Disruptor (Sony Playstation)

DisruptorPor vezes deparamo-nos com jogos que nos passaram completamente despercebidos, espreitamos uns 3 minutos de vídeo gameplay no youtube, entusiasmamo-nos com a ideia e acabamos por o comprar. O Disruptor foi um destes meus casos, um particular que sabe que eu gosto de FPS da velha guarda perguntou-me se não quereria comprar o que ele estava a vender e cá veio parar, completo em óptimo estado por cerca de 8€. Mas será que apenas alguns minutos de video fizeram-lhe completamente justiça? É o que iremos ver em seguida.

Disruptor - Sony Playstation
Jogo com caixa e manual

A primeira coisa que reparei é que este é um jogo da Insomniac, o mesmo estúdio que nos trouxe anos depois séries como Ratchet & Clank e Resistance, já para não mencionar que foram os criadores de Spyro the Dragon. A segunda surpresa foi quando comecei o jogo: cutscenes de full motion video com actores reais, com uma performance tão má que faz alguns filmes como o “Star Wars turco” ser merecedor de um Óscar. Ok, não tão maus assim, mas já estão a perceber a ideia. Mas eu até que acho piada a estas coisas, e vão ter muitas cutscenes para ver, pois à excepção dos níveis finais, existe uma cutscene entre cada que serve para avançar na história. E qual história? Bom, este é um FPS futurista que nos coloca no papel de Jack Curtis, um jovem recruta dos LightStormer Corps, uma unidade militar toda XPTO da altura. E enquanto os primeiros níveis servem de treino para nos habituarmos aos controlos e mecânicas de jogo, depois algumas coisas começam a acontecer e lá iremos combater uma misteriosa organização terrorista com as coisas a ganharem contornos conspiratórios, mas sempre com aquela qualidadezinha sebosa que até tem graça.

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À esquerda temos o nosso herói. À direita, o seu irmão já veterano lá no sítio. Todos maus actores.

E os controlos são os típicos de um FPS pré-controlo analógico, onde apenas o D-Pad servia para nos movimentarmos e os botões de cabeceira para fazer o strafing para a esquerda ou direita. Isso e escolher as armas, que por sua vez muito sinceramente me deixaram bastante a desejar. Para um jogo futurista, a maioria das armas tem um design muito fraquinho e modos de disparo que sinceramente não achei lá muita piada. Temos uma shotgun e uma metralhadora bem pirosas, várias armas futuristas nada precisas e um “lança rockets” capaz de fazer lock-on aos inimigos e segui-los. Este até que ficou porreiro! Mas para além das armas temos outra coisa com que brincar – os poderes psiónicos. Estes são poderes que nos permitem atirar bolas de energia poderosas, regenerar a nossa vida ou então podemos utilizar a habilidade “drain” que causa algum dano aos inimigos e também serve para restabelecer a nossa energia “psiónica”. Existe inclusivamente um nível em que não podemos usar quaisquer armas para além destes poderes.

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Com o mau voice acting posso bem, até é um guitly pleasure. Agora o mau design de armas e inimigos é que já não gosto tanto.

A nível gráfico é o que se esperaria de um clone do Doom. Gráficos em 2.5D, ou seja, níveis tridimensionais mas com inimigos, itens e powerups na forma de sprites em 2D. Os inimigos consistem em robots, criaturas estranhas ou cyborgs, mas tal como as armas, também não me despertam lá muito interesse. De resto o design dos níveis até é o mais interessante, embora seja tudo instalações industriais e outras cenas futuristas, mas no geral até foram níveis interessantes, mas nada com mecânicas de jogo do outro mundo. O resto é mediano, tanto as músicas, efeitos especiais, ou o acting terrível que já mencionei.

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Acabaram-se as munições? Toca a mandar bastonadas com as armas!

Mas mesmo com todos os seus defeitos e imperfeições, nem é um mau jogo de todo, é um daqueles clones do Doom que não acrescenta muito mais à fórmula, a não ser os poderes psiónicos ou as cutscenes em full motion video de qualidade questionável. Joga-se bem, mas algumas escolhas estéticas não foram mesmo do meu agrado. Mas é precisamente para os fãs de FPS da velha guarda que este jogo guarda o seu interesse, e o facto de ser exclusivo da Playstation ou de ter o Mark Cerny na equipa de produção certamente torna-o ainda mais curioso.

