Voltando aos jogos puzzle indie, com este Fractal que é um excelente desafio para todos os fãs de jogos de puzzle, em especial os que gostam de coisinhas do género Candy Crush Saga, mas que puxem bem mais pelo intelecto. Mas como infelizmente o meu tempo para jogar tem sido muito reduzido, também confesso que não tive a paciência necessária para estar de volta deste jogo e concluí-lo a 100%, pelo que não esperem por um artigo muito extenso. Fractal é um jogo da Cipher Prime, estúdio indie responsável por vários outros jogos com a temática puzzle, mas também musical. Este jogo se não estou em erro entrou na minha colecção digital do Steampor uma ninharia, em mais um dos Humble Bundle.
A jogabilidade de Fractal é algo difícil de explicar, de jogar e muito mais de se masterizar. Pensem numa série de jogos como os Bejeweled e afins, onde temos de juntar uma série de peças da mesma cor para ganhar pontos e fazê-las desaparecer, podendo com isso desencadear uma série de “explosões” em cadeia, ganhando assim imensos pontos. A diferença é que o tabuleiro é estático, não há pecinhas a cair, temos todo o tempo do mundo antes de tomar uma decisão e… as pecinhas que manipulamos são hexágonos, e para os fazer desaparecer, teremos de os agrupar em clusters de sete hexágonos. Com cada cluster que fazemos desaparecer, surgem no “tabuleiro” outras peças que me parecem ser aleatórias e com isso poderemos desencadear os tais combos.

Mas isto é apenas metade da explicação. O grande desafio no jogo está em conseguir saber onde colocar o hexágono seguinte. Para tal, teremos de clicar nas bordas de um ou mais hexágonos que tenham um espaço live, sendo colocado nessas bordas um ou mais novos hexágonos que irão empurrar os seus vizinhos um espaço para a frente, afectando todos os hexágonos que estejam em fila com esses. Escrever pode ser fácil, ou não, mas fazê-lo no “duro” é algo que é realmente desafiante. Inicialmente dispomos apenas de hexágonos com uma cor, mas mais lá para a frente começamos a brincar com puzzles com 2 cores, e a construção dos clusters acaba por ficar mais difícil. De resto vamos também sendo introduzidos a uma série de blocos especiais, como blocos que mudam de cor e com efeitos explosivos, outros com efeitos “eléctricos” que destróem uma série de hexágonos que não fazem parte dos clusters, mas também lhes podem estar adjacentes. Outros ainda ao serem destruídos vão-nos dar mais tentativas. Isto porque no modo Campanha com 30 níveis temos um limite de movimentos e garanto-vos que não é preciso ir muito longe até as coisas começarem a complicar.

Para além do modo campanha, dispomos também do modo arcade, onde o objectivo é sobreviver o máximo de tempo possível, obtendo também a melhor pontuação que consigamos. E como se o modo campanha não bastasse, temos ainda um modo ainda mais desafiante – o Puzzle. Aqui temos 50 níveis, divididos entre várias temáticas, dispomos de um número limitadíssimo de movimentos para alcançar um objectivo.
Como todos os jogos da Cipher Prime, pelo menos todos os que eu conheço, Fractal tem um look bastante “clean” e polido, e o mesmo pode ser dito das músicas que acompanham o jogo que são sempre bastante calmas e com um cheirinho a música electrónica. Uma coisa que gostei foi a atenção dada ao detalh no som. Sempre que interagimos com os hexágonos, e em especial quando conseguimos fazer um cluster, os efeitos sonoros são também notas músicais que, sendo síncopas entre si e a música, acabam por soar sempre bem ao ouvido. Gosto bastante desse género de atenção aos detalhes que não se ficam por aí. No modo campanha por exemplo, no início de cada nível a música começa bastante tímida, apenas com algum ritmo de fundo. À medida que vamos ganhando pontos, os restantes instrumentos começam-se a ouvir e a música fica cada vez mais animada. Por outro lado, quando começamos a esgotar o número de movimentos disponíveis, a música vai abrandando e ficando mais uma vez mais tímida, o que acaba por provocar também alguma tensão no jogador.

No fim de contas este é um jogo de puzzle bastante desafiante, o que para mim não é nenhuma má notícia, eu é que já não tenho a disponibilidade que tinha antes para jogar este tipo de jogos com mais alguma paciência. Se são fãs de jogos de puzzle com blocos, então este Fractal: Make Blooms Not War é uma excelente alternativa para vocês.

Um pensamento em “Fractal: Make Blooms Not War (PC)”