onde podemos inclusivamente importar as personagens que tenhamos nalgum savegame do primeiro jogo. Apesar deste modo single player que inclusivamente inclui um bom tutorial para quem for novato na série, esta versão “plus” é especialmente pensada para quem quiser jogar umas partidas online. Existem novos mapas, novos modos de jogo e é possível jogar com quem possui a versão anterior do Portable Ops, desde que se escolham modos de jogo, mapas e personagens com items compatíveis com o jogo anterior. Infelizmente não experimentei o multiplayer, não faço ideia se ainda existem servidores disponíveis, e mesmo que existam, a minha PSP está com um problema no WiFi, na medida em que deixou de detectar qualquer rede disponível. É possível jogar localmente através de redes ad-hoc, bastando apenas uma pessoa possuir o jogo, mas como seria de esperar não conheço pessoalmente ninguém estivesse disponível para umas partidas.

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Como é habitual, podemos desbloquear algumas personagens especiais

No que diz respeito ao audiovisual, apesar de existir mais alguma variedade nos mapas, o motor gráfico do jogo é o mesmo, como seria de esperar, logo está tudo igual ao Portable Ops. Posto isto, apesar de ser um jogo fácil de encontrar e barato, não é uma versão que recomende a menos que sejam aficcionados totais pela série Metal Gear. É um jogo produzido a pensar no multiplayer, mas sinceramente acho que foi lançado para a plataforma errada.

Left 4 Dead (PC)

Left4DeadJá há algum tempo que não se trazia nada de zombies aqui ao tasco, e então porque não falar de um dos jogos mais populares que o PC tem sobre o assunto? Produto da Valve, o mesmo estúdio que nos trouxe jogos como Half Life, Team Fortress ou Portal, este Left 4 Dead é mais um FPS, desta vez com um foco muito grande na vertente cooperativa, em que os jogadores têm mesmo de jogar em equipa e entreajudarem-se para sobreviver. A minha cópia foi adquirida no final do ano passado na Worten do Maiashopping, por uns 5€. Apesar de a caixa do jogo ser a edição “vanilla“, quando se instala o mesmo no steam ganhamos acesso à versão Game of the Year com o seu conteúdo extra.

Left 4 Dead - PC
Jogo completo com caixa e pseudo manual

Como muitos outros jogos/filmes/livros/whatever de zombies, a coisa começa com uma pandemia que assola a terra, tornando todos os humanos em seres agressivos e canibais. Todos nós que estamos nestas andanças percebemos bem do assunto, não é preciso dissertar muito sobre isto. O que conta é atirar em (quase) tudo o que mexa, ver partes de corpos decompostos pelo ar, e estar constantemente a fugir até encontrar um refúgio seguro. O jogo apresenta como personagens principais um conjunto de 4 sobreviventes improváveis e que nada tenham a ver entre si. Bill, um veterano de guerra do Vietname, Zoey, uma jovem univesitária, Francis, um motard rebelde e Louis, um informático são as personagens humanas que o jogador poderá controlar ao longo de diferentes campanhas. Para além de quantidades absurdas de zombies “normais” que iremos enfrentar, existem também alguns com características especiais que teremos de ter especial cuidado (ou eventualmente também os poderemos controlar no modo Versus). São eles o Boomer, um zombie “badocha” capaz de vomitar para cima dos humanos, chamando a atenção de todos os zombies para eles, os “Smoker”, que para além de estarem sempre envoltos em fumo têm uma língua enorme capaz de agarrar humanos à distância e asfixiá-los, os “Hunter”, zombies bastante ágeis capazes de derrubar um humano ao chão e esventrá-lo facilmente e finalmente os “Tanks”, que seria a versão “Hulk” dos Zombies – que por incrível que pareça este não é verde. Existem também as “Witches”, que são uma espécie de zombies fêmeas com TPM. “Do not disturb“.

