Dark Fall II: Lights Out (PC)

Voltando às rapidinhas no PC, ficamos agora com a sequela do Dark Fall, um interessante jogo de aventura point and click  na primeira pessoa com o horror a marcar a sua presença. 2 anos após o lançamento original, a XXv Productions lançou uma sequela, cuja decorre uma vez mais no sudoeste inglês, desta vez num farol envolto em mistérios, com várias pessoas a desaparecerem ao longo dos anos. O meu exemplar foi comprado numa CeX no Porto há uns anos atrás, creio que me custou menos de 1€, mas já o tinha na minha conta steam há mais tempo ainda, certamente veio nalgum bundle comprado ao desbarato.

Jogo com caixa, manual e papelada

No que diz respeito às mecânicas de jogo, estas são muito similares às do primeiro Dark Fall, na medida em que, tal como referi acima, é um jogo de aventura point and click na primeira pessoa, mas com gráficos pré renderizados e estáticos. Ou seja, o movimento será feito através de ecrãs estáticos e todas as acções serão feitas com o rato, cujo cursor muda de forma consoante o contexto. Por exemplo, quando o cursor muda para uma seta, quer dizer que nos podemos movimentar nessa direcção, se mudar para uma lupa indica que podemos investigar melhor essa zona, para uma mão indica que podemos interagir directamente com esse objecto, ou finalmente, se mudar para uma ferramenta, indica que podemos usar algum item do nosso inventário. De resto temos de explorar bem os cenários, onde teremos muitos documentos para ler e puzzles para resolver. Também tal como o primeiro jogo, aqui não há qualquer log das pistas que vamos encontrando, pelo que teremos mesmo de apontar as coisas nós próprios.

Tal como no seu predecessor temos muita papelada para ler, e convém mesmo fazêlo pois podem ter as dicas que necessitamos para resolver alguns puzzles

Nada de muito diferente do primeiro jogo, portanto. Por outro lado acabei por gostar bem mais do primeiro jogo do que esta sequela. Isto por várias razões. Por um lado, a história não é tão cativante quanto no primeiro jogo. Aqui a narrativa começa no ano de 1912, onde encarnamos no papel de Benjamin Carter, um cartógrafo que é enviado para a costa do sudoeste Inglês, para cartografrar melhor aquela parte da costa. Quando lá chega, fica curioso com um farol construido numa ilha que não aparece em qualquer mapa, ilha essa que está amaldiçoada, segundo os habitantes locais. Claro que acabaremos por explorar o farol, mas a certa altura o jogo leva-nos em viagens pelo tempo, onde exploraremos a mesma ilha em diversas épocas. Para além da história ser menos cativante, a atmosfera tensa e de terror também não está tão bem conseguida quanto no primeiro jogo. Isto porque muitas das zonas que exploramos são em plena luz do dia, o que não é nada assustador.

Os cenários são todos pré renderizados e os interiores possuem bem mais detalhe que os exteriores

De resto a nível gráfico, não acho que seja um jogo dos mais bonitos, pois em 2004 já estaria à espera de imagens estáticas com mais detalhe e resolução. Aliás, o facto do jogo consistir completamente em imagens pré-renderizadas, somos forçados a jogá-lo numa resolução fixa e infelizmente sem suporte a modo janela. No que diz respeito ao som, o jogo possui uma vez mais músicas ambientais e tensas que resultam bem apenas quando exploramos zonas mais escuras. O voice acting é minimamente competente, embora as vozes mais fantasmagóricas deixem um pouco a desejar.

Portanto este Dark Fall é um jogo razoável de aventura na primeira pessoa, acho que fica uns furos abaixo do primeiro jogo por apresentar uma história menos interessante, mais confusa e uma atmosfera mais ligeira. Comprei recentemente a sua sequela, que estava em promoção no steam, a ver como se safaram.

