Borderlands: Game of the Year (PC)

Borderlands é uma série de first person shooters produzida pela Gearbox, com um mundo aberto e um grande foco na jogabilidade cooperativa, bem como em todo o loot que podemos encontrar. Visto que possui também diversos elementos de RPG (nomeadamente as diferentes classes, esquema de skills e claro, pontos de experiência) até dá para traçar alguns paralelismos com outros jogos como o Diablo, mas na primeira pessoa e com um ambiente completamente diferente, claro. Sinceramente não me recordo onde e quando comprei o meu exemplar, muito menos quanto me terá custado, mas foi seguramente barato, abaixo dos 10€. Na verdade estou a jogar a versão enhanced que me apareceu na minha conta do steam sem eu me ter apercebido. Pelo que li posteriormente, esse remaster já incorporou algumas novidades trazidas pelas sequelas, pelo que é perfeitamente possível que eu não vá identificar essas diferenças.

Jogo com caixa, papelada e mapa

A série Borderlands, ou pelo menos este primeiro jogo, é passada no planeta de Pandora, um planeta algo deserto, repleto de bairros de lata, lixeiras, mas também alguns locais mais high-tech. Parece mesmo algo retirado de um filme do Mad Max e no início do jogo pensei mesmo que o jogo decorresse na terra num futuro pós apocalíptico, mas depois lá percebi que não era esse o caso. Nós encarnamos no papel de um vault hunter, que terá de explorar o planeta em busca do tal vault, um local abandonado por uma antiga civilização alienígena e que aparentemente continha poderosíssimas armas deixadas por essa civilização. Naturalmente que não estaremos sozinhos nessa busca e, para além de enfrentar imensas criaturas, bandidos à lá mad max, teremos também de enfrentar forças militares high tech e não só.

Como seria de esperar, vamos ter alguns bosses para defrontar!

Começamos por escolher a classe que queremos representar, e apesar de todas as classes poderem equipar todos os tipos de armas (pistolas, revólveres, shotguns, metralhadoras e por aí fora), cada classe possui diferentes competências, que priveligiam alguns tipos de armas, bem como terão diferentes skill trees e um “ultimate“. Eu escolhi representar um soldado normal e a sua habilidade especial era a de invocar uma metralhadora automática que foi incrivelmente útil em certas circunstâncias. Outras classes terão, naturalmente, diferentes habildades especiais, mas confesso que não as cheguei a explorar sequer. Depois este é um jogo open world, onde vamos conhecer alguns NPCs que nos vão dando quests, umas obrigatórias, outras meramente opcionais, e assim vamos explorando o mundo de pandora, os seus desertos, as suas dungeons, bases militares (ou bairros de lata repletos de bandidos) e pouco mais. Eventualmente lá desbloqueamos o uso de veículos e também de teletransporte entre certas localizações chave, o que certamente irá ajudar em todo o backtracking.

Os veículos são uma grande ajuda, não só no combate, mas também para viajar mais rapidamente

Até aqui tudo bem, mas este primeiro Borderlands podia perfeitamente ser chamado de Boringlands. Não só há muito pouca variedade de cenários, a maioria das quests são também algo repetitivas e aborrecidas: mata x criaturas, invade aquela base e mata o boss, encontra x partes desta arma, explora o mapa em busca de vários audiologs e por aí fora. A própria narrativa também me desiludiu bastante. O pouco que conhecia do Borderlands (para além do seu estilo gráfico que detalharei mais à frente) resumia-se aos diálogos sarcásticos e bem humorados de algumas das suas personagens, principalmente os dos robôs ClapTrap. E apesar de o jogo possuir de facto algum bom humor, a narrativa é muito fraca e não achei a história nada de especial.

Há aqui um grande foco no loot que encontramos, com imensas armas e acessórios com diferentes níveis de raridade

A nível gráfico é um jogo que primou por apresentar um estilo em cel-shading que lhe dava um aspecto mais de desenho animado e sinceramente até gostei do estilo que usaram. Alguns inimigos possuem designs bem criativos e absurdos, como os anões equipados com caçadeiras e que caem para trás com o coice da arma, ou matulões mas com braços deficientes. Mas o problema é mesmo, como já referi acima, a pouca variedade dos cenários que iremos explorar. Já no que diz respeito ao som, nada de especial a acrescentar aos efeitos sonoros e o pouco voice-acting que, apesar da história como um todo ser desinteressante, ao menos os diálogos vão tendo sempre algum sarcasmo e bom humor. Já as músicas vão alternando entre temas mais atmosféricos enquanto exploramos os cenários, e outras músicas mais tensas quando a acção aperta.