 

Resistance 3 (Sony Playstation 3)

Resistance 3Ora cá está um jogo que apesar de não ser mau de todo, conseguiu causar-me preguiça suficiente para o terminar ao longo de um mês, mesmo tendo uma campanha curta. E apesar de ter uma série de mecânicas de jogo mais old school que eu realmente aprecio, a campanha como um todo não foi lá muito entusiasmante. Mas adiante. Este Resistance 3 foi comprado há uns meses atrás na Worten Gamer do Norteshopping por 10€. Está usado, em bom estado e os códigos para os DLCs que vinham com o jogo não tinham sido usados, se bem que sem o online não me servem de nada.

Resistance 3 - Sony Playstation 3
Jogo completo com caixa, manual e papelada, na sua Special Edition com steelbook.

O Resistance 2 tinha-nos colocado mais uma vez no papel de Nathan Hale, na sua cruzada militar contra a ameaça alienígena dos Chimera que tinha finalmente alcançado o continente norte-americano. Após os acontecimentos desse jogo, foi finalmente descoberto uma vacina que previnia a mutação dos seres humanos infectados para híbridos Chimera, que depois eram usados como escravos ou soldados contra a raça humana. Ora e com essa descoberta, os Chimera deixaram de tentar infectar os humanos e partiram definitivamente para o extermínio total, com a Resistência humana a ser cada vez mais “underground” e essa é a grande diferença neste jogo, pois não temos nenhuma campanha militar. O protagonista é Joseph Capelli, personagem com grande influência no final do jogo anterior, aqui com a “missão” de acompanhar o Dr. Malikov até ao que resta da cidade de Nova Iorque, para travar os Chimera de uma vez por todas.

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Com o uso, as armas vão subindo de nível e com isso ganharem melhorias.

Tal como escrevi no primeiro parágrafo, muitos dos conceitos da jogabilidade foram mudados neste jogo. O sistema de regeneração de vida foi com o galheiro, tendo sido substituido uma vez mais pelos bons velhos medkits. E em vez de apenas carregar com duas ou três armas em simultâneo, podemos levar com o arsenal todo, que por sua vez está repleto de armas já bastante conhecidas da série. As armas são quase todas familiares, bem como os seus modos de disparo secundários, embora tenham algumas diferenças. Para mim a melhor foi mesmo a Bullseye, arma standard das forças Chimera, agora com disparos bem mais rápidos. Para além do mais, consoante as formos utilizando, as armas vão também levar com alguns upgrades que lhes dão mais dano ou outras funcionalidades. Disparar cartuchos incendiários com uma shotgun é sempre divertido! De resto é um FPS linear e algo banal, confesso que apesar de ter gostado da variedade de armas, modos de disparo e granadas, a campanha em si não me entusiasmou muito.

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Tal como no jogo anterior, temos alguns segmentos mais de terror, com estas criaturas bonitas

Para além do modo campanha, temos mais uma vez um modo cooperativo e multiplayer competitivo online. O último tinha uma série de modos de jogo, desde as tradicionais variantes do deathmatch, capture the flag e outros, mas infelizmente não os cheguei a experimentar porque a Sony fechou os servidores para todos os jogos desta série algures em Abril deste ano. Mesmo logo quando lançaram a trilogia Resistance numa compilação! Muito inteligentes, eles. O modo cooperativo poderia ser jogado de forma online, mas também localmente com recurso ao split-screen. Ao menos dá para jogar de forma local, mas também não o cheguei a fazer.

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Uma das novas armas permite-nos congelar os inimigos para depois os partir. Alguém andou a jogar DN3D!

Graficamente é um jogo bonitinho, e com uma boa variedade de cenários, desde as habituais ruínas de cidades ou zonas industriais, ou as bases mais high-tech dos Chimera, mas também vários redutos underground de resistência humana ou outras localidades naturais – felizmente sem os chatos dos “predadores” invisíveis que nos matavam com um golpe só. No geral acho um jogo bem detalhado, embora algumas personagens ainda têm expressões faciais muito estranhas. O voice acting também me pareceu competente, mas a ser sincero, e tal como já referi atrás, achei esta história muito fraquinha, não que nos anteriores tenha sido uma obra-prima também. O jogo tem também suporte às TVs que suportam o 3D, o que não é o meu caso nem fazia questão que tivesse. Mas ainda na parte técnica, não posso deixar de referir os problemas de instalação do jogo. Basicamente, é necessário instalar dados do jogo no disco para jogar, não é nenhuma novidade. Infelizmente essa instalação está repleta de problemas, e pelo que me lembro da primeira vez nem o consegui jogar devido a alguma incompatibilidade dos patches que foram lançados para o jogo. Então o que aconselho a fazer é: antes de começarem o jogo, vai aparecer uma mensagem a perguntar se o querem actualizar. Não o façam. Instalem o jogo no disco e só depois os patches. Ainda assim, depois quando forem a remover os dados do jogo do sistema não desesperem, mas vai demorar. Precisei de quase 50 minutos para apagar os dados do disco. É ridículo como a Insomniac não se deu sequer ao trabalho de lançar um outro patch a corrigir esta situação.

