Super Mario RPG (Nintendo Switch)

Em jeito de terminar o ano de 2023, decidi jogar mais um título deste ano, desta vez algo bastante melhor que o Gollum com o qual estreei a minha Xbox Series X. Mas apesar de o lançamento da Switch ser deste ano, na verdade este é o remake de um dos muitos RPGs da Super Nintendo, tendo sido desenvolvido originalmente pela própria Square Soft em cooperação com gigante nipónica. Lançado originalmente em 1996, infelizmente é um jogo que nunca chegou a ser lançado em solo europeu, pelo que quando a Nintendo anunciou este remake algures neste ano, fiquei muito contente pois finalmente o poderia adicionar à colecção. E que prazer me deu voltar a jogar esta aventura, visto que já tinha terminado o original, através de emulação há mais de 20 anos atrás! Este remake ficou a cargo da Artepiazza, estúdio japonês também responsável por várias conversões e remakes de títulos de séries como Dragon Quest ou Romancing SaGa. O meu exemplar foi comprado nas campanhas de leve 3 pague 2 da Worten na última black friday. Comprei-o ainda com o preço de pré-reserva, pelo que o jogo me ficou a cerca de 35€.

Jogo com caixa

A história leva-nos uma vez mais ao Mushroom Kingdom, onde a princesa Peach foi raptada por Bowser e Mario, já no castelo do vilão, combate Bowser uma vez mais para a resgatar. Este segmento de jogo serve como uma espécie de tutorial para nos habituarmos ao sistema de combate e estas primeiras lutas são bastante simples. Bowser é uma vez mais derrotado mas, quando estávamos prestes a salvar a Peach, eis que o castelo é invadido por uma espada gigante que o atravessa de uma ponta à outra, com Mario, Bowser e Peach a serem disparados pelo ar em direcções distintas. Lá teremos de procurar a princesa novamente e descobrir o que raio se passou ali. Eventualmente vamos saber que o mundo de Mario foi invadido pelo gangue dos Smithy’s, inimigos na forma de armas e teremos de os derrotar, assim como coleccionar 7 estrelas que estão por aquele mundo espalhadas.

Esta primeira luta contra o Bowser é um clássico!

E este é então um RPG por turnos à moda antiga, mas com toda uma série de particularidades que o destacavam dos demais. Os inimigos estão presentes no ecrã, pelo que os combates apenas são despoletados quando entramos em contacto com os mesmos. Começamos inicialmente com Mario, mas iremos entretanto fazer mais alguns amigos que irão acabar por entrar na nossa party, sendo alguns caras novas, outros bem conhecidas (mas nenhum é o pobre Luigi). Durante os combates poderemos atacar, usar habilidades especiais, usar itens ou outras acções como defender ou tentar fugir de alguma batalha. Um detalhe interessante é que o jogo utiliza algumas das mesmas mecânicas que viriam mais tarde a serem reaproveitadas na série Mario & Luigi, onde para causar mais dano teremos de pressionar o botão A no momento certo, sendo também possível anular o dano sofrido por alguns ataques inimigos da mesma forma. As técnicas especiais/magias requerem também que pressionemos alguns botões adicionais para surtirem mais efeito! De resto, ainda relativo ao sistema de batalha, só de referir que a nossa party activa é constituída por 3 elementos, sendo que o Mario tem de estar sempre presente. Ora como vamos ter 5 elementos no total, o jogo permite-nos, sem qualquer penalização, que troquemos de membros em plena batalha!

Os vilões desta aventura são os Smithys, inimigos na forma de armas como espadas, machados ou arcos

Outras mecânicas do mundo Mario não foram esquecidas, como os diversos itens familiares ou a exploração, com alguns elementos muito ligeiros de platforming. No primeiro caso, itens como cogumelos ou flores são recorrentes e os primeiros servem para recuperar pontos de vida, enquanto as flores recuperam os MP – que por sua vez são partilhados entre todos. Tal como nos jogos de plataforma, vamos poder encontrar vários blocos com pontos de interrogação que contêm moedas ou itens e muitos destes podem até ser secretos e invisíveis! Um item que também podemos apanhar enquanto exploramos são as estrelas que nos conferem invencibilidade temporária. Enquanto o efeito da invencibilidade estiver activo, todos os inimigos com os quais entramos em contacto são imediatamente derrotados e os seus pontos de experiência atribuídos!

