Yoshi’s Cookie (Nintendo Gameboy)

Yoshi's CookieE vamos continuar no reino das portáteis com mais uma rapidinha, agora a mais um puzzle game da Nintendo e do universo de Mario, como se Dr. Mario e Mario & Yoshi já não fossem suficientes. Este Yoshi’s Cookie é mais um daqueles jogos em que temos de agrupar objectos iguais de forma a fazê-los desaparecer, mas tem algumas mecânicas de jogo mais interessantes. Este meu exemplar veio da cash converters de Alfragide algures durante o mês passado, tendo-me custado cerca de 2€.

Yoshi's Cookie - Nintendo Gameboy
Apenas cartucho, só tenho pena que alguém tenha rabiscado o seu nome nele

E isto na verdade é quase um Tetris de complexidade acrescida. Isto porque para pontuar, temos de fazer linhas ou colunas de blocos semelhantes, com conjuntos de novos blocos a “cairem” de cima para baixo ou da direita para a esquerda. Isto quer então dizer que o número de blocos que temos de fazer linha ou coluna acaba por ser variável. E como os agrupamos? Bom, seleccionamos o bloco em questão e com o d-pad indicamos qual a direcção que o queremos mudar, o que faz com que a linha ou coluna rode. Se jogarmos sozinhos, é com isto que temos de nos preocupar, ao longo de 10 rounds com 10 stages cada um, com a dificuldade a ir aumentando gradualmente ao introduzir novos blocos e acelerar a velocidade do jogo. Existe também uma componente multiplayer para 2 jogadores através do link cable, onde temos uma grelha fixa de 5×5 e vamos competindo dessa forma ao fazer as combinações de blocos, mas não cheguei a experimentar.

A ideia é fazer linhas ou colunas de blocos iguais... mas temos de ter em conta que novos blocos vão caindo em 2 direcções, potencialmente tornando as linhas e colunas mais longas
A ideia é fazer linhas ou colunas de blocos iguais… mas temos de ter em conta que novos blocos vão caindo em 2 direcções, potencialmente tornando as linhas e colunas mais longas

As músicas do jogo acabam por ser bastante repetitivas e nem sempre são muito do meu agrado, o que não é algo muito habitual num jogo baseado na franchise do Mario. Graficamente é um jogo simples, se bem que vamos vendo algumas pequenas cutscenes entre cada round, mostrando uma certa rivalidade entre Mario e Yoshi, a ver quem é que fica com os bolos.

No multiplayer já temos um desafio diferente, ao manter a área de jogo constante
No multiplayer já temos um desafio diferente, ao manter a área de jogo constante

No fim de contas, apesar de até achar que este é um jogo com um conceito algo original, prefiro de longe a simplicidade de um Dr. Mario. Talvez por esta ter sido uma ideia da Bullet Proof Software e não originalmente da Nintendo, pois sinto que lhe falta algum carisma também.

Tetris (Nintendo Gameboy)

Tetris - Nintendo GameboyPoderia escrever uma dissertação enorme sobre toda a história que Tetris passou desde a sua concepção em 1984 por Alexei Pajitnov em plena Guerra Fria, os conturbados franchisings e vendas de direitos para colocar o jogo nas arcadas, computadores, consolas e portáteis até à criação da The Tetris Company 12 depois de o jogo ser lançado, para que o seu criador pudesse finalmente receber algum carcanhol. Mas não, este será um artigo curto até porque toda a gente e os seus animais de estimação já jogaram este produto que é a melhor coisa que a União Soviética alguma vez concebeu. E este cartucho entrou na minha colecção algures durante o mês passado, tendo sido comprado na feira da Ladra em Lisboa por 2€.

Tetris - Nintendo Gameboy
Apenas o cartucho, infelizmente.

Essencialmente é um jogo em que controlamos vários tetrominós, que na verdade são blocos construídos por 4 quadrados que podem assumir várias formas, a cair num espaço fechado e o objectivo é construir linhas que preencham toda a largura desse mesmo espaço, fazendo a linha desaparecer e ganhar pontos com isso. A dificuldade vai sendo incrementada ao aumentarem gradualmente a velocidade e basta um dos quadrados ficar fora do “pote” que é gameover. Mas claro que isto vocês já sabiam.

screenshot
Não sei se o Alexei recebeu alguma coisa por cada cópia destas vendida, mas ao menos mencionaram o seu nome nesta versão.

E este Tetris tornou-se no jogo de lançamento da Nintendo Gameboy, o que acabou por fazer todo o sentido, pois se há plataformas em que um jogo como este faz sentido, são as consolas portáteis. Se não numa Gameboy, quem nunca teve ou jogou numa Brickmania ou noutro dos seus milhentos clones? É possivelmente o primeiro grande jogo casual da história e a sua influência em muitos outros jogos que lhe seguiram é bem notória. Coisas como Columns, Puyo Puyo, Bejeweled e até o infame Candy Crush Saga. Aqui, na versão multiplayer temos várias opções, que nos permitem desligar a opção de ver qual a peça que vem a seguir, ou começar o jogo já com alguns blocos aleatoriamente posicionados na área de jogo para aumentar a dificuldade. Mas para além disso, e esta é para mim a grande vantagem da versão Gameboy face a todas as Brickmanias que conheço, é a sua vertente multiplayer. Através de um cabo com o qual podemos ligar duas Gameboys entre si, é possivel jogar contra um amigo onde o objectivo é sobreviver mais tempo que o nosso oponente. À medida em que nos vamos safando bem, ao limpar algumas linhas consecutivas, adicionamos algumas linhas incompletas de blocos no fundo do ecrã do adversário, dificultando-lhe mais a vida.

screenshot
Tetris! What else?

Graficamente é um jogo bastante simples e sinceramente nem precisa de mais perlimpimpins para cumprir perfeitamente o seu papel. As músicas são bastante variadas, com o jogo a oferecer aos nossos ouvidos uma panóplia de adaptações de obras de música clássica no estilo 8bit, mas também outras faixas mais “videojogos”. Creio que muita gente ainda as sabe de cor, com tantas horas a ouvi-las.

Resumindo, Tetris é um dos maiores clássicos de sempre da história dos videjogos e apesar de ao longo dos anos terem surgido imensas variações da mesma fórmula, mesmo em jogos com o nome “Tetris” lá metido no meio, para muitos é esta a versão que guardam com mais nostalgia e eu não sou uma excepção.