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Este é um jogo graficamente bonitinho, embora algumas personagens tenham caras estranhas, o que não é este caso.

Posto isto, e com este grande problema técnico que certamente irá apanhar de surpresa os mais desprevenidos, não é um jogo que eu recomende vivamente. Ainda assim, a nível de jogabilidade propriamente dita não há muito que me possa queixar, pois até me diverti a chegar ao fim do jogo. Só mesmo a história em si é que poderia ser melhorzinha, a meu ver. De resto não deixa de ser um bom FPS linear para entreter de vez em quando.

Resistance 2 (Sony Playstation 3)

Resistance 2Após a minha PS3 ter estado literalmente na gaveta este tempo todo (ter um backlog gigantesco tem destas coisas), finalmente voltei a pegar nela para jogar este Resistance 2 que já estava em fila de espera para ser jogado há muito tempo. O primeiro Resistance foi um dos jogos de lançamento da Playstation 3. Produzido pela Insomniac (os mesmos que nos trouxeram Ratchet & Clank), Resistance serviu para ser o first person shooter exclusivo de lançamento da consola, enquanto que no Killzone 2 a Guerilla ainda estava a coçar a cabeça a ver como iriam deixar o jogo tão bonito como no trailer de apresentação da E3. Sinceramente não me recordo onde comprei este jogo nem quanto me custou, só sei que foi há cerca de um ano atrás. Mas certamente não terá sido mais que 10€.

Resistance 2 - Sony Playstation
Jogo completo com caixa, manual e papelada

O primeiro Resistance falava dos Chimera, uma raça alienígena que de alguma forma lançou um vírus pelo planeta que infectava os humanos, transformando-os em criaturas hediondas chamadas de Hybrids. A pandemia começou pelos lados da união soviética (sim, porque o jogo decorre numa década de 50 bastante distópica e futurista) e foi sendo deflagrada pelo resto da Europa. Os Estados Unidos, aliados aos Britânicos têm lançado bastantes ofensivas aos Chimera, e neste Resistance 2 tal não é diferente, embora desta vez a “praga” já tenha chegado ao continente americano. Mais uma vez a nossa personagem é o Nathan Hale, um soldado norte-americano que tinha sido infectado pelos Chimera no primeiro jogo, mas ao contrário de todos os outros, em vez de se transformar num hybrid, ganhou poderes sobre-humanos e é capaz de regenerar a sua vida (boa desculpa da Insomniac para manter esta característica!!!). Hale liderará um esquadrão de Sentinels, outros humanos infectados com o vírus mas que possuem os mesmos “poderes”, na sua luta contra os Chimera principalmente em solo americano, bem como contra Daedalus, o vilão deste jogo.

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As estruturas Chimera continuam imponentes.

Ora o modo campanha é bastante linear, como seria de esperar na maioria dos FPS modernos. Tem alguns momentos bons, mas também tem os seus momentos mais frustrantes e aborrecidos, como defrontar várias waves de Chimeras como no Left for Dead. Existem também alguns inimigos novos bem como armas. Nos primeiros o destaque vai para os “predators“, invisíveis e especialmente chatos numa das últimas missões que nunca adivinhava muito bem de onde eles vinham. 1 hit destes gajos e morremos. Das armas temos agora uma mini-gun, mais uma outra arma de longo alcance. As armas Chimera, como as Augers e a sua capacidade de disparar através de paredes, ou as Bullseye com o seu sistema de “tagging” marcam o seu regresso assim como muitas outras. Mas ao contrário do primeiro jogo, apenas podemos carregar com 2 armas principais, mais um número reduzido de granadas. Mais uma vez os modernismos a lixarem o esquema todo…

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O facto da Auger ter um escudo como modo secundário é um pouco redundante a meu ver, visto ser possível disparar através de paredes.