Dark Fall: The Journal (PC)

Hoje voltamos aos jogos de aventura point and click, um género que já cá não trazia há muito tempo. E de facto já tinha este Dark Fall na minha conta steam há vários anos, tendo vindo certamente de algum bundle por um preço muito em conta. Mas como já tinha comprado o segundo jogo em formato físico, numa CeX algures na zona do Porto, quis tentar fazer o mesmo para o primeiro, algo que apenas aconteceu na CeX de Aveiro, algures em Janeiro, tendo-me custado a módica quantia de 50 centimos. Não é uma edição normal de retalho, mas sim uma que veio de oferta com uma revista Mega Score. Já tive inúmeras oportunidades de ter comprado essa versão antes, em feiras de velharias principalmente, mas como a edição normal de retalho acabou por não aparecer, lá me deixei levar pela da Mega Score.

Jogo com caixa, versão Mega Score

Aqui controlamos um protagonista anónimo, que apenas conhecemos por ser irmão de Peter Crowhurst, um arquitecto. O jogo começa ao recebermos um telefonema de Peter, que suplica ao seu irmão que se meta no próximo comboio e o vá ajudar, pois teme pela sua própria vida. Peter estava a trabalhar numa estação ferroviara e respectivo hotel algures no sudoeste Inglês, abandonados no final da década de 40, com o intuito de estudar a estrutura, que viria a sofrer grandes obras de renovação num futuro próximo. No seu telefonema, Peter diz que não estava sozinho, dois universitários estavam com ele a estudar fenómenos paranormais no hotel, e teme que o que quer que os miúdos estavam à procura, encontrou-os e aparentemente encontrou Peter também. E lá nos metemos no tal comboio, com o protagonista a perder os sentidos e acordar às portas da tal estação de comboios, sendo acordado por uma voz de uma criança chamada Timothy Pike, que mais tarde vimos a descobrir que desapareceu algures na década de 40. Quando começamos a explorar o hotel, vamos desvendando os seus mistérios, descobrindo que todos os seus residentes e trabalhadores desapareceram misteriosamente numa noite em 1947, o que forçou o seu encerramento, e por consequência o da estação ferroviária também.

Os puzzles obrigam-nos mesmo a tirar várias notas, como é o caso desta mensagem que poderemos decifrar assim que encontrarmos a chave

E este é então um jogo de aventura point and click na primeira pessoa, com o jogador a mover-se por uma série de ecrãs estáticos e com gráficos pré-renderizados. O rato é a única forma de interacção no jogo, com o cursor a mudar de forma consoante o tipo de acção que poderemos fazer em determinada área. Por exemplo, se o cursor mudar para uma forma de seta, quer dizer que nos podemos mover nessa direcção. Se levarmos o cursor para as extremidades esquerda ou direita do ecrã, poderemo-nos virar nessa direcção respectiva. O cursor mudar para a forma de uma lupa indica que poderemos inspeccionar um objecto mais de perto, mudando para a forma de uma mão quer dizer que podemos interagir directamente com um objecto, enquanto se mudar para a forma de uma chave inglesa, indica que poderemos usar um item do inventário ali. À medida que vamos explorando as àreas do jogo, vamos descobrindo vários diários ou outras notas escritas, que não só nos vão contando um pouco mais da história de cada um dos desaparecidos, bem como nos dão algumas pistas para ultrapassar alguns dos puzzles que teremos de resolver, como os de abrir cofres, caixas ou portas. Ao contrário de outros jogos de aventura mais modernos, onde todas estes logs e pistas que vamos descobrindo, ficarem registadas algures nalgum menu do jogo. Aqui teremos mesmo de tirar algumas notas, especialmente às runas e seus significados que iremos encontrando ao longo do jogo, pois serão imperativas para resolver o puzzle final.

No ouija board, a IA sabe responder a algumas perguntas básicas

No que diz respeito aos audiovisuais, bom este jogo de um ponto de vista meramente técnico não envelheceu lá muito bem. Isto porque ao usar gráficos pré-renderizados, teremos de o jogar na sua resolução nativa. O problema é que esta é a velhinha resolução VGA, 640 por 480. Também não descobri nenhuma maneira de pelo menos jogar isto em modo janela, pelo que teremos mesmo de o jogar numa resolução muito baixa. Mas tirando este detalhe, o jogo faz um excelente trabalho em apresentar uma atmosfera bastante tensa. Os cenários são escuros, bem detalhados tendo em conta as limitações já mencionadas anteriormente. Vamos ouvir barulhos estranhos como passos, vozes dos antigos residentes do hotel, melodias que surgem do nada, telefonemas do além, bem como ver sombras a moverem-se ao longe, o que contribui para uma atmosfera bastante tensa, mesmo sabendo que é impossível morrer neste jogo.