Uma das melhorias de qualidade de vida deste remake é a possibilidade de nos tele-transportarmos para várias áreas previamente visitadas

Portanto este é um RPG algo simples nas suas mecânicas, ideal para principiantes! O facto de a pool de mana ser partilhada entre todas as personagens, a possibilidade de trocarmos de personagem a qualquer momento por alguma suplente ou mesmo o facto de os pontos de experiência serem partilhados entre todas as personagens, mesmo as que não estejam activas, são mecânicas que simplificam as coisas consideravelmente. A narrativa é também bastante ligeira e repleta de algum bom humor, algo que transitou também para as restantes séries RPG do universo Mario, como Paper Mario ou Mario & Luigi. À medida que vamos explorando, iremos ter também acesso toda uma série de minijogos ou sidequests opcionais que podem ser revisitados a fim de obter melhores recompensas! A Nintendo incluiu algumas novidades neste remake como por exemplo a inclusão de novos golpes poderosíssimos e que utilizam as 3 personagens activas em simultâneo, um bestiário, um modo de dificuldade ainda mais generoso ou algum conteúdo post-game, como a inclusão de vários bosses novos e bem mais desafiantes.

O contador do canto inferior esquerdo vai incrementando à medida em que vamos causando dano extra (ou negar dano sofrido) com os inputs adicionais nos combates. Quando chegar a 100% poderemos desbloquear um poderoso ataque a 3.

No que diz respeito aos audiovisuais, a primeira coisa que salta à vista é a perspectiva isométrica com que o jogo se apresenta, tal como no original da Super Nintendo. Em jogos que não tenham uma componente de plataformas muito forte, a perspectiva isométrica é uma boa alternativa de representar mundos numa perspectiva tridimensional e que na Super Nintendo funcionava muito bem. Existem no entanto alguns (felizmente poucos) segmentos com platforming mais exigente e aí a perspectiva isométrica já nos complica um pouco as coisas. Para a Switch, os gráficos foram todos refeitos mantendo toda a identidade dos originais e o jogo apresenta-nos um mundo muito charmoso e com cenários bastante variados entre si. Seria interessante, tal como em vários outros remakes de jogos retro disponíveis no mercado, transitar entre os gráficos originais e os do remake, mas infelizmente isso não existe. Temos no entanto a possibilidade de, nas opções, escolher entre a banda sonora original e a nova, sendo que ambas são bastante agradáveis.

Visualmente o jogo está muito bonito e sendo tudo numa perspectiva isométrica a Switch aguenta bem.

Portanto este Super Mario RPG é um excelente jogo, sendo um RPG algo simples nas suas mecânicas e ideal para iniciantes no género. Mas mesmo para quem for mais experiente, não deixa de ser uma aventura a jogar, pois o jogo tem todo aquele charme do universo Mario e isso foi trazido para um RPG de uma forma brilhante. O este remake foi uma surpresa que a Nintendo anunciou ainda em Junho deste ano e que me apanhou completamente desprevenido. Visto que o lançamento original da SNES nunca chegou a ser lançado oficialmente cá (foi uma das razões pela qual comprei uma Super Nintendo Mini), o original de SNES era um jogo muito cobiçado e mesmo no próprio mercado norte-americano os exemplares que existem têm vindo a subir bastante de preço, pelo que fiquei bastante contente com este lançamento. Venha o Earthbound!

Dragon Quest V (Nintendo DS)

Voltando às rapidinhas da Nintendo DS, o jogo que cá trago hoje, tal como o Dragon Quest IV, foi um RPG que já o finalizei há algum tempo atrás, mas só muito recentemente o vim a ter finalmente na colecção. Por isso, e devido ao meu backlog ser gigantesco, vai levar com um artigo breve, apesar de merecer muito mais. O meu exemplar, tal como o anterior, deu entrada na minha colecção algures durante o Verão deste ano, através de uma troca feita com um outro coleccionador. É também a versão norte-americana.