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“Hello, this is Tank”

O modo campanha eu diria que é o modo principal do jogo, que pode ser jogado cooperativamente com até 4 pessoas no total. Aqui podemos jogar uma de várias campanhas, estando as mesmas divididas por várias “safehouses” que servem de checkpoint entre os níveis intermédios. A cooperação é fulcral, pois para além de o friendly fire estar activado, temos frequentemente de nos ajudar mutuamente quando somos atacados por hordas de zombies que podem incapacitar temporariamente um elemento da “equipa”, onde podemos ajudá-los a levantarem-se e eventualmente curar os companheiros. As campanhas terminam sempre de uma forma épica onde temos de defender uma certa posição até que chegue um transporte que nos leve dali para fora. É possível também jogar as campanhas sozinho, em que os restantes companheiros humanos  são controlados pelo computador. E isto leva-me logo a falar na inteligência artificial, que é bastante dinâmica, oferecendo experiências diferentes cada vez que jogamos uma partida. O fluxo de hordas de zombies, a disposição dos items que podemos encontrar, o “placement” dos vários zombies especiais são tudo coisas decididas dinamicamente pela IA do jogo, que varia consoante o desempenho dos jogadores reais na partida.

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Quando ficamos incapacitados precisamos da ajuda de um companheiro para nos levantar

Para além do modo campanha existem também dois outros diferentes modos de jogo. O survival, que como o próprio nome indica consiste em sobreviver o máximo tempo possível contra hordas intermináveis de zombies e um modo versus, onde os vários níveis de cada companha vão sendo jogados alternadamente entre equipas de humanos e de zombies. Neste modo os zombies jogados por humanos fazem respawn ao fim de alguns segundos quando morrem, já os humanos quando morrem é algo definitivo, pelo menos até ao fim do round. Já no modo campanha os humanos podem fazer respawn, surgindo trancados nalgum local, de forma a que os colegas os possam soltar. Não há muita variedade de armas, apenas podemos carregar com 2 armas diferentes, um revólver com munição infinita (mais lá à frente podemos encontrar um extra) e uma outra arma principal. Para além do mais podemos carregar um explosivo, quando os encontrarmos, bem como um medkit e um frasco de painkillers. O jogo exige alguma exploração, pois muitas destas munições e “supplies” estão espalhadas dinamicamente ao longo dos níveis, repletos de salinhas e divisões.

Graficamente o jogo não é nada de especial, visto que utiliza o motor gráfico “Source”, que mesmo em 2008 já mostrava a sua idade. Ainda assim não é um jogo nada mau visualmente, fruto da maneira como conseguiram capturar o clima de tensão, terror e caos de várias cidades deixadas em ruína, repletas de zombies por tudo quanto é canto. A acompanhar toda a acção frenética está uma banda sonora bastante interessante, que também é controlada pela inteligência artificial do jogo, proporcionando ao jogador as “melodias” de fundo certas para aumentar o “pânico”. Os diálogos entre as personagens também são bem executados e bastante variados entre si. Uma coisa que eu não sabia até ter investigado um pouco mais é que o músico Mike Patton (vocalista de Faith No More, Fantômas, Mr. Bungle e mais uma catrafada de bandas/projectos), foi uma das pessoas que deu a sua voz para fazer os grunhidos dos zombies, para além de um outro actor especialista na área. Tendo em conta o experimentalismo vocal que muitos dos projectos do sr. Patton são conhecidos, pareceu-me ser uma boa escolha.

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Quando jogamos como zombie podemos escalar ou atravessar algumas superfícies para preparar emboscadas

Left 4 Dead foi um jogo bem sucedido, apesar de o género já na altura estava a ficar um pouco sobrelotado. Apesar de tudo, no ano seguinte saiu a sequela Left 4 Dead 2 que ainda não tive a oportunidade de experimentar. Um dia. De qualquer das formas não deixa de ser relevante dizer que este foi um importante jogo no género, forçando a cooperação total entre os jogadores, aliados a um sistema dinâmico de inteligência artificial que iria proporcionando experiências diferentes a cada jogada. É um jogo que se encontra frequentemente em promoção na steam, caso não se importem de ter apenas uma cópia digital, e nesse caso eu diria que são promoções a não perder.

