Virtua Fighter 3tb (Sega Dreamcast)

Virtua Fighter 3tbO Virtua Fighter 2 foi um excelente jogo de luta 3D para as arcades, seguido de uma das melhores conversões do sistema Model 2 para a Sega Saturn. Assim sendo o Virtua Fighter 3 tinha uns grandes sapatos para calçar, de forma a superar o seu predecessor. De um ponto de vista visual consegiu-o perentoriamente, ao ser lançado para a poderosíssima Model 3 nas Arcades, já na jogabilidade… depois vemos. Inicialmente o VF3 estava até apontado para uma conversão Sega Saturn, o que não chegou a suceder. Apenas com o lançamento da Dreamcast no Japão já em 1998 é que o Virtua Fighter 3 chegou às consolas domésticas, sendo esta uma conversão da revisão “tb” de team battle. O jogo chegou à minha colecção já não me recordo como, mas foi ainda durante este ano. Está completo e em óptimo estado.

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Jogo completo com caixa e manual

Não vale a pena falar de história num jogo como este. Virtua Fighter sempre consistiu numa espécie de torneio mundial onde lutadores de várias nações se encontravam para demonstrar as artes marciais que praticam. Lendo o manual, conseguimos ver o background dos diversos lutadores e ler que existe o cliché de uma misteriosa organização criminosa por detrás do torneio, mas isso não é chamado em lado nenhum no jogo, portanto siga a marinha. Virtua Fighter sempre teve o objectivo de ser um videojogo mais realista que os outros jogos de luta com os seus golpes mega especiais e luminosos. Aqui realmente nota-se que a movimentação é realmente mais fluída e diferente de lutador para lutador, mas sendo um leigo de artes marciais, posso estar a ser bastante injusto. Este jogo herda todo o leque de lutadores de Virtua Fighter 2, com mais 2 novos lutadores: Aoi Umenokouji, uma jovem rapariga amiga de Akira e Taka-Arashi, um lutador de Sumo.

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Um exemplo das arenas desniveladas

A jogabilidade apresenta algumas diferenças. VF3 foi o primeiro jogo da série a adoptar uma jogabilidade mais tridimensional, ao incluir a habilidade de o jogador se desviar dos golpes inimigos, para cá ou para lá do ecrã. Para além do mais, é o primeiro jogo da série a apresentar arenas mais concisas, com espaços fechados e até com terrenos desnivelados, esta última uma coisa que pelo que me lembro, não voltou a ser incluída nos seguintes jogos da série. A revisão “tb”, para além dos balanceamentos habituais, trouxe então a possibilidade de se lutar entre equipas, ao estilo dos King of Fighters da série da SNK. Podemos escolher então uma equipa de 3 lutadores (ou mais, se nos aventurarmos nas opções do jogo) para lutar contra outros 3 lutadores. Os combates começam sempre com a primeira escolha de ambas as equipas, com os lutadores a alternar apenas quando o anterior for derrotado. Nesse caso, o lutador vencedor começa o novo combate com apenas um pouco mais de “vida” do que aquela que terminou o combate anterior. Não existe a possibilidade de alternar livremente entre os lutadores da equipa como em outros jogos de luta deste género. A conversão para a Dreamcast não acrescenta nada de novo face à versão arcade. É possível jogar o modo arcade normal e Team Battle, e os mesmos modos de jogo existem nas batalhas Versus contra um amigo. Para além disso, existe um simples modo de treino, para praticar as habilidades. E neste jogo acaba mesmo por ser necessário, pois mesmo nos níveis mais baixos de dificuldade, a velha técnica do “button mashing” não nos leva muito longe.

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Como é habitual, Dural espera-nos sempre para um combate final

Tecnicamente falando, esta conversão deixa um pouco a desejar. É certo que a placa Model 3 era um sistema verdadeiramente colossal para a tecnologia de 1996, mas a Dreamcast não lhe fica atrás, pelo que seria de esperar uma conversão com um melhor tratamento gráfico. A razão para a versão DC estar uns furos abaixo do que seria esperado poderá ser o facto de a mesma ter sido remetida ao estúdio Genki, ao invés da AM2 de Yu Suzuki, que na altura estaria arduamente a trabalhar no Shenmue para pegar em Virtua Fighter 3 novamente. Mas tendo sido um jogo de lançamento para a Dreamcast no Japão (consola que saiu por lá já em 1998), foi também uma conversão apressada, com vários bugs no lançamento japonês. Entretanto em solo americano e europeu muitos desses bugs (e quebras de framerate) foram melhorados, contudo sendo um jogo originalmente de 1996, e tendo de combater com um brilhante port de um certo jogo chamado Soul Calibur, consegue-se entender perfeitamente o porquê de a versão Dreamcast deste jogo ter passado algo despercebida no catálogo da consola. Mas não deixa de ser mau de todo visualmente. Algumas arenas em especial têm bons detalhes. A música essa continua excelente. Eu adoro as músicas upbeat de vários jogos arcade da Sega da velha guarda, como os Virtua Fighters, Daytona USA ou Sega Rally. A música de Virtua Fighter 3tb enquadra-se perfeitamente nessa categoria, abordando diversos géneros. Claro que as músicas mais rockalhadas são de longe as minhas predilectas.