Jogo com caixa, manual e papelada

O seu predecessor tinha saído originalmente na NES, tendo levado depois um remake para a PS1 que nunca saiu do Japão. Este saiu originalmente na SNES (deste vez apenas no Japão), sendo que em 2004 a Square Enix lançou um remake inteiramente em 3D (mas modesto) para a PS2, sendo que se ficou também pelo Japão. Finalmente, anos depois lançaram uma outra conversão para a DS, agora finalmente com lançamento global e aproveitando o mesmo motor gráfico do jogo anterior, que por sua vez era muito similar ao original do Dragon Quest VII para a Playstation.

A maior novidade é mesmo a possibilidade de recrutarmos monstros para a nossa party.

E também tal como o Dragon Quest IV, apesar deste RPG não reinventar a roda (afinal é um Dragon Quest), possui uma abordagem muito interessante à história. Isto porque vamos acompanhando o desenrolar da narrativa ao longo de várias etapas da vida do protagonista, desde o seu nascimento, a sua infância, adolescência, culminando finalmente na fase adulta, onde temos a oportunidade de casar com uma de várias noivas e a acção transitar também para a geração seguinte.

A nível de mecânicas de jogo não há muito a dizer, pois este é um Dragon Quest bastante tradicional, com o mesmo tipo de batalhas por turnos e as mesmas acções que podemos desempenhar. Este foi no entanto o primeiro jogo a incluir aquele conceito de “Monster Hunter”, onde poderemos recrutar monstros para combater ao nosso lado. Também incluido neste remake está a possibilidade de ter uma party com 4 membros em simultâneo, enquanto no original apenas eram 3, bem como a capacidade de automatizar as acções de todos os membros (excepto o protagonista principal) durante as batalhas. A versão DS trouxe também uma nova noiva para nos casarmos.

O motor gráfico é inspirado no de Dragon Quest VII para a Playstation

A nível audiovisual é exactamente a mesma coisa do DQ IV e DQ VI, visto que usa o mesmo motor gráfico, misturando as sprites 2D com cenários num 3D bastante rudimentar. A DS é capaz de melhor, mas visto que são remakes, e na europa não havia nenhum Dragon Quest V por cá, então é bem melhor que nada! As músicas continuam excelentes, como a série sempre nos habituou.

Dragon Quest IV: Chapters of the Chosen (Nintendo DS)

Tempo para mais uma rapidinha, agora para a Nintendo DS, nomeadamente para o óptimo remake do Dragon Quest IV. Na verdade este é um jogo que merecia bem mais que um breve artigo, mas foi um jogo que terminei já há bastante tempo, apesar de só recentemente ter vindo parar à minha colecção. Mas como o meu backlog é gigantesco, jogar novamente um RPG até ao fim está no final da minha lista de prioridades. Please understand. O meu exemplar veio parar à minha colecção neste Verão passado, após uma troca com um outro coleccionador. É a versão Americana, com manual a cores.

Jogo com caixa, manual e papelada, versão americana

Na verdade, o Dragon Quest IV foi dos jogos que mais gostei na série, pela sua interessante abordagem que deram à história. E é um jogo que foi lançado originalmente na NES! Por um lado é daqueles jogos com uma história simples de um jovem e um grupo de personagens que acabam por salvar o mundo de um vilão, mas a abordagem utilizada é muito interessante. Os primeiros 4 capítulos são centrados na backstory de cada uma das 4 personagens que mais tarde formam uma party. Na primeira versão do jogo teríamos depois mais um capítulo onde todas as personagens se encontram e acabam por lutar contra o mau da fita, mas nos remakes que sairam mais tarde para a Playstation e Nintendo DS incluiram ainda um outro capítulo que adicionaram ainda mais história.

Estes remakes para a DS usam um motor gráfico semelhante ao do DQ VII para a PS1.

A jogabilidade é a típica de um Dragon Quest, com as batalhas a serem aleatórias e um sistema de combates por turnos. No entanto foi o primeiro jogo da série a incluir um sistema de ciclo entre noite e dia ou o sistema de portais que nos permite viajar entre longas distâncias. Foi também o primeiro jogo da série a incluir as mini-medals, pequenas medalhas que podem ser coleccionadas e trocadas por prémios no Medal King, ou a inclusão de casinos onde poderemos jogar alguns mini-jogos. Foi também o primeiro jogo da série com a opção “Tactics” que permite automatizar as acções de todas as personagens excepto a principal nas batalhas, se bem que neste remake essa opção foi refinada de forma a definir estes automatismos para cada personagem.

