Tempo de voltar às rapidinhas, agora para um dos vários jogos de desporto que a Namco desenvolveu exclusivamente com a Famicom em vista, daí o termo Family nos seus nomes. E tal como o nome indica, este é um simples jogo de corridas (Formula 1), que por sua vez foi lançado em 1988 e usa uma perspectiva vista de cima, tal como foi posteriormente utilizada pela série F1 Circus. Este meu exemplar foi comprado na loja Mr. Zombie por 6€ no passado mês de Janeiro.
E apesar de este ser um jogo simples na sua jogabilidade, ainda vai tendo bastante texto em japonês, particularmente pelas customizações que podem ser feitas ao nosso carro. Felizmente existe um patch de tradução feito por fãs que acabei por usar. E logo no ecrã título podemos ver vários modos de jogo disponíveis: temos o practice cujo nome é explanatório, bem como o sprint, endurance e watch, sendo que neste último poderemos ver o CPU a correr por nós, o que poderá ser útil para conhecer melhor cada circuito. A primeira opção são os settings onde poderemos escolher e customizar o carro que queremos utilizar. O modo sprint é o que mais se assemelha às corridas reais pois antes de cada corrida propriamente dita temos também as fases de treino e qualificação. Já o modo endurance é, como o nome indica, uma prova de resistência onde o objectivo é sermos o primeiro a alcançar uma certa distância percorrida.

No que diz respeito aos controlos estes são simples na sua essência, com o direccional a servir para controlar o carro e os botões faciais para acelerar/travar. No entanto, a jogabilidade não é a melhor e o jogo teria ainda muita margem para progredir. Felizmente não achei a direcção tão sensível quanto a do primeiro F1 Circus, mas são as outras pequenas coisas que estragam um pouco a pintura. Por exemplo, a detecção de colisão é estranha: por um lado podemos tocar noutros carros sem problema, até lhes podemos passar por cima, mas caso embatamos contra algum obstáculo na pista somos imediatamente retirados da corrida. E isto obriga-nos então a practicar antecipadamente cada circuito e nos familiarizar com a sua estrutura e obstáculos. O resto são mesmo pequenas coisas de conveniência. Por exemplo, nunca sabemos a velocidade ou a nossa posição durante a corrida, a menos que estejemos a cruzar a meta. Nessa altura temos uma espécie de ecrã que nos dá a informação da nossa posição, tempos, quantas voltas faltam para terminar a corrida ou a indicação para visitar as boxes por algum motivo, algo que já só conseguiremos fazer na volta seguinte.

A nível audiovisual é também um jogo muito simples. Os circuitos possuem um grafismo extremamente simples, desde o detalhe das pistas até à bancada da tribuna que é simplesmente um quadrado cinzento repleto de luzes a piscar. Os efeitos sonoros são igualmente simples e as músicas, ou diria, a música, também não é nada do outro mundo.
Portanto estamos aqui perante um jogo de corridas muito simples, apesar de até ter alguns toques de simulação, com a possibilidade de customizarmos o carro assim como a obrigatoriedade de por vezes irmos às boxes. No entanto a sua jogabilidade deixa muito a desejar, principalmente por ao mínimo toque nalgum objecto do circuito nos colocar automaticamente de fora da corrida. A Namco ainda voltou a pegar nesta série com uma sequela para a NES e uma outra para a Super Nintendo. A da NES ainda planeio visitar em breve.


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