Metal Gear Solid Portable Ops (Sony Playstation Portable)

MGS Portable OPsDe volta ao Snake e companhia para uma análise ao Portable Ops, um jogo da saga Metal Gear que inclui diversas novas componentes na jogabilidade, como recrutar outros soldados para as forças de Snake (Big Boss), podendo os mesmos ter diversas tarefas diferentes. Ainda assim a jogabilidade é a tradicional dos Metal Gear Solid, deixando de lado o que foi introduzido nos Metal Gear Acid também para a mesma plataforma. A minha cópia veio-me parar às mãos através de uma compra na Amazon UK, não me tendo custado mais de 10€. Está completa e em estado razoável, o manual já viu melhores dias.

Metal Gear Solid Portable OPs - PSP
Jogo completo com caixa, manual e demais papelada

O jogo passa-se na América do Sul, no ano de 1970. A guerra fria continuava no seu pleno, com as tensões entre os Estados Unidos e a União Soviética ainda em alta, com os acontecimentos de Metal Gear Solid 3 ainda não estarem totalmente resolvidos. Snake acorda sozinho numa cela, sem se recordar como lá foi parar, sendo depois torturado por um antigo elemento da sua antiga unidade FOX, uma força de operações especiais que trabalhava para a CIA. Pouco depois Snake encontra um jovem Roy Campbell, personagem que será importante noutros jogos da série, estando também aprisionado. Roy diz que estão numa base militar secreta da União Soviética, em plena América do Sul. A unidade de forças especiais em que Roy fazia parte foi tomada de assalto pelos FOX e ele foi o único sobrevivente. Eventualmente, Snake e Roy Campbell conseguem então fugir da sua prisão e decidem investigar qual a tramóia que está por detrás disto. Como é habitual, a história acaba por se complicar mais, envolvendo ao barulho várias conspirações e a tecnologia Metal Gear acaba por ficar por detrás de tudo.

Os controlos acabam por ser essencialmente os mesmos dos jogos principais, apesar de a PSP possuir menos botões que a consola caseira. De qualquer das formas, o jogo herda o sistema de câmaras do Metal Gear Solid 3 Subsistence, existindo um controlo 3D da câmara, já não é obrigatório mudar constantemente para a perspectiva de primeira pessoa para conseguirmos ver melhor o que nos rodeia. O jogo incita como sempre a uma abordagem mais stealth, estando o Snake munido de um radar algo estranho mas que vai alertando a presença dos inimigos. Se formos vistos, a sequência habitual das fases “Alert-Evasion-Caution” mantém-se, com os inimigos a serem mais minuciosos nessas alturas. Infelizmente, com a falta de um analógico, e do outro ser algo impreciso, acaba por complicar um pouco quando queremos mirar na perspectiva de primeira pessoa.

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Ecrã que aparece entre missões, onde podemos gerir o nosso “batalhão” e escolher quais os locais que queremos infiltrar

De resto, este Portable Ops tem uma série de novos conceitos. Snake pode agora capturar os inimigos que vai enfrentando, sendo que os mesmos vão acabar por ser “convertidos” a lutar ao nosso lado. Com isto, é possível construir esquadrões de 4 pessoas que podem ser jogadas nas várias missões que vamos fazendo, e podemos alternar entre os 4 elementos a qualquer altura do jogo. O jogo está então dividido em várias missões, que são acessíveis através de um “hub” que mostra o mapa da base e as várias posições já conhecidas, podendo visitar essas localidades sempre que quisermos. Os prisioneiros que capturamos podem também ser alocados para várias outras tarefas, sejam tarefas de espionagem, onde os podemos mandar para as localizações já conhecidas, recebendo periodicamente informações do que se vai passando por lá. Outros podem ser alocados para equipas técnicas ou médicas, que vão construindo munições ou items que nos podem ser úteis, como visores térmicos ou medkits que nos restaurem a saúde. Para além do mais é possível recrutar algumas personagens especiais, sejam antigos bosses, ou personagens de outros jogos, através de vários pré-requisitos. Não cheguei a experimentar, mas o jogo tem uma componente multiplayer que, para além de ser possível trocar soldados entre si, podemos lutar contra outros jogadores, de uma forma algo semelhante ao modo online do Metal Gear Solid 2 Substance.

