O artigo que trarei cá hoje é invariavelmente mais uma rapidinha, pois o tempo não dá mesmo para mais. E também não teria assim muito para dizer pois este Boulder Dash é uma conversão de um clássico da velha-guarda, bastante simples nas suas mecânicas de jogo, mas nem por isso propriamente fácil. Para já apenas disponho do cartucho, que foi comprado na feira da Vandoma no Porto, algures durante o mês de Janeiro por 5€, se a memória não me falha.
O objectivo do jogo é simples: somos o mineiro Rockford e o nosso pai, Stoneford deu-nos uma série de mapas de várias minas que tinham imensos tesouros, como diamantes ou outras pedras preciosas. Bom, os mapas deviam ser uma porcaria pois o que mais se vê é terra, rochas, inimigos e alguns diamantes à vista. Os outros têm mesmo de ser descobertos. E o jogo é passado numa perspectiva que pode parecer “top-down view”, mas na realidade é uma vista lateral. Os controlos são bem simples, os direccionais fazem com que Rockford ande ou escave na direcção pretendida e o objectivo é apanhar um certo número de diamantes antes do tempo limite. Mas a gravidade é uma coisa lixada e é preciso ter cuidado ao escavar a terra debaixo de rochas, pois faz com que elas caiam e se estivermos debaixo, bom, não é difícil adivinhar o que nos acontece.
Para piorar as coisas existem também vários inimigos a vaguear pelo subsolo e também nos podem matar com um toque apenas. Por outro lado também podemos ser inteligentes e fazer com que rochas caiam em cima deles, matando-os. Isto acaba também por ser obrigatório, pois ao matar os inimigos eles explodem e podem rebentar com algumas paredes que nos dão acesso a mais diamantes. Alguns inimigos acabam mesmo por gerar 9 diamantes extra após explodirem! Como vêm, o conceito do jogo é bem simples, apesar de existirem imensos níveis repletos de inimigos e outros perigos, pois as rochas podem começar a cair em cascata e os inimigos por vezes seguem padrões de movimento algo imprevisíveis. É um daqueles jogos arcade da velha guarda em que apesar de não haver uma grande variedade, o desafio está sempre lá. Creio que o jogo está dividido num total de quase 100 níveis, que por sua vez estão espalhados ao longo de 4 quests de 6 mundos cada. É muito nível!
Graficamente é um jogo bastante simples, com sprites pequenas e pouca variedade de inimigos ou cenários, nota-se bem que este Boulder Dash é uma encarnação de um jogo da primeira metade da década de 90. As músicas são acessíveis, tanto vamos tendo algumas melodias agradáveis para ouvir, em especial nos menus e introduções de cada nível, como outras músicas mais tensas, em especial quando andamos mesmo nas escavações a tentar sobreviver a todo o custo.
Boulder Dash é um daqueles jogos que apesar de ter envelhecido mal com o tempo, pelo menos no seu aspecto, a sua jogabilidade simples mantém-se desafiante. Cumpre o seu papel, e é uma herança dos jogos arcade da velha guarda, ao lado de títulos como Pac-Man ou Dig Dug. No entanto não é daqueles títulos que eu considere um must-have para qualquer coleccionador de NES.