Só mesmo para picar o ponto vou deixar aqui a rapidíssima referência que recentemente adquiri um cartucho do Pokémon Red, o último que me faltava da primeira geração. Como já escrevi anteriormente sobre os Pokémon Blue e Yellow, não me vou estar a repetir visto serem essencialmente os mesmos jogos. E este cartucho foi comprado na Cash Converters de Alfragide algures durante o mês passado por algo entre 3 e 4€.
Apenas cartucho
Para mais detalhe, recomendo a leitura dos artigos supracitados!
A Gameboy original tem a sua parte de puzzle games, afinal não foi por acaso que a mesma entrou no mercado com o Tetris como o maior destaque. Puzzle games acabavam por ser jogos relativamente simples, que não exigiam muito da máquina e acabavam por se tornar em óptimos companheiros de viagem, ideais para uma consola portátil. A Nintendo acabou por desenvolver uns quantos puzzle games e o Mario & Yoshi é um deles. Este cartucho foi comprado por 50 centimos na feira da Vandoma no Porto há coisa de um mês atrás. Edit: arranjei recentemente um exemplar completo por cerca de 15€.
Jogo com caixa e manual
Em Mario & Yoshi também temos de juntar blocos semelhantes que vão caindo do topo do ecrã para os fazer desaparecer, evitando que formem pilhas enormes e que cheguem até ao topo do ecrã. Para isso podemos manipular as colunas de blocos, alternando-as de forma a que consigamos, dentro dos possíveis, conciliar os blocos que vão caindo com os que já temos no ecrã. Esses blocos são inimigos de jogos do Mario, como os Goombas, as plantas carnívoras, ou mesmo as pequenas lulas que nos atrapalhavam nos níveis subaquáticos. Mas claro que há também alguns blocos especiais, nomeadamente metades de ovo de Yoshis. A ideia é formar um ovo inteiro, de forma a que apareça um Yoshi no ecrã e ganhemos mais pontos. Mas o truque é meter inimigos entre as cascas de ovo, para que desapareçam, o Yoshi que dali sai seja maior, e mais pontos ganhemos ainda!
As várias opções e modos de jogo.
As mecânicas de jogo são essas mesmo e apesar de serem simples sinceramente não me agradaram lá muito. De resto temos vários modos de jogo. No single player temos o Type A e B. O primeiro é o modo de jogo normal, onde tentamos obter o máximo de pontos possível, à medida que a dificuldade vai aumentando. No Type B já vamos ter vários níveis já com blocos espalhados no ecrã e teremos de os limpar a todos. Por fim temos um modo multijogador através do link cable que sinceramente não cheguei a testar.
Deixar uma pilha de blocos crescer até ao topo é sinal de game over
No que diz respeito aos audiovisuais é um jogo bastante simples. Este é daqueles jogos que só o comprei porque estava bastante barato, pois sinceramente nem o acho tão bom assim. A Nintendo lançou imensos jogos de puzzle baseados em blocos ao longo dos anos, muitos deles para a própria Nintendo Gameboy e se quiserem um puzzle game de blocos baseado no Mario, têm sempre o Yoshi’s Cookie. Ou o Dr. Mario!
Super rapidinha para hoje, pois o que aqui temos é a adaptação dentro dos possíveis de um jogo de luta que na altura ainda tinha dado bastante que falar, até porque tinha sido desenvolvido pela Rare, uma empresa que já tinha dado muitas e boas cartas no mundo dos videojogos, mas nunca com um jogo de luta. Killer Instinct, criado para combater a fama e sucesso de Mortal Kombat, era também um fighter bastante violento com uma jogabilidade frenética e com foco nos combos e com uns visuais excelentes, tendo sido lançado originalmente para a arcade e depois para a Super Nintendo, numa versão mais modesta. Como poderia a pobre Gameboy clássica competir? Este meu cartucho veio da feira da Vandoma no Porto, que me custou 50 cêntimos há coisa de umas semanas atrás.