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As cutscenes apresentam este visual

Visualmente o jogo apresenta uns visuais 3D, que apesar de competentes, já vi melhor na PSP. Apesar de o jogo decorrer na Colômbia, desta vez não temos toda aquela componente de sobrevivência que foi introduzida em Snake Eater, e os próprios cenários, apesar de estarem inseridos num meio montanhoso, passam-se todos em estruturas militares pelo que não há uma grande variedade dos visuais. As cutscenes desta vez  são mostradas num formato mais “comic book“, sendo apresentadas como uma sequência de desenhos, da autoria de Ashley Wood, que já tinha participado na comic digital da PSP “Metal Gear Solid: Digital Graphic Novel”. Nessas cutscenes, o jogo utiliza um voice acting em que vários actores já emprestaram as suas vozes para os jogos da série, mas infelizmente são poucos os diálogos que fazem uso deste recurso, pela baixa capacidade de armazenamento dos discos UMD face aos DVDs da PS2.

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Ecrã de jogo da vertente multiplayer

Para além deste Portable Ops, a Konami lançou uma expansão chamada Portable Ops+, focando-se mais na componente multiplayer, e numa catrafada de missões para se jogar sozinho, herdando todas as mecânicas deste jogo, e incluindo alguns outros personagens especiais secretos que possam posteriormente vir a ser recrutados. Esse jogo também faz parte da minha colecção, mas como não tem qualquer componente com história, não irei perder muito tempo com o mesmo e poderão ler um ligeiro artigo sobre o jogo muito em breve.

PUSHSTART #30

A edição deste mês da revista online de videojogos PUSHSTART já se encontra disponível para download. Desta vez, a temática da revista anda à volta dos vários jogos que a indústria portuguesa já produziu, desde o clássico Paradise Café do ZX Spectrum, passando por Portugal 1111 ou a jogos recentes para o mercado dos smartphones.

A revista pode ser descarregada aqui.

Jamestown (PC)

Há uns posts atrás referi que quando era mais novo, nunca fui grande jogador de shooters de “navinhas espaciais”. E de facto durante muito tempo nunca mais voltei a pegar a sério num jogo do género, até este Jamestown ter vindo parar à minha conta no Steam quando comprei o Humble Indie Bundle VI. Assim sendo, lá resolvi dar mais uma oportunidade a mim mesmo e lá tive de suar bastante nalguns momentos “bullet hell” que ia enfrentando.

JamestownBoxArtJamestown, para além de ser inspirado no nome de uma localidade qualquer na Virginia, E.U.A., tem uma história igualmente curiosa, passada em pleno século XVII, altura em que os E.U.A. eram apenas uma colónia Inglesa. Até aqui tudo bem, agora transportem essa colónia para Marte, onde aliens se aliam a Espanha na guerra contra Inglaterra e suas colónias. O jogo torna-se então numa mistura de visuais e estilos tanto “Pirata das Caraíbas”, como outros retirados da ficção científica, como os vários Aliens e naves espaciais que nos vão atacando. A história em si vai sendo contada em vários pequenos interlúdios que separam os seus 5 níveis.

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Pânico? Não… vai tudo correr bem.