Para além do modo campanha, que por sua vez decorre ao longo de 7 capítulos mais uma introdução, Resistance 2 tem também duas vertentes multiplayer, uma em modo cooperativo e outro competitivo. Infelizmente a Sony decidiu fechar todos os servidores dos Resistance, desde o primeiro ao último, em Março deste ano. Como tal, não os cheguei a experimentar, mas confesso que provavelmente iria perder muito pouco tempo também. Infelizmente, para minha desgraça, a vertente cooperativa não é o modo campanha, mas sim uma série de missões inteiramente novas. Isso sim, tenho alguma pena de não as ter experimentado. Penso que dê para as jogar offline com um amigo, mas não tenho a certeza. No multiplayer competitivo, esperem pelas opções do costume como variantes de deathmatch, capture the flag e ainda o modo skirmish que possibilitava ter partidas de até 60 jogadores, um número algo inédito em jogos online em consolas. Também existia um sistema de ranking que nos oferecia novas skins e habilidades, mas tudo se perdeu com o encerramento dos servidores.

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Algo que gostei: bosses! Fazem falta em muitos FPS.

Graficamente parece-me ser um jogo bastante competente. Os cenários vão sendo variados, apresentando tando áreas urbanas como rurais, outros mais industriais e coisas mais high-tech dos Chimera. Gostei bastante da maneira em como eles conseguiram conciliar a arquitectura e ambientes dos anos 50 com as coisas high-tech dos Chimera, com as suas naves gigantescas, torres e outros centros de “produção” dos seus guerreiros. A narrativa por outro lado não é nada de outro mundo, esperem pelos clichés do costume que se costumam ver em shooters militares ou outros jogos sobre “pandemias”, zombies e afins. Sim, certas coisas sobre pessoas ficarem infectadas e tal. Mas isso descubram vocês.

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Ao longo de quase todo o jogo teremos outros companheiros a lutar connosco. Às vezes até dão jeito.

No fim de contas achei este Resistance 2 um FPS bem competente, mas não espectacular ou que tenta reinventar a roda. Para quem é fã do género, é daqueles jogos para se comprarem baratinho, jogar uma ou outra vez o modo de campanha (para quem quiser descobrir todas as intels escondidas, por exemplo), e depois colocar na prateleira. Consigo perceber o porquê de a Sony ter dado preferência a Killzone em detrimento aos Resistance, mas não acho que sejam maus jogos e até estou curioso em saber como termina a trilogia, pelo que amanhã a PS3 vai receber mais algum mimo.

Resistance: Fall of Man (Sony Playstation 3)

Resistance Fall of ManE aqui está o primeiro artigo da minha mais recente plataforma, a Sony Playstation 3. Curiosamente é também um dos primeiros jogos que a plataforma recebeu, já numa altura em que Halo reinava como a mais popular série de FPS de consolas, nas plataformas da Microsoft, e onde a Sony através de séries como Killzone e este Resistance, a tentava destronar. Resistance provém do estúdio Insomniac Games, outrora responsável por séries como Spyro the Dragon e Ratchet & Clank, duas franchises de sucesso nos jogos de plataforma para o mercado mais jovem. A minha cópia foi adquirida algures no mês passado na loja portuense TVGames, tendo-me custado uns 8€. Está completa e em bom estado.

Resistance PS3
Jogo completo com caixa e manual

Resistance decorre num passado distópico, nos inícios da década de 50 em pleno solo britânico. Nessa realidade, eventos como a segunda guerra mundial nunca decorreram, mas no entanto o regime soviético foi na mesma instaurado e na década de 1920 levaram a cabo um blackout completo onde todo o ex-império Russo se fechou para o resto do mundo. Nos finais da década de 40 surge a ameaça dos Chimera, uma raça aparentemente alienígena, mas também ligada a alguns projectos obscuros de armamento que o regime soviético estava a levar a cabo. Os Chimera tomaram de assalto todo o continente Europeu, dizimando a raça humana, transformando-os em guerreiros híbridos Chimera. O jogo coloca-nos no papel do Sargento Nathan Hale, um soldado norte-americano que faz parte de uma força de apoio com vista a retomar o Reino Unido da ameaça Chimera. As coisas não correm bem à chegada ao solo britânico, onde Hale foi atacado e infectado pelos Chimera, adquirindo alguns dos seus poderes regenerativos, mas mantendo a sua consciência humana. O resto do jogo narra então as batalhas travadas entre as forças aliadas e os Chimera, passando por várias cidades britânicas, como Nottingham, Manchester, Bristol ou Londres.

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Entre os 30 níveis da campanha, vamos assistindo a algumas cutscenes. Nathan Hale é a personagem do meio. O careca.