Gosto do estilo gráfico deste borderlands e os seus laivos de humor e sarcasmo. Espero que as sequelas sejam melhores como um todo

Mas para além do jogo base, esta edição Game of the Year traz também as quatro expansões que foram sendo lançadas entre 2009 e 2010. A primeira expansão é a The Zombie Island of Dr. Ned, onde exploramos novos cenários à volta de uma cidade que foi invadida por zombies. Aqui temos de facto cenários e inimigos completamente diferentes para explorar e combater, embora os combates acabem por se tornar em confrontos de múltiplas ondas de zombies que nos vão perseguindo. A segunda expansão (Mad Moxxi’s Underdome Riot) já é bastante diferente no seu conceito. Basicamente teremos uma série de arenas para combater, onde inicialmente enfrentamos 5 rondas de 5 ondas de inimigos cada, mas posteriormente poderemos, opcionalmente, entrar em arenas de 20 rondas. O objectivo é claro o de sobreviver, o que no caso de jogarmos sozinhos não é nada fácil. A terceira expansão, The Secret Armory of General Knoxx, é mais focada em combates de veículos, embora tenha muitos locais para explorar e missões para fazer. Por fim, a última expansão, Claptrap’s New Robot Revolution, leva-nos também a novos territórios, onde os ClapTraps se revoltaram contra os humanos e a maior parte dos inimigos que iremos encontrar são ClapTraps e versões robóticas de outros inimigos como os bandidos, ou criaturas como os skags. Mas ainda assim, e tirando a segunda expansão, as outras expansões acabaram por se tornar ainda mais enfadonhas ou por não permitirem o uso de veículos (excepto a do Knoxx), mas acima de tudo por não possuirem nenhum ponto de fast travel, tornando o backtracking mais moroso.

Portanto este Borderlands, apesar de não ser um mau jogo de todo, até que me deixou um pouco desiludido pelos pontos que referi acima, nomeadamente a sua história fraca, pouca variedade de cenários e missões. Mas, visto que é um jogo com um grande foco no multiplayer cooperativo, até acredito que seja bem mais divertido quando jogado com amigos. Ainda assim foi um jogo que teve bastante sucesso, tanto que sequelas não faltam. Estou curioso a ver como a série evoluiu, mas confesso que tão cedo não devo ter vontade de lhes pegar.

Bioshock 2 (PC)

Bioshock 2 PCO Bioshock original foi um dos FPS da corrente “geração”  que mais me agradou, pela sua história, estética e uma jogabilidade que oferecia imensas possibilidades. Quando um jogo como o Bioshock tem sucesso, uma sequela é practicamente inevitável. E foi o que realmente aconteceu uns 3 anos depois. Mas embora este jogo no geral mantenha a qualidade do original, a verdade é que poucas inovações foram feitas, e ao revisitar o mundo de Rapture parece que estamos a jogar uma espécie de Expansion Pack do jogo anterior. A minha cópia foi comprada algures em 2012 na Mediamarkt do Parque Nascente no Porto, tendo custado uns 10€.

Screenshot
Jogo completo com caixa e manual

O início do jogo começa com uma cutscene onde encarnamos num Big Daddy a ser confrontado por uma tal Dra. Lamb, que utiliza um plasmid para nos controlar a mente, separando-nos da nossa Little Sister Eleanor e forçando-nos a cometer suicídio com um tiro de revólver na cabeça. Uns momentos depois damos por nós a ser ressuscitados numa Vita-Chamber, 8 anos após o acontecimento anterior, numa Rapture em ruínas. Durante esse tempo e após a derrota de Andrew Ryan no jogo anterior, a Dra. Sofia Lamb tomou posse da cidade, continuando as experiências no campo dos plasmids, onde acabou por criar as Big Sisters, umas versões bem mais agressivas e ágeis das Little Sisters que eventualmente cresceram. A nossa personagem, Subject Delta vê-se então forçado pela ligação que possui com Eleanor a procurá-la, explorando o que resta de Rapture entretanto, desvendando o que foi acontecendo ao longo do tempo em que esteve “morto”. Devo dizer que o final do jogo é bastante troll, mas não me vou alongar nisso.