As batalhas continuam com uma jogabilidade o mais tradicional possível

A nível gráfico este é um jogo que usa o mesmo motor gráfico do Dragon Quest VII para a Playstation, que mistura as sprites em 2D dos clássicos da Super Nintendo, com cenários num 3D bastante rudimentar, onde temos algum controlo na câmara ao explorar as cidades e dungeons. Sinceramente tanto a Playstation como a Nintendo DS são capazes de mais, ao ver o que jogos como o Dragon Quest IX ou os Monster Joker fizeram. Mas sendo um remake de um jogo da NES, não se pediria muito melhor. Nas músicas não há nada a apontar, continuam excelentes como é habitual nesta série.

Portanto, este Dragon Quest IV acaba por ser um remake muito benvindo, especialmente para nós Europeus que nunca tínhamos recebido este título oficialmente no nosso continente. É um jogo importante na série, e este remake da Nintendo DS é muito benvindo.

Dragon Quest VI: Realms of Reverie (Nintendo DS)

Dragon Quest VIDragon Quest é uma das séries mais antigas e importantes (pelo menos para o mercado nipónico) de RPGs para consolas. A sua mecânica de combate por turnos influenciou a esmagadora maioria de J-RPGs até aos dias de hoje, e tal como disse na análise ao Dragon Quest VIII para a PS2 (excelente jogo, por sinal), pouco evoluiu até aos dias de hoje. Infelizmente a Europa tinha ficado por fora dos jogos principais da série precisamente até ao lançamento do acima mencionado jogo, felizmente a Square-Enix decidiu ganhar uns trocados rápidos e converteram alguns dos seus jogos antigos para a Nintendo DS, cujos lançamentos abrangiram a Europa por fim. Este DQVII é um exemplo disso, tendo sido comprado há relativamente pouco tempo numa Mediamarkt no Porto por 14€.

Dragon Quest VI DS
Jogo completo com caixa, manual e diversa papelada

A história coloca-nos no papel de mais um herói mudo, e logo nos primeiros minutos somos colocados juntamente de mais alguns companheiros a batalhar contra o vilão principal do jogo. A coisa não corre bem e o herói acorda posteriormente na aldeia de Weaver’s Peak, sem quaisquer memórias anteriores à luta referida. Mais tarde vão sendo encontrados os companheiros do “sonho” que também não têm quaisquer memórias do herói. A história vai-se desenrolando com as aventuras cliché, de reinos com problemas, aldeias atacadas por monstros, etc. Com o decorrer da aventura vamo-nos apercebendo que existem dois mundos, o mundo real e o mundo dos sonhos, sendo que iremos alternando entre os 2 mundos para ir resolvendo os conflitos com que nos vamos deparando. É um cliché já bastante utilizado em bastantes RPGs, mesmo o próprio Dragon Quest VII que saiu uns anos depois também consistia em viagens temporais, explorando o mesmo mundo em dois cenários diferentes. No que diz respeito aos Dragon Quest da DS, gostei mais da história dos DQ IV e V.

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Nas batalhas, o ecrã superior serve para ver o estado da party, enquanto o ecrã inferior mostra a batalha em si