Apenas cartucho
O lançamento original das arcades era um portento técnico. Se não estou errado, creio que até foi dos primeiros jogos arcade a incluir um pequeno disco rígido para além das ROMs, o que lhe permitiu um maior armazenamento de dados, resultando em personagens e backgrounds pré-renderizados e altamente detalhados, violência over the top e uma série de clips de vídeo a condizer também. Inicialmente era suposto a primeira conversão deste jogo sair para a Nintendo 64, até porque este foi o primeiro fruto de uma parceria entre a Nintendo e a Williams que lhe permitiu posteriormente trazer muitos jogos arcades desta empresa para a sua consola de 64bit. No entanto a N64 tinha atrasado e decidiram converter o jogo para a Super Nintendo, onde naturalmente teve de receber muitos cortes. A versão Gameboy ainda mais cortes recebeu, faltando-lhe alguns lutadores, golpes especiais (a Gameboy apenas possui 2 botões de acção ao contrário da SNES e N64) e naturalmente o downgrade gráfico também foi bastante acentuado. Nota-se que se tenta replicar o aspecto pré-renderizado do jogo, mas falta muito detalhe. Uma coisa interessante é as funções especiais desta versão GB, quando ligada a uma Super Gameboy. Podemos jogar contra um amigo apenas ligando um segundo comando à SNES, e a nível gráfico até fica bem melhor.
O suporte a cores da Super Gameboy até se safa bem neste jogo.
E o jogo em si do que se trata? Bom, como sempre há uma mega corporação qualquer que está a organizar um torneio de artes marciais, juntando muitos guerreiros de elite de todas as partes do mundo, embora cada qual com as suas próprias razões para lá estarem, e uns quantos mesmo a mando da própria empresa. E tal como referi acima a jogabilidade era bastante frenética e violenta. Não só pelo esquema de combos (e combo breakers), mas também pelo facto de o jogo não estar dividido em rounds, mas sim em barras de vida. Cada lutador tem 2 e quando as estourarmos ganhamos o combate! Aqui na Gameboy como seria de esperar a jogabilidade não é a melhor, mas até me impressionou pela positiva em duas coisas: a primeira na fluidez de jogo que me pareceu muito boa para uma GB. A segunda: as músicas que possuem um chiptune excelente!
Esta semana vai ser practicamente só rapidinhas, pois é uma semana intensa a nível profissional e o tempo para o resto é curto. E o jogo que escolhi hoje para essa categoria é nada mais nada menos que o Pokémon Yellow, um dos jogos que em conjunto com o Chrono Trigger e o Phantasy Star IV me fizeram definitivamente gostar de RPGs. E apesar do Pokémon Yellow ser de longe o meu jogo preferido desta primeira geração dos bichos da Nintendo, o facto de já ter escrito um artigo sobre o Pokémon Blue não me dá muito mais de novo para dizer. Este meu cartucho foi comprado no mês passado por 5€ a um particular.
Apenas cartucho
Não contando com o Pokémon Blue que saiu originalmente no Japão, como complemento aos já existentes Red e Green, este Yellow Version é o primeiro “terceiro jogo da geração” a ser lançado a nível mundial, algo que se tornou tradição na série pelo menos até ao lançamento de Black e White, e sempre com algum conteúdo extra que complementava os jogos anteriores. Eu pessoalmente sempre esperava o “terceiro jogo” e começava a geração logo com esse. E aqui o que tentaram fazer foi aproximar os jogos de Gameboy ao anime televisivo. Ao contrário de escolhermos jogar com Bulbasaur, Squirtle ou Charmander, o Professor Oak dá-nos logo à partida o Pikachu, tal como Ash no anime. E também tal como no anime, o Pikachu não anda dentro da pokébola, mas sim ao nosso lado, seguindo-nos por onde quer que andemos. Uma coisa que para mim foi completamente irrelevante, mas certamente outros acharam piada é o estado de humor do bicho se alterar consoante as nossas acções.
Sempre que quisermos podemos ver o estado de espírito do nosso Pikachu. Sinceramente já não me recordo se isso terá alguma influência no seu comportamento durante as batalhas
De resto a história e objectivos do jogo são idênticos, com algumas mudanças cosméticas, as sprites frontais de alguns pokémons foram alteradas para melhor se reflectirem com as da série televisiva, os membros da Team Rocket chamam-se Jesse e James e os seus pokémon são idênticos, as enfermeiras têm também o mesmo look, e por aí fora. A nível da colecção dos bichos, existem alguns que não podem ser encontrados nesta versão, sendo igualmente necessário trocá-los com as outras versões. Já os starters Bulbasaur, Squirtle e Charmeleon podem ser encontrados em certos pontos do mapa, sendo-nos oferecidos por alguns NPCs que por lá andam.
Se fosse hoje seria: olha uma SNES! Vai já para o OLX
A nivel gráfico ainda utiliza o mesmo motor gráfico e é sem dúvida um dos últimos grandes lançamentos da Gameboy original. Tudo o resto é essencialmente o mesmo jogo, ainda assim estes pequenos detalhes e mudanças deixaram o Pokémon Yellow como muito possivelmente o meu preferido de toda a série.
