Rampage (Sega Master System)

Continuando pelas rapidinhas vamos agora ficar com um clássico arcade dos anos 80 que recebeu conversões para inúmeros sistemas, de entre os quais esta versão da Master System. O objectivo deste jogo era simples: nós encarnamos num humano transformado num monstro gigante e teremos de destruir toda uma série de cidades norte-americanas. A versão arcade inclusivamente suportava até 3 jogadores em simultâneo, pelo que acredito que até fosse bem divertida de se jogar. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu algures no passado mês de Abril por 5€.

Jogo com caixa

Apesar de termos os mesmos três monstros à disposição (um gorila, lobisomem ou réptil, todos gigantes), ao contrário da versão arcade, como seria de esperar, esta versão suporta um máximo de dois jogadores apenas. Os monstros não têm diferenças entre si, pelo que a nossa escolha é algo irrelevante, para o resto do jogo. Na verdade, o manual diz que o gorila é melhor a escalar edifícios, enquanto o réptil é mais rápido como um todo, mas na verdade a existirem são diferenças mínimas. Ao longo do jogo teremos todo um conjunto de cidades norte-americanas para destruir, cada uma com 5 níveis distintos, onde o objectivo é o de destruir todos os prédios. Claro que desde cedo começamos a ser atacados por militares, desde soldados que nos atacam das janelas dos edifícios, passando por helicópteros ou outros veículos como tanques que também nos vão atacando.

A versão Master System permite-nos jogar com qualquer um dos 3 monstros originais

Os controlos são simples, com o d-pad a servir para movimentar a nossa personagem pelos cenários (assim como escalar edifícios) e os botões faciais a servirem para saltar ou atacar. Cada vez que sofremos dano a nossa barra de vida vai diminuindo e é extremamente difícil, senão impossível, não sofrer dano, pelo que o jogo também nos vai dando algumas possibilidades para recuperar vida, como comendo soldados (ou civis), assim como certos itens que podem surgir nos edifícios à medida que os vamos destruindo. Nem todos os itens comestíveis nos recuperam vida, alguns têm sim o efeito contrário, como é o caso de mobília de casa de banho ou torradeiras (a menos que já não estejam a trabalhar!). Portanto apesar deste até ser um jogo algo divertido e original nas suas mecânicas de jogo, também se torna bastante repetitivo com o tempo: apesar de existirem muitas cidades para serem destruídas, não há nada que as torne realmente diferentes umas das outras!

O objectivo de cada nível é o de destruir todos os seus edifícios. Humanos e alguns itens podem ser comidos para regenerar vida

A nível audiovisual é um jogo competente, até tendo em conta que o lançamento original era de 1986. No entanto, apesar de graficamente não ser um mau jogo de todo, existem vários tipos de inimigos distintos e todos eles estão bem detalhados e animados, mas tal como referi acima poderia haver uma maior variedade de cenários. As músicas não são nada do outro mundo e infelizmente também tal como os visuais se tornam bastante repetitivas, até porque, tirando as pequenas melodias nos ecrãs título e entre níveis, iremos ouvir a mesma música vezes sem conta durante o jogo propriamente dito. Ao menos este é um daqueles lançamentos curiosos de um jogo exclusivo ocidental mas que possui também músicas que suportem o acessório FM Sound Unit, exclusivo do Japão. Quer isto dizer que foi um jogo cujo lançamento em solo japonês terá sido em algum momento considerado.

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Autor: cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.

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