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A violência familiar é sempre lastimável. 😛

Em suma, Virtua Fighter 3 foi um excelente jogo nas arcadas, com gráficos absolutamente estonteantes quando saiu em 1996. Mas com a versão Dreamcast a chegar ao solo europeu uns 3 anos mais tarde, com poucas novidades face à original, e ainda por cima tendo sido uma conversão apressada por um estúdio não tão conceituado, fez com que esta versão seja considerada a ovelha negra na série de luta da Sega. O facto de rivalizar directamente com Soul Calibur como título de lançamento em solos ocidentais foi então a pedrada final no charco. Tenho pena que não tenha sido uma conversão mais cuidada, bem como estaria muito curioso em ver no que a eventual versão de Sega Saturn este jogo iria receber.

Phantasy Star Online (Sega Dreamcast)

Phantasy Star OnlineBom, este é um jogo que merecia um artigo exaustivo por ter sido um ponto de viragem tão drástico na clássica série de RPGs da Sega, bem como um dos jogos mais inovadores do catálogo da Dreamcast. Mas não vai ser o caso, por culpa do Phantasy Star Online Episode I & II para a Nintendo Gamecube, que me chegou à colecção muito antes deste jogo, que por sua vez inclui tudo o que o jogo da Dreamcast tem e muito mais.  Assim sendo, acao sempre por recomendar uma leitura do artigo da conversão/sequela que a consola da Nintendo recebeu, pois terá mais detalhe. Esta versão Dreamcast chegou-me à colecção ainda neste ano, tendo sido comprada a um coleccionador particular, por 8€. Tirando os problemas habituais na caixa, está em bom estado e inclui uma demo do Sonic Adventure 2.

Phantasy Star Online - Sega Dreamcast
Jogo completo com caixa, manual, papelada e demo do Sonic Adventure 2

Phantasy Star Online foi um jogo bastante revolucionário, tendo sido o primeiro MMORPG a ser lançado numa consola. Mas PSO é algo diferente dos MMOs que mesmo na época existiam, na medida em que apesar de podermos socializar com meio mundo, na verdade apenas equipas de até 4 jogadores no máximo podem jogar ao mesmo tempo. E para quem acompanhou a série desde os tempos da Master System / Mega Drive, a jogabilidade também mudou bastante, passando de um RPG clássico com batalhas por turnos para um “hack and slash” 3D. A história também mudou bastante face à série original, apesar de existirem alguns hints por parte da Sega que existe uma ténue relação entre os acontecimentos da série clássica, Online e Universe. Basicamente a história consiste na odisseia dos habitantes do planeta Coral, que após se ter tornado inabitável deu-se um êxodo em massa para o planeta de Ragol, a bordo de  duas naves gigantescas: Pioneer 1 e 2. A Pioneer 1 foi a primeira a arrancar, tendo-se estabelecido em Ragol com sucesso. Quando chega a vez dos habitantes da Pioneer 2, dá-se uma enorme explosão no planeta que dizimou todos os colonos da Pioneer 1. Assim sendo, cabe aos membros do Hunter’s Guild explorarem Ragol à procura de respostas para o desastre, para que depois os habitantes da Pioneer 2 se possam mudar definitavamente para a nova casa. Este primeiro jogo coloca-nos a explorar 4 diferentes áreas (Forest, Cave, Mines e Ruins), cada uma com o seu boss – sendo o último um velho conhecido da série.

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O já icónico ecrã de título

Como qualquer bom MMORPG, inicialmente somos convidados a criar a nossa personagem, escolhendo a raça (Human, Cast ou Newman) e classe (Hunter – própria para combate corpo-a-corpo, Ranger para quem prefere usar armas de fogo, ou Force, os “feiticeiros” do sítio). Como é natural, as raças têm também diferentes atributos, o que, em conjunto com as classes resultam em personagens com diferentes habilidades e características. O jogo não possui uma skilltree elaborada como em muitos outros MMOs, mas cumpre o seu papel por ser um jogo bastante funcional. Posteriormente podemos optar por jogar offline ou online. Enquanto no modo offline jogamos sozinhos, online poderíamos jogar com um grupo de até 4 jogadores, ao longo das 4 áreas de jogo. Existem também várias sidequests que podem ser jogadas offline, onde a história do jogo até acaba por ser contada com mais algum detalhe. No entanto era no modo online que a piada do jogo estava, afinal o grinding interminável para se obter items raros e coloridos sempre é mais agradável fazê-lo com companhia.