Poderemos encontrar alguns gadgets para detectar actividade paranormal que nos podem ajudar a revelar mais pistas

Portanto este primeiro Dark Fall acabou por se revelar uma boa surpresa. Possui uma atmosfera bastante tensa, alguns gadgets interessantes como o equipamento para detectar actividadade paranormal e alguns puzzles desafiantes, que não só nos obrigam mesmo a tirar notas, como a explorar os cenários até ao seu mais ínfimo detalhe. A ver como a série evoluiu com o tempo, visto que tenho também a sua primeira sequela. Após esta, ainda foi lançado o terceiro capítulo Lost Souls em 2010, que irei tentar arranjar quando a encontrar a bom preço. Para este ano temos ainda uma nova sequela, que também deixarei debaixo de olho.

Sam and Max Season One (PC)

A dupla Sam & Max, que depois do excelente Hit the Road! desenvolvido pela LucasArts, entrou num infeliz e prolongado interregno que durou toda a restante década de 90 e acentuou-se com o cancelamento do Freelance Police por parte da Lucasarts em 2004. Felizmente a Telltale pegou na franchise e o primeiro videojogo que lançaram saiu num formato episódico, tal como muitos outros jogos do estúdio. A primeira temporada, também intitulada de “Save the World”, acabou por sair em formato físico para o PC (e Wii também). A minha versão foi comprada na Mediamarkt de Alfragide há uns anos atrás, pela módica quantia de 2.95€.

Jogo com caixa, manuais e papelada diversa. Esta versão traz também uma série de conteúdo bónus em disco.

Esta aventura leva-nos a resolver uma série de casos que à primeira vista não parecem muito ligados entre si, mas vão fazendo parte de uma trama com uma conspiração em crescendo. A história começa com a dupla a receber finalmente um caso policial, de forma a investigar uns distúrbios causados por 3 anões, outrora estrelas infantis de uma sitcom dos anos 70. Ora os irmãos estavam sim sobre efeito de hipnose, algo que vai escalando de episódio para episódio, onde a hipnose e a manipulação da vontade das pessoas fica sempre em destaque. A conspiração cresce de tal forma que Sam e Max têm inclusivamente de derrubar o governo americano! Desculpem lá o pequeno spoiler.

Ao longo do jogo vamo-nos envolvendo em situações cada vez mais ridículas. A certa altura temos de infiltrar na máfia dos brinquedos e no seu casino!

O jogo está repleto de personagens que vão marcando presença ao longo dos vários episódios, onde para além dos 3 anões com personalidades muito distintas, conseguimos também destacar o Bosco, dono cada vez mais paranóico da loja de (in)conveniência próxima do escritório dos detectives. Ou o caso do Jimmy, o rato manhoso que vive com a dupla de heróis, o presidente banana norte americano (que na altura me pareceu uma sátira a George Bush), entre outros. Os próprios Sam e Max mantêm-se iguais a si próprios, com Sam a ter uma identidade mais pacifista e racional, no entanto sem grandes problemas para usar a violência como solução. Já o Max é aquele coelho completamente doido e homicida!

As mecânicas de jogo são as simples de um jogo de aventura point and click, onde vamos ter de dialogar com as personagens que nos rodeiam, interagir com objectos, apanhar itens e usá-los noutros locais, o costume! Mas outra particularidade interessante deste jogo está na possibilidade de podermos conduzir pelas estradas com o nosso DeSoto. Na verdade teremos de fazer isto muitas vezes para progredir na história, seja participar em perseguições policiais, ou mesmo a situação altamente cómica em disparar sobre o farolim traseiro de um condutor completamente inocente, mandá-lo parar, e multá-lo por isso mesmo.

Bosco, cada vez mais paranóico e com geringonças cada vez mais caras para comprar

Felizmente o jogo está repleto de personagens bastante carismáticas e muitas vezes nos vemos em situações muito cómicas, como quando participamos num programa como Juri num programa como os Ídolos, ou a campanha eleitoral com o próprio Abraham Lincoln. Muitas vezes, nos diálogos, só nos dá vontade de dar aquelas respostas que estão nitidamente erradas só para ver quais vão ser as respostas ou o que se vai desenrolar a seguir.

