Section 8 (PC)

Produzido pela TimeGate Studios, os mesmos que desenvolveram algumas das expansões dos F.E.A.R., Section 8 é um FPS genérico com um grande foco no multiplayer online. Embora também tenha um modo história bastante curto, mas que acabaria por servir de treino para a componente online. O meu exemplar digital veio parar à minha conta steam há uns quantos anos atrás, acho que até foi oferecido! Tenho pena de não o ter jogado há mais tempo, pois este é um dos jogos que usaria o extinto serviço da Games for Windows Live e hoje em dia conseguir sequer correr esses jogos já dá um bocado mais de trabalho. EDIT: Recentemente comprei, numa feira de velharias, um exemplar físico deste jogo que já ficou na colecção.

Jogo com caixa, sleeve exterior de cartão, manual e papelada

Ora este é um FPS futurista que faz lembrar de certa forma jogos como o Crysis, até porque os protagonistas de ambos os jogos usam armaduras todas high-tech. Mas as semelhanças infelizmente terminam aí pois Section 8 é um jogo a meu ver bastante genérico e que não envelheceu lá muito bem do ponto de vista técnico. A história leva-nos a uma batalha interplanetária entre duas facções militares que se odeiam por algum motivo. Não há mesmo muito mais a detalhar infelizmente, pois a campanha para além de ser bastante curta (cerca de 2:30h), a história que a acompanha também não é nada apelativa.

Quando começamos alguma missão ou fazemos respawn somos lançados do espaço para o campo de batalha

E a campanha acaba por ser de certa forma uma emulação do que seria a vertente online do jogo, pois todas as nossas missões acabam por ser conquistar, controlar e / ou defender pontos de controlo originalmente controlados pelo inimigo, ou simplesmente activar, desactivar ou mesmo destruir alguns objectivos. Os mapas são é bastante grandes e no início de cada missão, ou sempre que morramos e fazemos respawn, nós somos lançados de uma nave espacial que orbita o planeta e poderíamos escolher o ponto do mapa onde fazer respawn. Mas claro, essa liberdade seria mais para o modo online. As restantes mecânicas de jogo são relativamente simples, com a possibilidade de equiparmos 2 armas de fogo, mais 1 tipo de granadas ou outros explosivos. No combate temos de ter em conta que tanto nós como os inimigos possuimos escudos de energia que se vão desgastando com o dano sofrido, mas depois acabam por regenerar e só depois de esgotados os escudos, é que a barra de vida vai sofrendo dano! O fato xpto que equipamos possui também as habilidades de sprint e usar um jetpack que nos permite saltar a alturas elevadas. Isto é fixe mas o sprint demora imenso tempo a ser activado! Já o jetpack acaba por recarregar bem mais rápido. Outra das habilidades do fato é a possibilidade de se fazer, temporariamente, lock on a algum inimigo.

Os mapas até que são bastante grandes, mas não são lá muito interessantes

Para além do tipo de objectivos, o modo história simula também outras coisas da vertente online. Na campanha não podemos escolher que personagem representar nem a sua classe ou equipamento, mas ocasionalmente surgem no mapa alguns pontos de abastecimento onde não só podemos regenerar munições, bem como trocar o loadout armas! Ocasionalmente também poderemos conduzir mechas ou outros veículos como tanques, bem como criar turrets ou outras estruturas com base em créditos que vamos ganhando ao longo do jogo e depois possamos gastar livremente. Ora isto vai sendo explorado superficialmente na campanha, mas dá para ter uma ideia das possibilidades do online. Online esse que naturalmente não experimentei sequer!

Com os créditos que vamos amealhando podemos comprar turrets, veículos, entre outros goodies!

A nível audiovisual, mesmo para um jogo de 2009 confesso que estava à espera de algo mais, pelo menos no PC. Este deve ter sido mais um dos exemplos de um jogo a ter sido desenvolvido com a X360 como plataforma de base e posteriormente convertido para PC, sem grandes melhorias a nível gráfico. É que mesmo para 2009 não era propriamente um jogo que impressionava, é verdade que os mapas são grandes, mas não têm grande detalhe e logo não envelheceram lá muito bem. A narrativa do modo campanha é também muito fraquinha!