A série Mario Land foi bastante importante na biblioteca da Gameboy, pois apesar do primeiro jogo ser bastante simples, ainda assim provou que seria possível ter experiências nas máquinas portáteis muito próximas do que se fazia nas consolas domésticas. O Super Mario Land 2 já foi uma grande evolução a nível gráfico, com o jogo a tirar muito bem partido do hardware monocromático desta portátil lendária da Nintendo. Esse jogo em particular introduziu uma nova personagem no universo da Nintendo, o anti-herói Wario, que aparentemente foi bem recebido e a partir desde terceiro jogo da série o foco passou a estar todo em Wario. Este meu exemplar foi comprado na loja 1UP, custou-me quase 7€, um valor um pouco mais alto que eu costumo dar por um cartucho de Gameboy, mas visto ser um jogo pelo qual tenho um carinho muito especial, não me importei nada.
Apenas cartucho
As mecânicas de jogo são bastante parecidas aos jogos tradicionais de plataformas de Mario, mas ao mesmo tempo são diferentes. Saltar em cima dos inimigos ou pegar neles e arremessá-los para qualquer lado continua a ser possível, mas com Wario há um maior foco nas suas outras habilidades. Na sua forma “crescida”, Wario pode dar encostos de ombro nos inimigos, ou mesmo em blocos que podem ser quebrados dessa forma. Depois os outros power ups podem conter um de três diferentes capacetes, cada qual com as suas habilidades. O capacete de viking faz com que os “charge attacks” de Wario sejam mais poderosos, bem como ser possível fazer um “pound attack” como Mario em pleno ar, atarantando os inimigos que estejam nas proximidades. Um capacete com asas permite-nos voar, e efectuar esses charge attacks em pleno ar (ou água) e por fim temos a cabeça de dragão que cospe fogo capaz de destruir blocos e inimigos, mas perde o efeito do charge attack.
As passagens secretas para os tesouros estão sempre trancadas à chave
Ao longo do jogo vemos também imensas moedas, mas ao contrário de Mario onde servem unicamente para efeitos de pontuação ou de angariar vidas extra, aqui servem mesmo para a coisa mais óbvia: unidade monetária. Já as vidas podem ser ganhas cada vez que apanhemos 100… corações! Faz mais sentido, não? De qualquer das formas as moedas são muito importantes, para além de ser necessário pagar 10 para desbloquear a porta de saída da maioria dos níveis, o final que alcancemos dependerá muito do dinheiro que tenhamos na “conta”. Por um lado, no final de cada nível podemos sempre experimentar um minijogo onde apostemos moedas ou corações, mas uma outra fonte de dinheiro bem rentável consiste em explorar todos os níveis de cima a baixo, pois em alguns deles teremos passagens secretas que nos levam a tesouros escondidos. A exploração é algo que tem um foco muito maior na série Wario Land, como poderemos ver também nos jogos seguintes.
Este é o minijogo onde podemos ganhar mais moedas. Basta escolher o balde certo, o que não foi o caso.
Os níveis são muito bem detalhados, e sendo o jogo passado numa ilha em busca de tesouros, há um grande foco em temáticas inspiradas nos filmes de piratas. Aliás, os vilões do jogo são mesmo piratas e o objectivo é mesmo o de Wario conseguir chegar aos tesouros antes deles. Wario Land tem mais essa particularidade: a Nintendo, como bastião dos bons valores e costumes como sempre o foi, lança este jogo onde somos os maus da fita e o objectivo é mesmo o de fazer o máximo de dinheiro possível, dê por onde der. Mas voltando aos audiovisuais, as sprites também são muito bem detalhadas, tornando este jogo ainda mais delicioso de ser jogado. As músicas são fora do comum. Muitas delas são baseadas na mesma melodia, mas com “roupagens” completamente diferentes, algumas mesmo bastante minimalistas. Sinceramente gostei e é daqueles que nos deixa com as músicas presas ao nosso subconsciente pelos dias seguintes.
Como sempre temos alguns bosses para derrotar também.
Este é para mim um dos, senão mesmo o meu jogo preferido da Gameboy clássica. É um excelente jogo de plataformas, com uma óptima jogabilidade, níveis bem desenhados, boa exploração, excelentes gráficos tendo em conta o hardware onde corre, enfim, tudo é bom. E claro, é dos jogos de Gameboy que mais nostalgia me traz. Absolutamente recomendado.