Psycho Fox (Sega Master System)

Em primeiro lugar, peço desculpa pela demora em postar novas entradas, mas a vida académica e pessoal têm-me tirado algum tempo para vir aqui. Contudo nem todos os posts do GreenHillsZone serão extensos, na verdade tenho vários jogos que por não serem propriamente grandes “hits”, também não têm muito que se lhes diga. O caso de hoje é quase assim.

Desde o lançamento de Super Mario Bros. para a Nintendo Entertainment System em 1985, até à segunda metade dos anos 90, os jogos de plataformas 2D estavam em alta. Para competir com Mario, a Sega só conseguiu rivalizar com o canalizador em 1991 com o lançamento de Sonic the Hedgehog. Antes disso foram feitas várias tentativas com as personagens Alex Kidd e Wonder Boy (este último através da WestOne). Uma outra dessas tentativas foi o jogo Psycho Fox. A minha cópia do jogo foi comprada salvo erro, no miau.pt no ano passado. Infelizmente não traz manual.

Caixa e cartucho

Psycho Fox é um jogo de plataformas lançado exclusivamente para a Sega Master System no ido ano de 1989, publicado pela Sega, mas desenvolvido pelo estúdio japonês Vic Tokai. Super Mario Bros ficou famosíssimo pela sua óptima jogabilidade e pela física interessante com conceitos de inércia que eram algo revolucionários para a sua altura. Psycho Fox pega nesse conceito e eleva-o ao extremo. Aqui a movimentação joga muito com acelerações, momentos lineares, e inércia. Passo a explicar: Se Fox está parado, ou a mover-se lentamente, e queremos dar um pequeno salto, Fox irá dar um pequeníssimo salto devido à sua pouca velocidade e aceleração. Consoante Fox acelera, consegue dar saltos cada vez maiores, se bem que na hora de travar ganhe mais inércia e seja complicado fazê-lo em segurança. Escrevendo é um pouco complicado, o melhor é mesmo experimentar. Acreditem que é uma jogabilidade bastante chata e que requer muito treino. E o facto de o contacto com os inimigos ser “1 hit kills“, tal como a maioria dos jogos dos anos 80, ainda piora mais as coisas. Eu pessoalmente não gosto… os jogos de plataformas são dos géneros de jogos que mais requerem uma jogabilidade precisa e “agradável”. Mas não deixa de ser um desafio.

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Não pares!

A nível de história, não tem muito que se lhe diga, Fox tenta salvar a sua terra do vilão Madfox Daimyojin, que está a usar as suas criaturas malignas para conquistar o planeta. Algo perfeitamente banal em jogos deste tipo, mas nos anos 80 não se poderia pedir muito mais de um platformer. O jogo é dividido em 7 áreas, cada uma com 3 níveis diferentes, sendo que um boss é encontrado a cada terceiro nível. Os níveis apresentam vários caminhos alternativos entre outros segredos como warps para outros níveis (algo que também se viu em Super Mario Bros.), bem como vários items espalhados dentro de ovos.

De entre os items encontramos um pássaro que Fox carrega e atira contra os inimigos, dinheiro, poções de invencibilidade, bombas e um item de nome “Psycho Stick”. Este último permite transformar Fox noutros animais com diferentes habilidades, de entre os quais um hipopótamo, macaco e tigre. Essas diferentes habilidades permitem alcançar algumas porções de níveis que seriam inacessíveis de outra forma. A nível gráfico, tirando o ecrã de título com aquela cor rosa que é um pouco irritante, os gráficos estão agradáveis e coloridos, tendo em conta que é um jogo de Master System e da década de 80. A nível de som também nada a apontar, algumas músicas memoráveis, mas que pediriam um hardware melhor.

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Ecrã título

Vic Tokai ainda lançou mais 2 jogos com uma jogabilidade semelhante: Kool Kid para NES e Decap-Attack para Mega Drive. Quanto a Psycho Fox, apesar da jogabilidade estranha e ultrapassada, não deixa de ser um jogo de culto por parte dos coleccionadores de Master System, se o virem a um bom preço, porque não levar?

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Autor: cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.

5 opiniões sobre “Psycho Fox (Sega Master System)”

  1. Não conhecia este Fox, só mesmo o McCloud da Ninty. De facto o ecrã de título até faz doer a vista, aquele rosa não dá com nada num jogo que parece mais combinar com verde e azul.

  2. No Brasil, além da versão original, a Tec Toy fez uma conversão desse jogo em 1995 e lançou como Sapo Xulé Vs Os Invasores do Brejo (traduzido para o português). A jogabilidade é horrível realmente, mas depois de um tempo fica relativamente tranquila.

    1. Sim, eu conheço as conversões que a Tec Toy, sou um fanático por tudo o que seja Sega 8bit, eheh. Por acaso tenho um dos Sapo Xulé, o S.O.S. Lagoa Poluída, numa versão “Portuguese Purple”. Mais tarde irei falar dela!

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