Portanto este Section 8 acaba por ser um FPS algo genérico mas que até deve ter sido divertido quanto baste no seu online multiplayer. E por muito genérico que seja, infelizmente é um daqueles jogos que já não está disponível para compra no steam, mas felizmente o mesmo também foi lançado em edição física e sendo um jogo não muito bom, não deve ser caro. Pelo menos eu lembro-me de o ter visto aos montes na extinta Game ao pé de casa por 5€ e na altura não o ter comprado, mas sinceramente também não me arrependo.

F.E.A.R. (PC)

F.E.A.R. é um interessante First Person Shooter produzido pela Monolith Productions, os mesmos que nos trouxeram outros FPS como os clássicos Blood e No One Lives Forever. Lançado originalmente para o PC em 2005, e posteriormente nos dois anos seguintes para a Xbox 360 e Playstation 3. A título de mera curiosidade, este foi também o primeiro jogo que já não consegui correr no meu velhinho Pentium 4 em 2005, para além da performance ser terrível, estava cheio de problemas gráficos, mas essa parte acredito que tenha sido corrigida com algum patch. No laptop que comprei em 2011 já o conseguia correr sem problemas mas por acaso nunca o tinha chegado a fazer. Agora com uma nova máquina, foi altura de finalmente pegar no jogo. O meu exemplar sinceramente já nem sei bem onde foi comprado nem por quanto. Certamente não terá sido mais de 5€, e para além do jogo principal esta Gold Edition traz também a primeira expansão, Extraction Point. Ambos os jogos e uma segunda expansão, Perseus Mandate também vieram parar à minha conta steam, sinceramente já não sei quando nem como, mas este artigo irá englobar todos.

F.E.A.R. Gold com o jogo original e a primeira expansão Extraction Point. A outra tenho apenas em formato digital.

F.E.A.R. é uma sigla para First Encounter Assault Recon, uma fictícia força especial Norte Americana especializada em lidar com eventos paranormais e a sua última missão é a de eliminar Paxton Fettel, um psíquico que toma de assalto as instalações do fornecedor militar Armacham Technology Corporation, que, no meio de outros projectos sinistros, tinha desenvolvido um exército de super soldados, clones, controlados telepaticamente por um líder, neste caso o tal Fettel que por algum motivo se revoltou e está a usá-los para os seus fins. Ao longo do jogo iremos no entanto presenciar diversos momentos de actividade paranormal, desde pequenas coisas como objectos a moverem-se sozinhos, aparições de uma pequena menina vestida de vermelho, que mais tarde vimos a descobrir chamar-se Alma e ser um pivot central em toda a história do jogo. Ou outras alucinações maradas envolvendo Alma, o próprio jogador e/ou Paxton Fettel.

Sim, esperem por ver muito gore

A nível de jogabilidade, este é um FPS onde vamos tendo à nossa disposição um arsenal considerável de armas, se bem que apenas poderemos carregar 3 de uma vez. Para além das armas teremos também diversos tipos de granadas que podemos carregar, bem como um máximo de 10 medkits. Portanto sim, este F.E.A.R. ainda não tinha aderido à moda dos jogos com vida regenerativa. A inteligência artificial dos inimigos era também muito avançada para a época, assim como o sistema de física. Os inimigos, assim que nos detectarem, seja visualmente, seja com o ruido dos nossos passos ou com a luz da lanterna, colocam-se imediatamente alerta e comunicam uns com os outros de forma a decidir a melhor estratégia para nos limpar o sebo. Podemos vê-los a agruparem-se e flanquear-nos cuidadosamente, bem como se retirando quando as coisas lhes correm mal. Mas o jogador é suposto ser um soldado com reflexos super-humanos e é aí que entra o “bullet time“. Durante alguns segundos (enquanto uma barra de energia própria se vai esvaziando), conseguimo-nos nos mover mais ou menos à mesma velocidade que antes, mas tudo á nossa volta abranda bastante, permitindo-nos conseguir reagir melhor aos inimigos e ter a oportunidade de lhes acertar em cheio, com todas as balas a contar. Isto é algo que nos teremos de habituar mesmo a usar, pois os inimigos frequentemente surgem em números elevados e a partir de certa algura também teremos de enfrentar turrets automáticas e outros oponentes fortemente protegidos com armaduras. Apesar de existirem muitas armas espalhadas pelo jogo, as munições começam a ser escassas, obrigando-nos frequentemente a rodar pelas armas que vamos encontrando espalhadas pelos níveis, ou deixadas pelos inimigos que derrotamos.

