E tal como prometido, cá fica agora uma rapidinha à versão da SNES do Outlander, um jogo lançado originalmente para a Mega Drive pela Mindscape e que era originalmente uma adaptação do segundo filme da saga Mad Max, o The Road Warrior. E se nos primeiros minutos que jogamos esse Outlander nos parece um jogo fascinante, rapidamente nos apercebemos que o mesmo não tem muito mais para oferecer, apesar de todas as suas boas ideias. A versão da Super Nintendo pode não ser muito melhor, mas tem diferenças suficientes para ser considerada e sim, esta ao menos saiu na Europa e o meu exemplar veio de uma loja alemã algures no mês de Dezembro do ano passado por 35€ salvo erro.

Ora a primeira diferença que é logo notória mal começamos o jogo é o facto de a versão SNES se jogar na terceira pessoa. Sinceramente não tem o mesmo impacto pois vemos as sprites dos veículos inimigos mais pequenas, com menos detalhe e sejamos sinceros, vermos em alta definição um punk a sair disparado por cima do nosso carro é algo muito satisfatório. Mas para compensar tem outros detalhes melhores: a informação relevante (combustível, munições, turbos, etc) está apresentada no ecrã de uma forma mais elegante, na parte de cima temos na mesma direito a um espelho retrovisor, agora bem maior e ainda com o reflexo do próprio condutor e que até tem alguns detalhes gráficos interessantes, como o facto de a sua cara se virar para a esquerda ou direita caso disparemos a nossa shotgun nessas direcções.

De resto é um jogo muito similar, tendo na mesma uma única estrada pejada de inimigos para combater (se bem que com menos inimigos, apenas motards e helicópteros) e sempre que ficamos sem combustível (ou caso estejamos prestes a morrer) devemos parar o que estamos a fazer e sair do carro em busca de mantimentos. Pelo meio iremos ter também toda uma série de povoações para explorar, onde mantimentos são ligeiramente mais abundantes. Mas sim, continua um jogo extremamente repetitivo, apesar de ter algo melhor que a versão Mega Drive, os controlos. Aqui como o comando da SNES como tem mais botões, a função de cada botão está melhor distribuída, com o L e R a terem funcionalidades muito importantes: permitem-nos disparar a shotgun no carro para a esquerda ou direita, ao contrário da versão Mega Drive onde um dos botões faz tudo, mas na ordem que o jogo decidir como lhe apetece, o que muitas vezes não resulta bem, levando-nos a desperdiçar imensa munição.
Mas o facto de os controlos estarem melhores implementados não chega para tornar esta versão SNES a versão definitiva do Outlander. O jogo continua bastante repetitivo e com ainda menos variedade de inimigos e o facto de as secções de condução se passarem todas na terceira pessoas não têm de longe o mesmo impacto. Portanto, apesar desta versão se jogar melhor devido aos melhores controlos, continuo a achar a versão Mega Drive de longe a mais apelativa devido aos seus visuais mais caprichados.