Com apenas 5 níveis, Jamestown seria um jogo bastante curto, a menos que a dificuldade fosse algo absolutamente insano. Na verdade temos disponíveis vários níveis de dificuldade, mas assumindo que começamos no “Normal”, apenas poderemos jogar os 3 primeiros níveis. Para desbloquear o seguinte, teremos de rejogar todos os níveis anteriores no grau de dificuldade imediatamente a seguir, com a mesma coisa a repetir-se com o grau de dificuldade acima. Existe no entanto mais conteúdo que ainda dá mais vida ao jogo. Ao longo dos níveis, com os inimigos que vamos destruindo, vamos obtendo algum dinheiro virtual, que pode ser usado posteriormente quer para comprar outras naves com diferentes habilidades, quer outros modos de jogo ou conjuntos de “Challenges“. Um dos modos de jogo que podemos desbloquear dessa forma é o Gauntlet, onde podemos jogar o jogo completo de uma só vez, já na maneira normal apenas jogamos um nível de cada vez, com 3 vidas e 2 continues para cada nível, sendo que depois voltamos ao “hub“. Os outros são os desafios que já referi, níveis bastante curtos mas com tarefas específicas como “sobreviver x segundos”, por exemplo. São secções por norma bastante exigentes e eu não perdi muito tempo com isso.

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É possível jogar cooperativamente com até 4 jogadores locais – podemos utilizar o teclado, rato e comandos para controlar as naves

De resto o jogo é um shooter vertical, onde podemos destruir tudo o que mexa e não somos nós. Cada nave possui um disparo standard e um especial que por norma é mais poderoso. Estes modos de disparo é o que vai variando entre os 4 modelos de naves que podemos desbloquear, para além da sua agilidade. De resto, basta um tiro inimigo acertar no centro da nave para se perder uma vida. À medida em que vamos destruindo os inimigos, eles largam algumas quantidades de ouro que podemos (e devemos) apanhar sempre que possível. Para além de resultar em mais pontos, vamos preenchendo uma barrinha de energia. Quando a mesma estiver cheia, podemos desbloquear uma habilidade que é comum a todas as naves, o Vaunt. Quando activamos o Vaunt, gera-se um escudo À volta da nave que vai diminuindo de diâmetro com o tempo. Todas as balas que entram em contacto com o escudo desaparecem e convertem-se em pontos, sendo uma habilidade excelente para guardar em alturas mais apertadas. Contudo o escudo desaparece rapidamente, pelo que não podemos contar com esse bónus durante muito tempo. Para compensar, mesmo depois do escudo já se ter extinguido, ainda continuamos no modo Vaunt enquanto a tal barrinha de energia não se esvaziar completamente. Neste modo, os nossos disparos são mais poderosos que o habitual, os pontos que conseguimos fazer são multiplicados e podemos manter a barra de energia cheia ao continuar a coleccionar o ouro que conseguimos obter dos inimigos.

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No final de cada nível temos sempre um boss, mesmo como manda a lei

No que diz respeito ao audiovisual, o jogo é todo um tributo aos clássicos shooters das Arcades em plenos anos 90. Desde as referências a credits e insert coin, passando pelos próprios gráficos 2D que parecem vindos directamente de uma placa arcade da Taito. Os inimigos são variados e bem definidos, cada tipo com os seus diferentes padrões de movimento que terão de ser forçosamente fixados se quisermos ousar jogar Jamestown na dificuldade máxima. Quando falei que o jogo fazia de certa forma lembrar os filmes “Pirata das Caraíbas” da Disney, não me estava apenas a referir às referências do século XVII, a banda sonora do jogo é bastante épica e fez-me lembrar por várias vezes as bandas sonoras desses filmes.

Jamestown é um bom jogo para quem gostar do género, com uma dificuldade escalável, e diverso conteúdo extra bastante desafiador para quem tiver paciência para memorizar padrões e reflexos rápidos a acompanhar os vários momentos “bullet hell” que se terá pela frente.