As diferentes possibilidades de gameplay do Bioshock original também estão cá presentes, embora com algumas novidades. Que me tenha apercebido, todos os plasmids e tonics do jogo original estão cá presentes, embora em Bioshock 2 tenham criado vários novos. A diferença entre os plasmids e os tonics é que os primeiros conferem habilidades activas, como ataques de fogo, gelo, eléctricos, entre muitos outros que permitem maneiras completamente diferentes de abordar os combates, como hipnotizar inimigos uns contra os outros, colocar decoys para serem atacados, entre muitos outros. Os tonics já por si conferem habilidades passivas que não necessitam de ser activadas, como dar mais dano, carregar mais medkits, entre outros. Em Bioshock 2 a variedade de Tonics também é maior. Em relação ao armamento, como controlamos um Big Daddy usamos as armas próprias desta “espécie”, como a rivet gun ou a clássica broca de perforar, entre várias outras que iremos encontrar ao longo do jogo, como shotguns, metralhadoras ou spear guns. Ao longo do jogo iremos encontrar diversas vending machines. Estas máquinas podem servir para comprar munições, alimentos ou items restaurativos no geral. Existem também outras máquinas mais específicas, sejam para comprar plasmids e/ou tonics ou realizar upgrades a armas.

Screenshot
Apesar de os níveis serem suficientemente largos que permitam uma maior exploração, o progresso entre as áreas é inteiramente linear

A interacção com estas máquinas e outros equipamentos mecânicos no geral como câmaras de vigilância ou turrets traz à baila um outro conceito interessante dos Bioshock, o hacking. Tal como no jogo anterior é possível utilizar as nossas skills de hacker para obter items mais baratos (em máquinas de vending), ou de tomar controlo de turrets ou câmaras de vigilância para que as mesmas ataquem os nossos inimigos. No jogo anterior, este processo era um pouco aborrecido, pois os puzzles eram demasiado complicados por vezes. Desta vez as coisas ficaram bem mais simplificadas com puzzles onde apenas temos de ter cuidado com o timing em que apertamos o botão referido. Para além disso, uma das armas que encontramos serve precisamente para auxiliar o hacking, possuindo dardos que permitam fazer o hack à distância, o que é óptimo para surpreender alguns inimigos. Para além disso, existem ainda algumas munições especiais que fazem o hacking automaticamente. Outro aspecto interessante neste Bioshock 2 é a envolvência com as Little Sisters. Tal como no jogo anterior, elas estão sempre acompanhadas de um Big Daddy, que temos de derrotar. Após o derrotarmos, podemos tomar controlo da Little Sister e procurar cadáveres para que a pequerrucha possa extrair o ADAM dos mesmos. Este ADAM é o que permite posteriormente adquirir mais plasmids e tonics nas máquinas de vending especializadas. Existem várias Little Sisters por nível, sendo que cada uma pode extrair ADAM de 2 cadáveres. Quando estamos nesse processo, começam a chegar imensas waves de splicers a tentar matar a Little Sister que temos de a proteger a todo o custo. Quando cada Little Sister que adoptamos cumpre a sua obrigação, temos a hipótese de a salvar, tornando-a novamente “humana”, ou matá-la para adquirir uma dose maior de ADAM. A escolha que fazemos tem influência no final que obteremos.

Screenshot
As novas Big Sisters são extremamente ágeis e com ataques poderosos.

Graficamente o jogo não me cativou muito, pelo menos não tanto como o original. Apesar de muitas das localidades de Rapture estarem em ruína, os visuais mantiveram-se muito familiares. Depois a conversão para PC deste jogo não ficou muito boa. Para além dos bugs que existem devido ao serviço Games for Windows Live ser a trapalhice que é, algumas placas gráficas mesmo que sejam recentes têm problemas com a versão Direct X 10 do jogo, forçando o mesmo a correr no DX9, com gráficos um pouco inferiores. Mas ainda assim não deixa de ser uma experiência divertida. Existe também um modo multiplayer, cujo decorre na noite em que Rapture passa a ficar completamente descontrolada. Infelizmente os servidores estavam desertos pelo que não o experimentei. Pelo que li no manual, para além de modos de jogo baseados em deathmatch e capture the flag (neste caso capture the sister) e last man standing, existem mais uns 3 modos de jogo: Turf War é uma variante do modo conquest de outros jogos como Battlefield, onde diferentes equipas têm de controlar diversos pontos espalhados pelos mapas. Por fim restam os ADAM Grab e Team ADAM Grab, onde o objectivo é alguém segurar ao colo uma Little Sister pelo máximo de tempo possível. Diversos elementos da jogabilidade do modo single player estão aqui também presentes, como o uso de plasmids, tornar-se num Big Daddy, hacking de máquinas e utilização de máquinas de vending.