Alguns inimigos são autênticas esponjas de balas, pelo que enfrentá-los em câmara lenta é quase obrigatório

De resto o progresso no jogo vai sendo relativamente linear, sendo que por vezes teremos de fazer algum backtracking para activar interruptores e afins de forma a progredir. Mas a exploração cuidada dos níveis é encorajada, não só para ir encontrando munições adicionais, mas também para encontrar alguns power ups que nos extendem permanentemente a barra de vida, ou o tempo disponível para manter o modo slow motion activo. Também temos uma vertente multiplayer que sinceramente não cheguei a experimentar, mas consistia nas habituais variantes de deathmatch, Capture the Flag e outros modos de jogo baseados na conquista e controlo de objectivos.

Alma vai tendo várias aparições, se bem que na sua forma adulta aparece sempre desfocada

Tal como referi acima, o jogo possui também um sistema avançado de física para a época. Para além de vários objectos poderem cair e as balas deixarem marcas nas paredes ou mesmo destruição parcial dos cenários, é frequente os inimigos revirarem mesas, ou sofás para servirem de abrigo durante os tiroteios.  A iluminação no geral também está muito boa, pois por exemplo, se abanarmos um candeeiro de tecto, o feixe de luz fica a balancear-se pela sala, de uma forma realista. Outros detalhes como os efeitos de partículas (especialmente quando activamos o modo slow motion) ou as sombras também me pareceram bastante bem conseguidas. Portanto, a nível gráfico, para 2005 foi um excelente esforço, com as personagens a possuir um elevado número de polígonos e bem detalhadas. Já os níveis em si, bom infelizmente não são os mais bonitos de sempre, com o jogo a decorrer em zonas industriais, armazéns, escritórios e pouco mais, pelo que não há uma grande variedade de cenários. As expansões já nos levam a outros sítios, como zonas residenciais, estações de metro, um hospital, entre outros. No entanto, há sempre uma atmosfera tensa, cenários a meia luz e jogamos sempre na expectativa de algo inesperado a surgir no meio das trevas, como as alucinações que vamos presenciando, cada vez mais frequentes e assustadoras.

Não teremos só aparições maradas, algumas criaturas estão mesmo aí para nos limpar o sebo

Ambas as expansões foram produzidas não pela Monolith mas sim pela TimeGate Studios. A primeira expansão é o Extraction Point, decorrendo imediatamente após o final do jogo, onde temos de atravessar meia cidade de Auburn e chegar ao Extraction Point, para sermos finalmente resgatados em segurança. A nível de jogabilidade esta expansão inclui algumas armas novas como uma arma laser ou uma metralhadora pesada. Poucas são as restantes novidades, a não ser o facto que vamos explorar novos cenários como um hospital ou uma estação de metro. A segunda expansão é a Perseus Mandate, esta lançada de forma standalone, ou seja, sem ser necessário ter o jogo original para a jogar. Esta expansão decorre em paralelo com o jogo principal e sua expansão, onde controlamos um outro operativo do grupo F.E.A.R., que também investiga os eventos que decorrem em instalações da Armacham.  Uma vez mais teremos algumas armas extra, como uma arma automática com visão nocturna ou um lança granadas, bem como novos inimigos para defrontar. Aparentemente esta expansão possui também diferentes modos multiplayer, mas uma vez mais não os cheguei a testar.

Graficamente é um jogo muito bem conseguido, pelos seus efeitos de luz e sombra, física e partículas

Por fim, convém também referir que algumas reedições contém alguns extras, como um making of do jogo, um vídeo de 1h com os criadores do jogo a comentarem uma playthrough do demo, uma curta-metragem em live action que serve de prequela e o primeiro episódio de P.A.N.I.C.S. uma mini série cómica que fizeram com o motor gráfico do jogo. Todos estes extras estão incluídos nos ficheiros locais da versão Steam também. Portanto este F.E.A.R. e suas expansões são bons FPS, muito pela atmosfera tensa que proporcionam e os combates desafiantes que nos obrigam a usar todos os recursos que temos à disposição. A minha queixa maior vai se calhar para alguma falta na variedade de inimigos e a extensão algo exagerada de alguns níveis. Mas estou curioso em ver como a série evoluiu com os tempos. O primeiro F.E.A.R. ainda tem uma costela de “velha guarda” em mecânicas de FPS, já os restantes já foram lançados numa altura em que os paradigmas das mecânicas de jogo mudaram.