A nível audiovisual é um jogo algo competente para a época. Sinceramente prefiro de longe os visuais inteiramente 2D com aquelas animações e gráficos em pixel art deliciosos, mas aqui apesar das personagens e cenários estarem representados em 3D, pouco realmente muda: não há um controlo de câmara, mas a mesma vai sendo mais dinâmica, seguindo-nos às voltas pelas salas e ruas que exploramos. Os cenários em si estão bem representados, fazendo-me lembrar na mesma o estilo doido de alguns cartoons como Ren & Stimpy. Em relação aos voice actings acho que estão bem conseguidos, e as músicas vão sendo na sua maioria mais ambientais, o que vai resultando bem com a mood agradável que Sam & Max nos tenta passar.

Os diálogos são tão bons que me dá vontade de falhar de propósito só para ver todas as reacções!

Em suma, embora não seja um jogo tão bom ou bonito quanto o Hit the Road, este tão esperado regresso de Sam & Max foi mesmo muito benvindo. A Telltale acabou por fazer um bom trabalho, mantendo o mesmo tipo de humor e boa disposição ao longo de todo o jogo. Tal como referido acima, só mesmo o facto de não ser em 2D como o clássico não me agradou tanto. Mesmo o facto de ter sido lançado de forma episódica não me pareceu mal de todo, pois os diferentes episódios encadeiam bem uns nos outros.

Aura: Fate of the Ages (PC)

Já há algum tempo que não escrevia nada sobre o PC e o artigo de hoje será uma rapidinha a um jogo de aventura point and click na primeira pessoa com gráficos pré-renderizados e mundos fantasiosos para explorar. Um clone de Myst, portanto. Publicado pela The Adventure Company e desenvolvido por um estúdio que nunca tinha ouvido falar, este é um jogo com uma história algo genérica, puzzles nada óbvios e imensa maquinaria demasiado complexa de operar para o que faz. Este meu exemplar para o steam foi comprado num bundle só de jogos de aventura já há uns bons tempos. Não me recordo quanto foi mas certamente ficou muito barato.

AuraEm Aura: Fate of the Ages somos o estudante prodígio Umang, que recebe uma muito importante missão: alguém atraiçoou o clã a que Umang pertence e procura uma série de artefactos poderosos para atingir a imortalidade ou outros fins nefastos e nós temos que os encontrar primeiro. Para isso teremos de viajar por vários diferentes mundos, explorá-los à exaustão de todos os pequenos detalhes e resolver vários puzzles complexos com poucas pistas para o fazer. Infelizmente a história nunca se desenvolve muito pois poucas são as pessoas com as quais interagimos e quando o fazemos os diálogos são sempre curtos e nunca se desenvolvem muito. Aliás, todo o voice acting e narrativa deixam bastante a desejar neste jogo.

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Aqui vamos ter a oportunidade de visitar vários mundos diferentes, no entanto todos eles parecem abandonados

As mecânicas de jogo são simples, algo semelhantes aos Myst mais recentes pois para além de nos movimentarmos à base de cliques em cenários pré-renderizados (apenas podemos ir para o onde o cursor do rato se transformar numa seta), também podemos olhar para os cenários em 360º. Interagir com o cenário, apanhar itens e falar com NPCs também pode ser feito à medida que o cursor do rato muda de cor, indicando uma zona interactiva.

Os pontos positivos são mesmo os gráficos pré-renderizados  que ilustram diferentes e bonitos mundos, se bem que infelizmente de baixa resolução. E aqui tanto podemos explorar locais místicos e selvagens, como outros cheios de maquinaria. Nos primeiros mundos maquinaria de facto é o que não falta, bem como puzzles de forma como as operar. E aí vamos dar com máquinas extremamente complexas para as tarefas mais simples… em relação aos puzzles temos de facto de estar atento a tudo o que nos rodeia, tal como fomos habituados na série do Myst. Para nos ajudar um pouco, vamos apontando algumas pistas automaticamente num bloco de notas, que mostra diagramas de várias máquinas e algumas dicas de como resolver esses mesmos puzzles. Mas regra geral são puzzles rebuscados.