screenshot
Os Big Daddies são inofensivos até serem provocados

Bioshock 2 é um bom jogo para quem gostou da aventura anterior. Jogar com um Big Daddy é uma experiência interessante, e os confrontos com as Big Sisters são por norma bastante exigentes. O uso de diferentes Plasmids e Tonics permite encarar cada combate de uma forma diferente, mas ainda assim tudo me pareceu bastante familiar. É bom que o próximo Bioshock vá mudar completamente de ares, é tempo de deixar Rapture afogar-se.

Bioshock (PC)

Bioshock PC MADComeçando por ser um sucessor espiritual dos já velhinhos System Shock, Bioshock é um FPS bastante imersivo, lançado no ano de 2007. Com uma localização peculiar, a acção de Bioshock passa-se em pleno 1960, numa sociedade algo secreta, na cidade subaquática de Rapture, mesmo a meio do Oceano Atlântico. A minha cópia embora não sendo uma versão “black label”, foi adquirida inteiramente nova na loja portuense TVGames algures neste ano, custou-me apenas 2€, um excelente negócio. O único inconveniente desta budget release é não possuir um manual físico, como é habitual (para além da capa mutilada).

Bioshock PC
Jogo completo com caixa (esta edição não tem manual físico)

Bioshock é um jogo com uma história e um mundo bastante imersivos, bem como uma jogabilidade cheia de coisas a explorar e várias customizações. Comecemos primeiro por analisar a história do jogo, mas apenas o início, pois o jogo tem bastantes reviravoltas interessantes que ficam para vocês descobrir. No início do jogo somos colocados na pele de Jack, que sofre um acidente de avião em pleno Oceano Atlântico. De entre os destroços flamejantes espalhados num oceano renderizado de forma soberba vemos uma espécie de farol em pleno alto-mar. Ao entrar no farol deparamos com um elevador subaquático que nos leva para uma autêntica metrópole no fundo do mar – Rapture. Fundada com os ideais de liberdade total, Rapture foi construida pelo sr. Andrew Ryan com o objectivo de albergar a elite cultural e científica, sempre vítima de pressões e censuras pelos governos e religiões locais. De facto a cidade tem vindo a progredir tecnologicamente, até terem descoberto uma nova espécie marítima que possuía umas células de onde se poderia extrair o ADAM. Este ADAM pode ser aplicado em humanos na sua forma de plasmid, garantindo ao seu possuidor vários poderes sobre-humanos como lançar fogo, raios, telecinese, entre muitos outros. A indústria de plasmids foi crescendo até Rapture se ter tornado num autêntico cenário de guerra civil, deixando muito poucos sobreviventes. Jack entra em rapture já neste cenário, sendo logo depois atacado pelos primeiros splicers – vítimas de plasmids em excesso que endoideceram. Apesar de existir uma grande variação de splicers (e humanos normais), para além destes apenas combatemos contra as Little Sisters e os seus Big Daddys. As Little Sisters são pequenas meninas que apesar de parecerem inofensivas, possuem enormes quantidades de ADAM dentro de si e vivem para recolher ADAM dos cadáveres de splicers encontrados ao longo de Rapture. Para se protegerem de ataques de spliceres sedentos de ADAM estas meninas são acompanhadas de autênticos guerreiros “plasmid modified” dentro de fatos de mergulho e bastante poderosos.

