Mais uma rapidinha a um jogo da série Pokémon, desta vez o Pokémon Snap! da Nintendo 64. Um jogo original, mas que no fim de contas nem tem assim tanto conteúdo que justifique um artigo mais extenso. Pokémon Snap foi lançado na primeira febre Pokémon, ainda durante a primeira geração dos bichinhos e já na altura foi um jogo original, onde ao contrário do habitual “vamos apanhá-los todos” ou metê-los à porrada uns contra os outros, o objectivo deste jogo é simplesmente de os fotografar, ao longo de uma viagem por uma ilha. Este cartucho foi comprado juntamente com a minha N64, que me custou ao todo 40€ mais 3 jogos, incluindo este, o que achei um bom preço.

Logo no vídeo de introdução dá para prever que este é um jogo com um conceito diferente. Como sempre o protagonista é um jovem, mas desta vez o Professor Oak tem um objectivo diferente para nós: que viajemos para uma ilha remota e repleta de Pokémons e que tiremos fotografias a todos os Pokémon que possamos encontrar. Quanto melhor forem as fotos, por exemplo, estarem bem centradas, próximas e com o bicho a olhar para a câmara, melhor! Para isso Oak desenvolveu um veículo próprio que nos leva num caminho pré-definido e a viagem termina caso cheguemos ao fim do percurso, ou se estourarmos todos os fotogramas do rolo (60). Mas como podemos percorrer cada percurso as vezes que quisermos não há grande problema em levar as coisas com calma.

Inicialmente apenas podemos interagir com os Pokémons com as fotos, mas depois à medida que vamos progredindo no jogo e desbloquear outros percursos Oak vai-nos dando mais itens, como comida, as Pester Balls que servem unicamente para irritar os bichinhos e a Pokémon Flute. Todos esses itens podem ser utilizados para fazer com que alguns pokémons apareçam, como atirar Pester Balls para o rio à espera que uma Magikarp ou Goldeen salte cá para fora, ou fazer com que tenham diferentes poses, que poderão dar azo a fotografias bem pontuadas, como acordar o Snorlax com a Pokémon Flute, por exemplo. Sim, no final de cada viagem temos de escolher uma foto de cada Pokémon para dar ao Oak, e ele avalia cada foto que lhe enviamos.

A interacção com os Pokémons acaba por ser essencial para obter melhores fotos, desbloquear outros circuitos e fazer com que alguns Pokémons evoluam (experimentem atirar um Charmeleon para um poço de lava), mas tirando isso, e chegando a altura em que conseguimos fotografar todos os Pokémons (neste jogo não temos todos os 151 Pokémons da primeira geração, longe disso, ao contrário do que eu pensava), já não haverá muito mais a fazer, a não ser completar alguns desafios para cada circuito, como obter um determinado número de pontos numa viagem.

Graficamente é um jogo bastante colorido, mas nada do outro mundo. A Nintendo 64 sempre foi boa a apresentar modelos poligonais com mais polígonos do que as suas concorrentes, mas o facto de ter utilizar cartuchos ao invés de CDs, nunca há muito espaço para texturas elaboradas, e é o que acontece neste jogo. Mas também os Pokémons são bichos simples, portanto não tem problema. A música é bastante relaxante, adequando-se perfeitamente ao “safari” que nos é apresentado. Os efeitos sonoros também não tenho nada a acrescentar, cumprem bem o seu papel e temos direito a algumas voice-samples do professor Oak.
Pokémon Snap é um jogo original, apesar de não ter assim tanto conteúdo. De qualquer das formas acho que seria uma boa ideia a Nintendo lançar uma sequela para a 3DS ou mesmo a WiiU, acho que ambas as plataformas possuem características que assentariam bem neste conceito de jogo.