O sistema de batalhas é o mesmo de sempre, com os encontros aleatórios e as batalhas decorrerem por turnos. Tal como noutros jogos da série, é possível programar as restantes personagens da “party” para tomarem decisões automaticamente nas batalhas, seja atacarem sem piedade, conservarem MP, defenderem, entre outras. Também existe novamente o sistema de classes. A partir de um certo ponto no jogo, em que visitamos o mosteiro “Alltrades Abbey”, é possível alterar as classes de todas as personagens da “party”. Alterar a ao classe, o progresso atingido nas classes anteriores não é apagado, o jogador continua a poder utilizar as “skills” e magias que aprendeu. Existem imensas classes diferentes, cada uma com as suas vantagens e desvantagens, bem como magias diferentes que podem ser aprendidas. Existem algumas classes especiais, que têm como requerimentos a personagem dominar uma ou outra classe previamente disponível. Para além das classes, apesar de apenas podemos utilizar 4 personagens ao mesmo na “party”, é possível alternar os seus membros, num total de 8 elementos que podem viajar na caravana junto do herói. Uma das classes que existia no original da SNES era a “Monster Master”. Com esta classe era possível o jogador recrutar qualquer monstro que defrontava nas suas batalhas para pertencer à party, algo que é possível em alguns outros Dragon Quest também. Infelizmente retiraram essa funcionalidade completa na conversão para a Nintendo DS, não percebi muito bem o porquê. De qualquer das formas é ainda possível recrutar uma série de monstros, mas apenas alguns em específico. É também possível usar esses mesmos monstros num torneio de lutas específico, de forma a ganhar alguns items poderosos. Existem mais uma vez alguns outros mini-jogos que podem ser descobertos, bem como um concurso de beleza (???) onde podemos concorrer. De resto é a jogabilidade esperada de um Dragon Quest, quem gosta certamente não ficará desapontado.

Este jogo herda também algumas comunicações wireless do Dragon Quest IX, que havia saído para a DS pela mesma altura, nomeadamente o Tag Mode. Neste modo, com a DS no sleep mode, esta fica à escuta de contactar com outras Nintendo DS correndo o mesmo jogo. Dessa forma, são trocadas informações entre os jogadores, que acabam por ser úteis para desbloquear algumas coisas no modo de jogo normal. Sinceramente nunca utilizei esta funcionalidade, encontrar na rua outras pessoas a jogarem DS já não é fácil, quanto mais alguém com o Dragon Quest VI. Acredito que no Japão isso tenha sido mais bem sucedido, até porque hoje em dia passou a ser uma funcionalidade comum em vários jogos da 3DS.

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Dentro de localidades ou dungeons, os 2 ecrãs servem para mostrar os cenários. Aqui é a arena onde decorrem as lutas entre os monstros.

Graficamente o jogo não é nada de especial, mas é agradável quanto baste. Utiliza o mesmo motor gráfico dos remakes de DQ IV e V para a DS, onde as personagens mantêm-se sprites em 2D, mas os cenários em si passaram a ser em um 3D simples, sendo possível rodar a câmara 360º em algumas localidades. Algo como foi feito no Dragon Quest VII na Playstation original. As sprites em si acabam por ser as mesmas de sempre, o que para quem jogou os Dragon Quest IV até ao VIII de rajada como eu poderá tornar a experiência um pouco mais monótona. De qualquer das maneiras o traço de Akira Toriyama é inconfundível, seja nas personagens principais, seja nos próprios inimigos e monstrinhos, onde muitos deles existem desde os primeiros jogos da série, e uns outros que parecem retirados de Dragon Ball. A nível das músicas, visto que a Nintendo DS é uma consola baseada em cartucho, não se pode esperar a qualidade orquestral de alguns outros Dragon Quest disponíveis em consolas de media óptica. Ainda assim apresenta uma banda sonora de qualidade, inspirada na original da Super Famicom. Os efeitos sonoros já por si são virtualmente idênticos aos dos jogos anteriores.

Apesar de existirem outros Dragon Quest inteiramente originais para a Nintendo DS, creio que estes relançamentos produzidos pela Artepiazza são de louvar, pois os originais hoje em dia são bem mais complicados de encontrar e no caso da Europa em específico, em que só começamos a receber os jogos principais a partir do VIII da PS2. Apesar de visualmente idênticos entre si, tanto DQ IV, como V e VI, possuem narrativas completamente diferentes e merecem ser jogadas pelos fãs de J-RPGs tradicionais. Infelizmente ainda não tenho os DQ IV nem V, mas certamente que os comprarei assim que encontrar uma boa oportunidade. Também irá sair futuramente pela Artepiazza para a 3DS o remake completo do DQ VII, apresentando um grafismo bem mais próximo do Dragon Quest VIII para a PS2, que até ao momento continua a ser o meu jogo preferido da série. Irei aguardar por um eventual lançamento na Europa.