Danan: The Jungle Fighter (Sega Master System)

Tempo de voltar às rapidinhas na Master System para um jogo que desde miúdo sempre me despertou a curiosidade. Lembro-me perfeitamente de ver um único screenshot deste Danan: The Jungle Fighter num catálogo da Sega e ter apreciado o facto das sprites das personagens serem bem detalhadas. Uns valentes anos mais tarde, depois de o finalmente ter jogado em emulação, o jogo até que é bastante competente. Outros tantos anos depois, foi no passado mês de Junho que o comprei na vinted, completo por 40€. É um jogo que infelizmente tem vindo a encarecer…

Jogo com caixa e manual

E aqui encarnamos no papel de Danan, um jovem guerreiro que cresceu numa tribo de amazonas e a certo dia encontra o seu mentor morto. Lá lhe dizem que anda aí gente a tramar alguma e o que é certo é que acabaremos por lutar contra uma série de gente que procura ressuscitar uma antiga entidade maléfica que havia sido derrotada muitos, muitos anos antes.

O que não faltam aqui são cut-scenes com diálogos! A história pode não ser grande coisa, mas sempre apreciei este tipo de coisas em jogos mais antigos.

Este é um “simples” jogo de acção em 2D sidescroller com certos elementos muito ligeiros de aventura e RPG. Isto porque a nossa vida é medida em pontos de vida e sempre que derrotamos algum inimigo ganhamos pontos de experiência, que eventualmente nos farão subir de nivel e ganhar mais vida. Os controlos são super simples, com um botão para saltar e outro para atacar, sendo que apenas estamos munidos de uma faca para isso. Ao longo de todo o jogo vamos poder coleccionar vários itens como comida que nos regeneram a vida, relógios que nos aumentam o tempo limite para concluir cada nível, estrelas que nos dão pontos de experiência extras ou outro equipamento como novas facas ou amuletos que nos melhoram a defesa ou ataque. Também iremos encontrar diversos tokens de animais e estes servem precisamente para invocar alguns animais para nos ajudarem durante o jogo. Temos um tatu que nos ajuda a combater os inimigos, uma águia que nos permite transportar para zonas mais altas ou um gorila que simplesmente nos cura. Cada animal tem um custo diferente destes tokens que podemos coleccionar.

O início do nível 3 troca-nos as voltas e é um nível subaquático, onde teremos de ter especial atenção ao nosso nível de oxigénio.

De resto, como já referi temos um tempo limite para concluir cada nível, ou mais concretamente, até chegar ao boss, onde não poderemos utilizar nenhum destes poderes dos animais. O jogo encoraja também a exploração visto existirem várias portas e caminhos alternativos que nos levam a vários itens que poderemos coleccionar e assim também fortalecer a nossa personagem. Pelo meio vamos ter muitos diálogos com os vários NPCs (e bosses) que vamos encontrando, o que também não é assim tão comum quanto isso em jogos de acção na Master System. A história não é nada de especial sinceramente, mas não deixa de ser um bonito toque.

Os baús amarelos escondem vários itens e o jogo encoraja-nos a explorar

A nível audiovisual este é um jogo bem conseguido como eu já referi acima. As sprites são grandes e bem detalhadas e os níveis vão sendo algo variados, estando também com um bom nível de detalhe para a consola. Peca é no entanto por ser um jogo bastante curto, com 4 níveis apenas. Se bem que o terceiro nível é consideravelmente longo, visto que tem uma secção inicial onde teremos de nadar numa caverna subaquática até chegarmos a um navio inimigo. Esse segmento obriga-nos também a estarmos atentos ao nosso nível de oxigénio, que pode também ser restabelecido ao apanhar alguns itens para o efeito. As músicas sinceramente não as achei nada de especial, mas já se sabe que esse sempre foi o calcanhar de Aquiles da Master System.

Desde miúdo que um ecrã não muito diferente deste me deixou com vontade de um dia poder vir a jogar este jogo!

Portanto este Danan The Jungle Fighter até que é um jogo bastante interessante, se bem que tinha potencial para ser um pouco melhor. Mais níveis eram bem-vindos e se calhar o tempo limite até nem seria algo tão importante assim manter. Gosto de jogos de plataforma/acção 2D que nos encorajam a explorar, mas o relógio nunca nos deixa fazer tal coisa de forma tranquila.

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Autor: cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.

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