Vamos voltar à Master System para aquele que é o terceiro título da série Fantasy Zone, tendo sido uma vez mais lançado inicialmente em arcades e só depois na Master System. E ao contrário dos cute ‘em ups pelos quais a série bem que ficou conhecida, este lançamento é uma espécie de clone de Pac-Man, mas herdando também algumas mecânicas próprias da série Fantasy Zone. O meu exemplar veio de uma loja de usados no Porto por 10€, algures no mês passado. Custou-me um pouco dar os 10€ por um cartucho solto, mas lá acabou por vir e eventualmente o irei completar. Edit: recentemente um amigo meu ofereceu-me uma caixa que por lá tinha a mais. Está quase!
No lançamento ocidental, este jogo é visto como uma sequela dos seus predecessores, mas isso não é verdade. O lançamento original Japonês coloca este FZ: The Maze como uma prequela, onde Opa-Opa (e seu amigo Upa-Upa) treinam para lutar contra a tal invasão alienígena que é retratada nos títulos originais arcade.

O objectivo de cada nível, tal como no Pac-Man, é o de percorrer uma série de labirintos e coleccionar uma série de esferas amarelas (que são na verdade moedas) e evitar toda uma série de inimigos. Uma vez coleccionadas todas as moedas, o nível acaba e avançamos para o seguinte. No entanto, vamos ver espalhados pelos níveis uma série de ícones familiares para quem jogou os títulos anteriores. Estes são power ups como diferentes armas, boosts de velocidade ou até invencibilidade temporária. O problema é que esses itens apenas podem ser coleccionados se tivermos dinheiro suficiente para os comprar e mesmo assim a sua durabilidade é consideravelmente limitada e não transitam de nível para nível. Se perdermos uma vida também perdemos o item que tenhamos eventualmente comprado. Portanto estes power ups deverão apenas ser comprados em momentos de maior aperto, até porque o jogo vai produzindo mais inimigos se não nos despacharmos. Para além disso poderemos também encontrar alguns power ups gratuitos como vidas extra, cupões de desconto ou Flickies que simplesmente nos dão mais pontos.
Os labirintos são todos baseados nos níveis do primeiro Fantasy Zone, embora sejam ecrãs de fundo estáticos. Os inimigos são também familiares e minimamente variados e bem detalhados. As músicas até que são agradáveis, mas este é um daqueles casos em que a versão japonesa é nitidamente superior, devido ao seu suporte ao chip de som FM apenas lançado nesse território. Nós apenas ficamos limitados ao velhinho som PSG que sempre foi o calcanhar de Aquiles desta consola da Sega. Nada de especial a apontar aos efeitos sonoros.

Portanto este até que é um jogo interessante pela forma como misturaram as diferentes mecânicas de jogo de um Pac-Man e um shooter como o Fantasy Zone. É também um jogo consideravelmente longo, incluindo uns 51 níveis ao todo para jogar! Peca no entanto, a meu ver, pelo facto de os power ups serem tão limitados na sua utilização, se bem que de outra forma compreendo que pudesse tornar o jogo demasiado fácil.


