Vamos a mais um breve artigo que infelizmente o tempo para jogar não tem sido muito nos últimos dias. Este The Flash é um jogo baseado no super herói mais rápido da DC Comics, o Flash. Confesso que conheço muito pouco da personagem nem sei quanta fama tinha nos anos 90, mas teve fama suficiente para a Probe ter desenvolvido um videojogo seu para a já velhinha Sega Master System, algures em 1993. Infelizmente não é um jogo tão bom quanto isso. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu no passado mês de Maio por 10€.
Este é um jogo de acção/plataformas em 2D onde controlamos um super herói que como já referi acima é bem conhecido pela sua velocidade. Infelizmente os níveis que a Probe aqui colocou não são lá muito propícios a velocidade, pois o perigo espreita em cada esquina, sejam com inimigos, sejam com espinhos ou outros obstáculos que nos causam dano se lhes tocarmos. Infelizmente os saltos também são bastante escorregadios, o que também não ajuda muito. Os controlos são relativamente simples com o d-pad a movimentar a personagem e os botões faciais para atacar ou saltar. O ataque normal, caso não pressionemos nenhuma direcção em simultâneo, faz com que o Flash active um dos seus super poderes capaz de causar dano a inimigos que estejam muito próximos de nós. Pressionando o botão de ataque enquanto nos movemos faz com que Flash rodopie bastante rápido e assim possa também causar dano aos inimigos, embora não seja invulnerável perante outro tipo de dano, como os já referidos espinhos.

O objectivo de cada nível é simples: o de encontrar a sua saída. Mas antes disso temos ainda de encontrar um interruptor que a desbloqueie e o facto de os níveis serem tendencialmente labirínticos, juntamente com os controlos demasiado escorregadios, resultam numa experiência um quanto frustrante. Durante a exploração poderemos também encontrar várias caixas que, após destruídas, nos permitem encontrar uma série de power ups (ou armadilhas!) como fatias de pizza que nos regenerem parcialmente a barra de vida, escudos temporários, mais tempo para terminar o nível, vidas extra ou simplesmente itens que nos aumentam a pontuação, tal como os inúmeros ícones do The Flash que iremos encontrar ao longo de todos os níveis. De resto, o jogo está dividido em 6 episódios, cada um com vários níveis sendo que no último temos sempre um confronto contra um boss, o The Trickster, que há-de ser um vilão conhecido dentro do universo do The Flash. Infelizmente, no entanto, os bosses são todos idênticos, mudando apenas os seus padrões de ataque de episódio para episódio!

Graficamente o jogo até que começa de uma forma promissora, com uma pequena cutscene que apresenta o emblema da Sega. Claro que isso perde todo o encanto pois é a mesma sequência de estrada que jogamos sempre que enfrentamos um boss, que por sua vez é sempre idêntico, tal como já referi acima. O jogo começa (e termina) com uma cutscene animada para um sistema 8bit e entre níveis temos também uma série de pequenas cutscenes muito idênticas entre si, mudando apenas o texto e pouco mais. Os níveis até que têm algum detalhe, mas poderiam ser bem melhores, não fosse a Probe querer impingir aquele design labiríntico à força. Por outro lado as músicas são excelentes, tendo muito daquele charme próprio da cena europeia dos micro computadores dos anos 80 e 90.
Portanto este The Flash é um jogo que acaba por desiludir bastante. Os controlos são maus e os níveis ganhariam muito mais se tivessem um design mais aberto e menos labiríntico, até porque a nossa personagem consegue ser bastante rápida. No entanto, com os níveis mais fechados, repletos de inimigos, obstáculos e uns controlos que deixam muito a desejar deixam a experiência bastante frustrante. A falta de variedade dos bosses é também um ponto bem negativo a meu ver.