Aliens Colonial Marines (PC)

Aliens Colonial MarinesUma pena. É o que se resume para mim este jogo. Com tanto potencial ao dar seguimento à história de um dos meus filmes preferidos, ver todas as novelas que o jogo passou e jogar este produto inacabado é realmente uma pena. Long story short, em 2001 a Fox Interactive anunciou um FPS com este nome para a Playstation 2, que nunca chegou a sair. A Sega eventualmente comprou a licença dos Aliens em 2006, e um novo Aliens Colonial Marines foi logo anunciado, com o seu desenvolvimento a cargo da Gearbox, empresa responsável pelo lançamento de expansões do Half-Life, a série Brothers in Arms e posteriormente o Borderlands. Uma empresa com provas dadas dentro do ramo dos FPS. Entretanto houve muitos adiamentos e supostos cancelamentos, com o jogo a sair finalmente no início de 2013. Por essa altura veio-se a descobrir que a Gearbox estava a utilizar parte do financiamento da Sega para desenvolver o Borderlands, e quando a Sega o descobriu, cancelou temporariamente o jogo. Essa polémica fez com que tivessem havido alguns despedimentos na empresa em 2008 e o jogo tenha sido outsourced para outros estúdios menores, sendo essa a grande razão por todos os seus atrasos e por o jogo ter saído como um produto apressado e inacabado. A minha cópia entrou na minha colecção algures no final do ano passado de 2013, sendo a edição de coleccionador, comprada na loja nortenha Gamingreplay por 15€.

Aliens Colonial Marines Collector's Edition
Edição de coleccionador do Aliens Colonial Marines

O jogo decorre depois dos acontecimentos do filme Aliens e Alien 3, com os Space Marines a bordo da nave USS Sephora a deslocarem-se à USS Sulaco do segundo filme que estava misteriosamente de volta em órbita do planeta LV-426, após Ripley, Newt e Hicks terem sido ejectados para o planeta Fury 161 como tinha sido visto no Alien 3. Ou se calhar não foi bem assim, mas vou guardar o spoiler. Quando os Marines atracam na Sulaco descobrem uma infestação de aliens e um grupo para-militar contratado pela Weyland Yutani que estava a controlar a USS-Sulaco e utilizar os marines como hospedeiros dos aliens. Após um combate entre as duas naves, ambas caem sobre LV-426 e o jogador (um space marine chamado Winter) em conjunto com os seus companheiros começam a explorar o planeta, revisitando a colónia de Hadley’s Hope, as ruínas da nave alienígena do filme Alien, o Oitavo Passageiro, entre outros locais, descobrindo que a Weyland Yutani estava a fazer das suas.

Aliens Colonial Marines
Jogo com caixa, manual e papelada

A jogabilidade do modo campanha é a de um simples FPS linear. O jogo está dividido em vários níveis/missões, onde temos de cumprir uma série de objectivos, geralmente ir do ponto A ao ponto B e ver o que se passa, activar ou desactivar alguma coisa, resgatar algum Space Marine ou simplesmente matar tudo o que mexa. O facto de o jogo ser linear é algo que eu compreendo, pois o objectivo é tentar aproximar-se o melhor possível de um filme de acção, tal como Aliens o foi em 1986. Para além dos tiroteios habituais e dos momentos já algo clichés de “last stand” onde nos temos de defender de várias waves de aliens, existem também 2 momentos onde tentam incutir uma vertente mais stealth, mas sem grande sucesso. O primeiro desses momentos é quando estamos desarmados e temos de atravessar os esgotos da colónia e nos deparamos com uma espécie de cemitério de aliens, onde uma nova raça dos xenomorfos estão adormecidos no meio dos seus cadáveres. Estes aliens são cegos, porém muito sensíveis ao som, pelo que temos de fazer o mínimo ruído possível. O segundo momento é quando nos pedem para limpar o sebo a uns quantos cientistas/soldados nos laboratórios da Weyland Yutani sem que eles activem um alarme, coisa que só resulta bem se jogado em cooperativo.

