Duke Nukem 3D 20th Anniversary World Tour (Sony Playstation 4)

Vamos a mais uma rapidinha para aquela que é, até à data, a mais recente versão desse grande clássico Duke Nukem 3D e que, tal como o seu nome indica, é uma versão que celebrara os seus 20 anos, lançada portanto em 2016. Apesar de o DN3D ser para mim um jogo de PC, acabei antes por optar por esta versão PS4 pois foi a única que recebeu um lançamento físico (exclusivo dos Estados Unidos). O meu exemplar foi comprado algures em Agosto deste ano, tendo-me custado menos de 30€. Este artigo irá então incidir nas novidades trazidas nesta versão, mas se quiserem saber a minha opinião mais detalhada da versão original, para além de lerem o artigo acima mencionado (que foi um dos primeiros a ser cá escritos e com uma linguagem e estilo de escrita que já não uso), aproveito também para publicitar a minha participação num dos episódios da rubrica Deep Dive do podcast The Games Tome, onde, em conjunto com um amigo, analisamos o jogo ao detalhe:

Antes de avançar para esta versão propriamente dita, permitam-me um pequeno parêntesis. Este lançamento foi precedido pelo Duke Nukem 3D Megaton Edition lançado originalmente em 2013 ainda pela 3D Realms, sendo que essa versão incluía todo o conteúdo da Atomic Edition, bem como as mais famosas expansões single-player produzidas por terceiros (oficiais), nomeadamente a Duke It Out In D.C., Nuclear Winter ou Duke Caribbean: Life’s A Beach. Em 2016, quando os direitos da propriedade intelectual do Duke Nukem foram transitados para a Gearbox, essa edição acabou por desaparecer de todas as stores. Ora eu tenho essa edição no steam e a razão pela qual nunca a trouxe cá é simples: já tinha jogado todas essas expansões há muitos anos atrás e sinceramente o pouco que me lembro delas é que as achei bastante aborrecidas, portanto não tenho muita vontade de as voltar a jogar.

Jogo com caixa, na sua versão norte-americana

Todavia, para compensar a falta dessas expansões, o que fez a Gearbox? Contrataram alguns dos designers de níveis da equipa original e produziram toda uma nova expansão, exclusiva desta versão. Alien World Order é o seu nome e inclui 8 novos níveis e músicas (um deles secreto), alguns novos inimigos e uma nova arma. Os novos níveis são uma espécie de volta ao mundo, pois começamos nas ruas de Amesterdão (acabando inclusivamente por visitar uma coffee shop), passando pela Rússia, Reino Unido, Egipto, Roma, França e culminando em mais uma dupla de níveis nos EUA. Mas infelizmente devo dizer que fiquei um pouco decepcionado com esse conteúdo novo. Tirando aquele primeiro nível em Amesterdão, os restantes não foram tão excitantes quanto isso, pois muitos deles são bastante amplos e repletos de inimigos, sem toda aquela atenção ao detalhe e imensos easter eggs tal como vimos no lançamento original e Plutonium Pak/Atomic Edition. Dos novos inimigos, três deles são sprite hacks de bosses existentes, com apenas um inimigo inteiramente novo (que na verdade é baseado no design de um protótipo). A arma nova é um incinerador, que infelizmente é também um sprite hack da arma de gelo (Freezethrower). É bastante divertida no entanto!

Alguns dos bonitos efeitos de luz introduzidos na versão OpenGL da Build Engine.

Mais conteúdo adicional temos também algumas novas funcionalidades de qualidade de vida, pois para além de termos a liberdade de gravar/recarregar o nosso progresso a qualquer momento no jogo, assim como começar uma nova partida escolhendo qualquer nível (incluindo os secretos) podemos também activar um rewind de cada vez que morramos. Existem também novas vozes gravadas pelo próprio próprio Jon St. John, assim como novas músicas também compostas por Lee Jackson, um dos compositores da banda sonora original. Para além disso, se activarmos tal opção, podemos também ouvir imensos comentários pelos próprios designers dos níveis, o que para um fã do jogo original é sempre conteúdo bastante interessante. Existem também alguns novos efeitos de luz que podem ou não dar um melhor charme ao jogo.

Amesterdão e as suas montras.

Ainda assim, mesmo com o novo conteúdo a não ser tão excitante quanto isso, foi um prazer voltar a jogar (uma vez mais) este Duke Nukem 3D! É um dos maiores clássicos de DOS e continua tão actual e divertido de se jogar como se ainda fosse 1996. Always bet on Duke.

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Autor: cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.

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