De volta à Master System para mais uma rapidinha a uma adaptação de um popular filme da década de 80, nomeadamente o segundo Regresso ao Futuro onde Marty McFly e companhia viajam precisamente ao futuro. É um jogo publicado pela Image Works e teve o seu lançamento original numa série de computadores 8bit/16bit populares no continente Europeu, com uma conversão para a Sega Master System a sair mais tarde, já em 1991. O meu exemplar deu entrada na colecção algures no passado mês de Maio, tendo sido comprado a um amigo meu.
Uma coisa boa deste jogo é a sua variedade de mecânicas de jogo nos diferentes níveis, embora nenhum deles seja particularmente bom. Ao longo de todo o jogo controlamos o jovem Marty McFly e o primeiro nível coloca-nos logo a atravessar uma cidade a bordo de um skate voador. O nível vai estando dividido em vários segmentos com scrolling automático, quer horizontal, quer oblíquo como em jogos como o Paperboy e o objectivo é o de simplesmente chegar ao fim deste longo nível em segurança. Vamos ter de nos desviar de toda uma série de obstáculos e eventualmente combater outros skaters, mas os controlos não são bons (o direccional movimenta a personagem, botão 1 para dar socos e 2 para saltar) e o nosso ataque tem um alcance bastante curto, pelo que idealmente deveremos evitar o combate a todo o custo. Ocasionalmente iremos encontrar vários níveis espalhados pelo nível que poderemos coleccionar e aumentar a pontuação ou regenerar parte da nossa barra de vida, embora existam vários obstáculos que nos fazem perder uma vida imediatamente. É um nível consideravelmente longo, ao menos tem vários checkpoints.

O segundo nível é considerado um nível bónus e se o conseguirmos completar dentro do tempo limite ganhamos uma vida extra. Passa-se na casa de Jennifer e o objectivo é o de guiar Jennifer em segurança para fora de casa, sem que esta se cruze com nenhuma das outras pessoas que lá habitam. Não controlamos Jennifer directamente mas sim portas, que podem ser abertas aos pares e seleccionadas com o direccional. Sempre que uma porta é aberta, as pessoas que estejam dentro das divisões afectadas pela abertura de portas trocam de sítio. Já o terceiro nível é um beat ‘em up em 2D sidescroller onde uma vez mais os botões 1 e 2 são utilizados para atacar e saltar respectivamente. Ao combinar com o direccional poderemos no entanto executar golpes distintos e uma vez mais a jogabilidade é pobrezinha. O quarto nível é também um nível de bónus, com um daqueles sliding puzzles que eu tanto odeio para resolver dentro de um tempo limite. Por fim o último nível é algo similar ao primeiro, onde teremos de atravessar uma outra cidade em cima de um skate. Os controlos e mecânicas mantêm-se.

Graficamente até é um jogo colorido e com curtas cut-scenes entre cada nível, embora as sprites sejam bastante pequenas. A música do ecrã título e primeiro nível até não é desagradável de todo, creio que são adaptações 8bit das principais músicas do filme, já o resto da banda sonora é bastante má, sinceramente.
Portanto estamos aqui perante um jogo que apesar de apresentar uma variedade considerável de estilos e mecânicas de jogo (algo não assim tão incomum em vários jogos de computador europeus da época), deixam tudo a perder com maus controlos e mecânicas de jogo. Não é um bom jogo portanto. No ano seguinte a Europa teve direito a uma adaptação do terceiro filme e pelo menos a versão de Mega Drive lembro-me de a ter experimentado em criança e nem do primeiro nível conseguir passar…