Há uma coisa que me agradou bastante neste Resistance, que foi o facto de o jogo não ter seguido aquela tendência “realista” ao permitir que a personagem apenas carregue um número restrito de armas de fogo. Aqui Hale vai adquirindo um verdadeiro arsenal, desde uma metralhadora de assalto inicial, passando por armas habituais como shotguns, lança-rockets, ou sniper rifles, até utilizando várias armas de tecnologia Chimera, como armas que disparam através de paredes, armas cujos disparos reflectem em superfícies sólidas até atingirem o alvo, entre outras. Para além do mais, todas as armas possuem um interessante modo alternativo de disparo. Por exemplo a Bullseye, arma standard dos Chimera, permite disparar um beacon que fica acoplado no seu alvo, servindo para teleguiar os disparos normais dessa arma para a vítima, permitindo assim que possamos disparar com segurança no refúgio de uma cobertura. Ao longo do jogo vamos também poder conduzir alguns veículos, como jipes, tanques ou mesmo os Stalkers, veículos blindados dos Chimera. Infelizmente a condução dos tanques deixou algo a desejar, sendo algo difíceis de manobrar. A “saúde” de Hale mistura os esquemas de vida regenerativa e do uso de medkits. O jogador tem uma barra de energia dividida em 4 partes, onde o dano infligido pode ser regenerado até preencher uma das respectivas 4 partes da barra de energia, com as restantes podendo ser apenas restauradas através dos tais medkits. De resto o jogo não oferece nada de novo, sendo uma experiência bastante linear e com os objectivos a ir do ponto A ao ponto B, ou defender algumas posições.

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A Bullseye foi a arma que mais utilizei no jogo todo.

Ainda assim, não desgostei da campanha. Apesar de não ter uma narrativa tão forte como outros jogos do género, os Chimera e as suas tecnologias pareceram-me bastante interessantes, bem como a maneira que fundiram as coisas com as realidades locais da década de 50. Sendo um jogo da primeira geração da PS3, ainda não apresenta nenhuns trophies, mas Resistance possui um sistema de achievements interno – as skills. Cada skill desbloqueada vale um certo número de pontos, pontos esses que depois desbloqueiam vário conteúdo de bónus, como artwork ou vestimentas adicionais para serem utilizadas nos modos multiplayer. E isto leva-me aos pontos seguintes neste artigo. Para além do modo campanha, Resistance apresenta também um modo cooperativo e multiplayer, que pode ser local até 4 jogadores em split screen, ou jogado online. Infelizmente não consegui experimentar o online, suponho que os servidores já tenham sido desactivados. De qualquer das formas Resistance supostamente teria capacidade para ser jogado com até 40 jogadores em simultâneo, apresentando diversos modos de jogo. Para além das tradicionais variantes de Deathmatch e Capture the Flag, Resistance apresenta mais 3 modos de jogo. Meltdown e Breach são dois modos de jogo baseados em defesa/captura de pontos vitais, e Conversion, que é uma espécie de modo de sobrevivência, onde os jogadores que jogam pela raça humana renascem como Chimeras. Para além do mais, existia também uma forte componente de customização das partidas e de ranking dos jogadores.

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Ao longo do jogo podemos descobrir alguns ficheiros que vão contando alguns pormenores da história da luta entre a resistência britânica e os Chimera

Graficamente, sendo um jogo de lançamento da PS3, não podemos esperar algo ao nível de um Uncharted, mas ainda assim Resistance é um jogo agradável. Apesar de as texturas serem algo simples, gostei bastante da caracterização que a Insomniac fez de um Reino Unido em ruínas na década de 50, atravessando alguns locais de renome como a catedral de Manchester ou estações de metro Londrinas. Sendo um jogo desenvolvido de raiz para a PS3, também não encontrei nenhuns problemas de framerate ou similares, embora seja bom referir que no momento não possuo HDTV para que pudesse tirar todo o partido da experiência. O voice acting pareceu-me competente quanto baste, mas tal como já referi acima, a narrativa poderia ter sido melhor desenvolvida. A banda sonora passou-me despercebida, embora me tenha parecido ser semelhante ao habitual em FPS como Medal of Honor e Call of Duty, ou seja, com orquestrações épicas.

Resistance Fall of Man não é nenhum FPS extraordinário, mas é divertido quanto baste para quem é fã do género. Ainda não joguei nenhuma das suas sequelas, mas acho que a série tem potencial para crescer e melhorar em diversos pontos, a ver como a Insomniac se safou futuramente. Assim sendo, para quem for entusiasta deste tipo de jogos e o encontrar baratinho por aí, acho que não se vai arrepender de o comprar.