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Uma das builds que podemos escolher. Eu pessoalmente tenho ido sempre para os all-around human hunters

Graficamente é um jogo competente, tendo em conta que saiu para a Dreamcast e já no ano de 2000. A Dreamcast era uma consola competente na sua altura mas também tinha as suas limitações, e num jogo online totalmente em 3D é exigido mais recursos do sistema, pelo que os visuais eram algo simples. No entanto este PSO marcou um “modernismo” visual na série Phantasy Star que sempre me agradou, desde no design dos personagens, armas e equipamentos, como em toda a envolvente “high-tech” à volta dos cenários e afins. Sonoramente também é um jogo que para mim é memorável, tanto que muitos dos seus efeitos sonoros e músicas são utilizados ainda hoje, nas iterações mais recentes da série. A música tem sempre uma componente futurista, e embora não seja propriamente algo épico de se ouvir, adapta-se bem à atmosfera do jogo e é agradável para as sessões de grinding.

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A primeira área é a mais colorida. Blue sky in games 4eva.

Infelizmente não tinha Dreamcast na altura em que o jogo saiu, pelo que nunca o joguei online na sua incarnação original. O facto de ter uma mensalidade também não ajudava, o que em conjunto com o modem 33kbps com que a Dreamcast vinha no território Europeu também não era muito convidativo para passar horas “ao telefone” com os tarifários da internet na altura. Embora não deixe de ser um dos jogos mais icónicos do catálogo da última consola da Sega, esta versão em concreto apenas recomendo a sua compra pelo valor histórico ou por coleccionismo. No ano seguinte, também para a Dreamcast (e PC) foi lançado o Phantasy Star Online Ver.2, que incluiu várias novidades, desde subir o level cap, novos items, novos modos de jogo e novas sidequests disponíveis offline. Depois foi lançado para a Nintendo Gamecube e Xbox o já referido Phantasy Star Online Episode I & II, que mais uma vez inclui tudo o que já tinha sido lançado anteriormente mais uma expansão e outras novidades. Ainda assim, enquanto a Sega não decide se traz para o ocidente o novo Phantasy Star Online 2, a melhor alternativa de jogar o clássico continua a ser o Phantasy Star Online Blue Burst para PC. É um jogo que, apesar de já estar descontinuado, pode ser jogado em servidores privados, incluindo o conteúdo do PSO Episode I & II e uma nova expansão, o Episode IV. Para quem não sabe, o Episode III é um jogo completamente diferente, exclusivo da Nintendo Gamecube, essa consola com uma presença online fortíssima…

Jet Set Radio (Sega Dreamcast)

JetsetradiopalboxartE o primeiro artigo da Sega Dreamcast que escrevo neste blogue é nada mais nada menos que um dos seus jogos mais originais, o Jet Set Radio. Durante a era da Sega Dreamcast, os estúdios da Sega atravessaram um dos seus períodos mais criativos, criando jogos como Phantasy Star Online, Shenmue, Skies of Arcadia, Rez ou este jogo. Jet Set Radio é um jogo que mistura a jogabilidade de um Tony Hawk com graffitis, o feeling de um jogo arcade como a Sega bem o sabe fazer e uns visuais únicos para a época. A minha cópia foi comprada algures no ano passado através da Amazon UK. Foi um óptimo negócio na minha opinião, visto que comprei uma cópia selada pelo preço de 0.99£ mais portes.

Jet Set Radio - Sega Dreamcast
Jogo completo com caixa e manual

Jet Set Radio tem uma história algo surreal, pelo que não adianta escrever muito sobre a mesma. O jogo decorre numa versão distorcida da capital japonesa Tóquio, onde diversos “gangs de patinadores” lutam entre si em vários distritos da cidade, marcando o seu território com pinturas em graffiti em diversos pontos. Podemos jogar com várias personagens do gang G.G. do distrito de Shibuya-cho, onde inicialmente defrontamos elementos dos gangs rivais ao longo de vários locais da cidade, bem como as forças policiais que tentam restabelecer a ordem. Com o decorrer do jogo a trama vai-se desenvolvendo com a inclusão de um outro gang, este já mafioso que está por detrás dos vários conflitos que têm acontecido. Tudo isto é narrado através do doido Professor K, um DJ da rádio pirata mais famosa do sítio: Jet Set Radio.