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Alguns puzzles naturalmente são mais interessantes que outros. Este foi dos que mais gostei.

Em suma este é um jogo algo mediano, pois apesar de ter puzzles desafiantes, não consegue realmente criar uma atmosfera e história cativante o suficiente. Para além deste jogo existe ainda uma sequela directa que começa mal este jogo termina, mas até ver ainda não está disponível no steam. Talvez um dia quando estiver lhe dê uma oportunidade para ver o quanto evoluiram desde então.

The Book of Unwritten Tales: The Critter Chronicles (PC)

Invariavelmente, vamos lá a mais uma rapidinha pois se por um lado o tempo teima em não dar para muito mais, por outro esta é uma sequela a um jogo que eu adorei, mas acaba por não trazer nada de especial, o que é pena. E também tal como o primeiro The Book of Unwritten Tales, esta minha cópia digital do steam foi comprada por um preço muito apetecível nalgum Humble Bundle.

The Book of Unwritten Tales the Critter Chronicles - PCAqui somos uma vez mais levados ao mundo fantasioso e bem humorado de Aventasia, num jogo cuja história serve de prequela ao lançamento original, com Nate e o estranho, mas adorável Critter a assumirem os papéis principais. Infelizmente não há sinal nem do pequeno Wilbur nem a princesa Ivonora, personagens que para mim foram bem mais carismáticas que Nate. No entanto, outras personagens conhecidas como a orc Ma’zaz (ainda a perseguir Nate), o feiticeiro Munkus ou o Arch Mage ainda vão dando o ar da sua graça. E temos muitos mais critters para interagir, embora o original para mim ainda continue a ser o melhor pelo seu dialecto estranho e linguagem corporal bastante cómica.

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Este Yeti até que tem a sua graça, joguem e percebam o porquê

As mecânicas de jogo são exactamente as mesmas do original, bastante simples e intuitivas para um jogo de aventura point and click, onde mais uma vez poderemos controlar mais que uma personagem (embora de forma alternada), usando as habilidades de cada um para progredir no jogo, bem como muita partilha de itens e objectos entre ambos de forma a resolver alguns desafios. Puzzles mais tradicionais também existem e no geral pareceu-me ser um jogo menos intuitivo no tipo de acções que temos de fazer do que o original. E aqui temos uma dualidade interessante, pois se por um lado os puzzles dão mais que pensar e deixa-nos puxar pelo velho método da tentativa-erro, por outro a aventura em si pareceu-me muito mais curta, com menos regiões a explorar e personagens novas para conhecer. Mas voltando ainda aos puzzles, existem dois graus de dificuldade neste jogo e se escolhermos o difícil então teremos muitos mais itens para apanhar, interagir e combinar do que no modo normal.

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Seastone é das poucas áreas que revisitamos, embora aqui as coisas sejam um nadinha diferentes

Mas também sou sincero, não me incomoda lá muito o facto dos desafios desta vez serem menos intuitivos. Incomoda-me sim pelo curto conteúdo propriamente dito, ou pela falta de personagens carismáticas como havia no primeiro jogo. Aqui o foco parece-me ir para o “Yeti“, a activista de direitos animais chata e casmurra chamada Petra, e claro o Critter, mesmo não percebendo nada do que ele diz acaba por ter uma linguagem corporal e gestual fantásticas. A nível audiovisual o jogo contém uma boa narrativa e voice-acting, os gráficos assentam mais uma vez em cenários 3D, embora algumas localizações sejam muito pobrezinhas em detalhe. As músicas assentam bem ao jogo como sempre.

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É uma pena que 70% do jogo seja passado no pólo norte lá do sítio

Não vou dizer que passei um mau bocado ao jogar este Critter Chronicles pois não o passei, mas estava à espera de um jogo um pouco mais longo, com maior diversidade de cenários, e com mais personagens carismáticas, o que aqui não aconteceu, especialmente pelo foco dado ao Nate. No entanto ficaram as memórias do primeiro jogo, cujos acontecimentos acabam por se encaixar com os deste e me deixam com vontade de jogar a verdadeira sequela, o The Book of Unwritten Tales 2.