screenshot
Isto é um splicer, nunca estão com boa cara

Para além de uma história bastante imersiva que vamos descobrindo ao longo do jogo e ouvindo gravações audio de personagens que vamos encontrando, Bioshock tem uma jogabilidade muito ampla e customizável. Jack conta com um arsenal jeitoso, desde a habitual pistola, shotgun, metralhadora, lança-granadas, entre outros, possui um arsenal ainda maior de plasmids. Existem várias categorias, os plasmids activos podem ser usados da mesma forma que as armas normais, e tanto podem ser ataques elementais como fogo, electricidade ou gelo, bem como uma “gravity gun” de telecinese, ou simplesmente controlar um enxame de abelhas. Inicialmente dispomos apenas de 2 slots para plasmids mas com o tempo poderemos adquirir mais alguns. Para além destes plasmids de “ataque” existem muitos outros que são usados passivamente, desde plasmids que melhoram a destreza física, aumentam dano, melhoram as capacidades de hacking, são IMENSOS no total, ao longo de várias categorias (cada qual com os seus slots) e aumentam bastante a originalidade na jogabilidade.

screenshot
Os cenários são óptimos

Há pouco mencionei o hacking. De facto pode-se fazê-lo em várias máquinas ao longo do jogo. O hacking consiste em resolver um puzzle dentro de um tempo limite: Água sai do ponto A e o objectivo é alterar os tubos do circuito para que chegue correctamente ao ponto B. As coisas complicam-se bastante pois existem várias peças que se podem partir, ou actuam como alarmes, entre outras. Existe também a hipótese de “comprar” o hack, mas o dinheiro é curto e dá mais jeito noutras coisas. Fazendo hack poderemos controlar varias turrets ou sentry-bots que atacarão os inimigos em vez de nós, bem como abrir cofres, portas ou alterar as vending-machines para que vendam as coisas a metade do preço. A atenção que deram aos pormenores é impressionante: hack numa máquina de saúde e a mesma causa dano aos inimigos que a tentam usar (sim, eles quando estão feridos batem em retirada para se curar). As outras máquinas de vending existem para comprar comida, munições, novos plasmids, upgrades de armas (a custo zero, mas penas podem ser usadas uma única vez), bem como máquinas para inventar novos tipos de munição, com base em items encontrados por aí. A exploração é algo que tem um grande destaque neste Bioshock, podendo revistar os cadáveres, recipientes, caixas, etc, por items como comida, munições ou dinheiro. A comida (e bebida) encontrada actua nas barras de energia e de EVE (energia para usar plasmids). Consumir uns items aumenta a barra de energia e baixa a de EVE, noutros é o contrário, como o tabaco ou bebidas alcoólicas. O post já não vai pequeno e ainda haveria muito para falar da jogabilidade de Bioshock, mas temos que avançar.

Graficamente falando, o jogo utiliza uma engine altamente modificada da engine de Unreal 2 (com algumas features da engine de Unreal 3). Para um jogo de 2007 é belíssimo, com óptimos efeitos de luzes, e uns efeitos aquáticos ainda melhores. O cenário inicial com Jack no meio do oceano ainda é dos visualmente mais bonitos, na minha opinião. Ainda hoje é um jogo bastante agradável de se ver, embora o detalhe dos modelos já mostre a sua idade. Sonoramente o jogo apenas peca pela falta de uma banda sonora condigna. Na maior parte do tempo jogamos sem qualquer música em background, apenas muda quando entramos nalgum local em que tenha algo a tocar. Já o voice-acting está soberbo. As falas das personagens estão muito bem elaboradas e a narrativa é muito competente. Os “desabafos” dos splicers, enquanto não se dão conta da nossa presença estão bem conseguidos, bem como quando eles nos andam a “caçar”. O artwork em si é muito bom, misturando um pouco o “estilo” dos anos 60 com coisas mais futuristas como os plasmids. Algumas pessoas poder-se-iam queixar da falta de um modo multiplayer, mas com uma componente a solo tão bem elaborada, acho que tem a desculpa. De qualquer dos modos é raro eu dedicar-me ao multiplayer seja de que jogo for, portanto é raro esse factor ter algum peso na minha decisão de compra.

Screenshot
Talvez os melhores efeitos gráficos do jogo

Para fãs de FPS, que gostem de uma boa história e de uma dose de originalidade recomendo vivamente que experimentem o Bioshock. Para além da versão PC existem versões para MAC, X360 e PS3, todas elas igualmente competentes. Bioshock 2 foi lançado uns anos depois e é uma sequela directa dos acontecimentos deste jogo, para além de ter um modo multiplayer também “story-driven” (para mim bem mais interessante desta forma) e Bioshock Infinite encontra-se ainda em fase de produção. Aparentemente não tem relação com este jogo, mas logo se verá.