Aliens Colonial Marines
Restante da papelada que veio junto do jogo

Isto porque o jogo está repleto de defeitos, muitos desses defeitos mais grosseiros foram corrigidos com o lançamento de patches, mas ainda há muito lixo a pairar no código. Em primeiro lugar, ainda bem que não existe friendly fire, senão os nossos companheiros morriam muito facilmente. A inteligência artificial é muito má, os nossos companheiros ficam frequentemente presos a um local e já me aconteceu por várias vezes eles não me acompanharem, deixando-me inteiramente por minha conta até que chegasse a um local onde a sua presença era obrigatória e magicamente se teletransportavam para o meu lado. Os próprios inimigos por vezes também ficam presos a um sítio, tornando-se presas fáceis.
Já me aconteceu várias vezes os aliens simplesmente desaparecerem do ecrã, ou até atravessarem um vidro. Felizmente podemos jogar a aventura singleplayer cooperativamente com até mais 3 amigos, tornando a coisa menos intragável. Não aponto grandes problemas para os controlos, são simples e funcionais, embora quando tivemos de controlar o power-loader, esses poderiam ter sido melhor implementados.

Aliens Colonial Marines
Estátua que vem na CE.

O jogo tem um vasto armamento, com várias pulse-rifles como nos filmes, shotguns, revólveres, lança-chamas, rockets ou mesmo a smart-gun com o seu auto-aim dentro de uma certa área. Podemos carregar uma arma primária, uma secundária e um revólver com munição infinita, para além de um certo número de granadas e munições secundárias para certas armas. Ao longo do jogo podemos encontrar algumas armas “lendárias”, como a shotgun de Hicks, ou o revólver Gorman, armas directamente retiradas do filme Aliens. Para além desses extras temos outros coleccionáveis, como dogtags dos colegas Marines ou audio logs. Para além dos achievements do jogo, existem também uma série de achievements internos que nos dão pontos de experiência. Esses pontos de experiência, que são ganhos com cada kill e assist ao longo do jogo, ou com os coleccionáveis que encontramos, servem para aumentar o nosso rank. Piscando o olho a Battlefield ou outros shooters militares modernos, vamos desbloqueando uma série de novas armas e vamos podendo-as customizar à nossa medida, com novas miras, munições secundárias, novas skins ou outros acessórios.

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Os quick-time events estão de volta, mas felizmente são apenas ocasionais

Para além do modo campanha que pode ser cooperativo, temos também a vertente multiplayer do jogo que eu não cheguei a experimentar, pelo que não me vou alongar. Existe um team deathmatch e um modo de jogo chamado Escape, onde os Marines têm de sobreviver e alcançar um evac-point para escapar e os Aliens naturalmente terão de impedir que isso aconteça.

Passando para o audiovisual, Aliens Colonial Marines não possui a mesma qualidade gráfica de um Crysis, tem texturas de baixa resolução e modelos com poucos polígonos, no entanto acho que cumpre os requisitos mínimos. Adorei a maneira “high-tech dos anos 80″ com que conseguiram recuperar a atmosfera do filme Aliens, com todo o equipamento electrónico com os monitores CRT e todos aqueles botões quadrados. A HUD (informação passada no ecrã) é como se estivéssemos dentro de um gravador de vídeo em VHS, as letras têm o mesmo estilo dos ecrãs LCD da época e a própria imagem do jogo tem um filtro gráfico que se assemelha mesmo à qualidade de uma fita VHS. É um pormenor que achei muito interessante (não tenho dúvidas que tenha sido utilizado para mascarar os gráficos) e pelos vistos pouca gente reparou no mesmo. Mas se passarmos para os diálogos… bom esses são realmente maus e bastante clichés. É pena porque a história como um todo até faz algum sentido. Ainda assim, e voltando à história, o DLC Stasis Interrupted conta o porquê da USS Sulaco estar de volta a LV-426 e o porquê de outras coisas. É pena que não tenha feito parte do pacote do jogo.

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Podemos jogar cooperativamente com mais alguns amigos

No fim de contas, confesso que não desgostei de todo do jogo. Para quem é fã da saga Aliens certamente irá encontrar alguns bons momentos na história. O facto de graficamente não ser o melhor jogo de sempre não é algo que me incomoda assim tanto. Na minha opinião o pior são mesmo os imensos bugs existentes e a inteligência artificial que é péssima, bem como os diálogos do jogo que são cheesy até dizer chega. É um jogo que tinha um enorme potencial de relançar finalmente a saga Aliens para a ribalta (após Prometheus ter dividido muitas opiniões), mas quando jogamos algo onde é bem notório que é um produto inacabado e apressado, para mim é mesmo esse o grande problema de Aliens Colonial Marines. Ponho fé na Creative Assembly para o Alien Isolation.