Para acabar (para já) com a série de jogos seguidos dedicados à IIª Guerra Mundial trago o último Call of Duty a sair na Playstation 2. Tal como Medal of Honor Vanguard foi um jogo que saiu já numa altura tardia para a PS2, visto que a consola ainda vendia muito bem. Ambos os jogos foram inspirados nos seus “primos” para as consolas HD, neste caso o Call of Duty World at War. Enquanto que o original foi desenvolvido novamente pela Treyarch, esta versão PS2 ficou-se pelas mãos do estúdio britânico Rebellion. A minha cópia foi adquirida na Gamestop do Dolce Vita perto do Estádio do Dragão, tendo-me custado algo em torno dos 7.5€.

Como o próprio nome indica, a história segue os campos de batalha finais da guerra. Isto quer dizer que vamos andar a espalhar o terror tanto pela Europa como no pacífico. As batalhas na europa, mais precisamente em solo alemão são executadas por tropas britânicas enquanto que as do pacífico são naturalmente norte-americanas. O jogo tem 4 campanhas no total, uma inicial no pacífico, duas na Alemanha e uma final novamente no pacífico em plenas portas de Tóquio. Provavelmente já disse isto quando falei no Medal of Honor Rising Sun, e de facto os níveis repletos de selvas, foxholes com japoneses saltitantes e bunkers por tudo quanto é sítio é algo que continua a não me agradar por aí além. As missões em si não são nada que já não se tivesse visto num Call of Duty anteriormente: destruir bunkers, artilharia, conquistar base inimiga, defendê-la do contra-ataque inimigo, estourar com uns tanques, etc. Já foi tudo visto. A jogabilidade não é má de todo. No artigo anterior eu reclamei do Call of Duty 3 de ter alterado a jogabilidade do Big Red One. Enquanto que continuo a preferir a jogabildade desse jogo, acabei por me habituar à nova que se encontra toda neste jogo também. Felizmente não vou reclamar da jogabilidade dos tanques. Existe apenas uma missão com tanques e felizmente não temos de os conduzir. Apenas controlamos o canhão para destruir tanques e infantaria nazi. O jogo para a PS2 não vem com qualquer tipo de jogo multiplayer, seja online seja em splitscreen e ao contrário dos outros jogos também não traz nenhum conteúdo bónus a desbloquear ao longo da campanha singleplayer.

A nível gráfico o jogo não é propriamente feio. Digamos que é aceitável tendo em conta as limitações da PS2. A Rebellion não usou a engine da Treyarch do CoD3, tendo usado uma engine proprietária. O jogo tem efeitos de luz bonitos, mas prefiro as texturas de Call of Duty 3 ou mesmo do Big Red One, estavam mais trabalhadas. O facto de uma parte do jogo ser passada em selvas também não é algo que me fascine particularmente. Os inimigos são novamente idênticos entre si, existindo muita pouca variedade entre eles. Isto ja é uma queixa antiga, mas adiante. Em relação ao som, a banda sonora não tenho muito que lhe dizer, adequa-se ao carácter épico que o jogo tenta transmitir, mas uns furos abaixo do habitual. Já o voice-acting está fraquinho. As falas dos companheiros (especialmente do sargento que nos ordena) estão muito mal conseguidas e o facto de este CoD não ter suporte a legendas também é outro ponto menos bom.

Este post é bem mais curto, mas de facto não há muito mais a dizer. Não cheguei a jogar o World at War original (ainda), mas esta conversão para PS2 deixa um pouco a desejar. Tendo em conta que saiu num período em que a PS2 já era pouco relevante até se pode aplaudir a iniciativa, mas o que é certo é que o resultado final não é o melhor. Apenas recomendo a quem for um fã ferrenho da série ou de jogos com a temática da 2ª Guerra Mundial no geral.



