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Alguns graffitis mais complexos exigem que se repita os movimentos mostrados no ecrã com o stick analógico

Tal como referi acima, a jogabilididade cruza-se com a de um Tony Hawk Pro Skater com algo mais arcade. Todas as personagens estão equipadas com uns patins, o que lhes permite fazer as habilidades mirabolantes do costume em videojogos de desportos radicais, desde “grindar” corrimões, patinar sobre paredes, carros e afins, saltos acrobáticos, etc. Em todos os níveis do jogo temos como objectivo pintar com graffitis alguns pontos chave, marcados através de setas vermelhas. Para isso temos de ir coleccionando latas de spray que estão espalhadas pelos locais. Alguns graffitis são bastante simples de se fazer, bastando apenas apertar o botão no momento certo, já os grafittis mais complexos exigem que o jogador repita com o analógico os movimentos que vão surgindo no ecrã. Claro que se fosse só isso o jogo seria fácil, mas existem vários empecilhos que se vão colocando à nossa frente. Inicialmente apenas somos importunados por alguns polícias, depois lá começam a vir corpos de intervenção, equipas SWAT, helicópteros, tanques de guerra e por aí fora, mediante a dificuldade do nível. Nós não temos como lutar contra maioria dos inimigos, excepto alguns – marcados com setas verdes – que podem ser pintados com graffitis. Mas os inimigos não são a nossa única preocupação – como um jogo arcade, temos um limite de tempo para completar cada nível.

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A história vai sendo contada com cutscenes entre os níveis, quer pelo Professor K, quer por outras personagens do gang GG

A jogabilidade é bastante simples, utilizando apenas botões para saltar, acelerar e centrar câmara/pintar graffitis. Esta versão original para a Dreamcast, ao contrário da versão em HD que a Sega lançou recentemente para Steam/XBLA/PSN/whatever não é possível controlar-se a câmara, o que causa alguns problemas pois por vezes a câmara insiste em dar o pior ângulo possível. De resto, apesar de ter uma jogabilidade simples, Jet Set Radio não é propriamente um jogo fácil e tem também imenso conteúdo para desbloquear. Ao longo da aventura vamos sendo desafiados por outras personagens, seja para repetir algumas habilidades que elas façam, ou correr do ponto A ao ponto B. Se vencermos os desafios, essas personagens juntam-se à nossa equipa, podendo ser jogáveis. Cada personagem tem os seus pontos fortes e fracos, seja a resistência física ao dano, destreza para “graffitar”, ou técnica de skating para se obter melhores truques. Para além destas personagens ainda existem outras mais secretas ainda, algumas mesmo exigindo rankings máximos em cada nível para serem desbloqueadas, bem como existem outros modos de jogo mais desafiantes para desbloquear. Ainda mais, esta versão para Dreamcast tinha algumas funcionalidades online, na medida em que poderíamos criar os nossos próprios graffitis, partilhá-los com a comunidade e utilizá-los no jogo. Como é óbvio, o serviço online da Dreamcast já foi descontinuado há muito, pelo que isto me passou ao lado.

Jet Set Radio é sem dúvida um jogo original. Para além das suas mecânicas de jogo que já referi, é impossível não se gostar do carisma de algumas personagens, desde o desgraçado do Captain Onishima que tenta sempre nos apanhar, aos diálogos bem humorados do DJ narrador Professor K, ou mesmo no visual de todos os intervenientes do jogo. E o visual é mesmo a primeira coisa que saltava à vista em Jet Set Radio. Sendo um jogo pioneiro ao utilizar o cel-shading, uma técnica que conferia um aspecto cartoon a objectos poligonais, Jet Set Radio chamou à atenção por isso mesmo. Era nitidamente um jogo 3D, mas no entanto os visuais pareciam mesmo vindos de um anime. Mas não eram só os gráficos fora de série que chamaram à atenção do jogo, a banda sonora também. Ao longo de toda a aventura podemos ir ouvindo uma grande variedade de géneros musicais, mas todos eles a fazerem o perfeito sentido naquele universo distópico do submundo de Tóquio. Desde os esperados J-Pop e J-Rock, passando por músicas electrónicas, hip-hop, funk, trip-hop, há conteúdo para todos os gostos. As músicas que compõe a banda sonora de JSR tanto provêm das composições de Hideki Naganuma como de vários outros artistas “licenciados”, sendo que estas últimas vão variando de versão em versão. Algumas apenas estão disponíveis no lançamento original japonês, outras no europeu, outras no Jet Grind Radio norte-americano.

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E lá vem o Onishima atrás de nós…

Concluindo, Jet Set Radio foi mais um dos excelentes jogos lançados pela Sega no período da Dreamcast e que pouca gente lhe prestou atenção. Ainda assim ganhou uma sequela na Xbox com o nome de Jet Set Radio Future bem como um estatuto de culto por parte da comunidade gamer mais afincada. Para quem não tiver Dreamcast, existe uma conversão em HD para vários sistemas distribuição digital em diversas plataformas. Essa conversão, para além de ter os visuais melhorados, inclui melhorias na jogabilidade, tal como o controlo de câmara já referido acima. A versão Steam especificamente, por vezes é alvo daquelas promoções malucas, pelo que pode ser comprada a um preço muito convidativo em certas alturas.