Vamos voltar agora à Xbox One para mais um jogo da série Halo, o primeiro jogo da série a sair para a Xbox One, bom… se não contarmos com a compilação The Masterchief Collection que já cá trouxe no passado que inclui, entre outros, um remake do Halo 2 e esse sim, foi desenvolvido especialmente para essa compilação. Mas continuando, este jogo foi uma vez mais produzido pela 343 Studios que assumiu o controlo da série após a Bungie ter-se tornado uma vez mais num estúdio independente. O meu exemplar foi comprado há uns meses atrás numa CeX por 8€.
A história leva-nos uma vez mais a encarnar no papel de Master Chief (e não só) e a narrativa inicia-se algures após os acontecimentos do Halo 4, com conflitos entre humanos, covenant e os forerunners a decorrerem uma vez mais. E a Cortana terá um papel surpreendente no meio de toda esta confusão, o que confesso que não estava nada à espera tendo em conta o que havia acontecido anteriormente. Existem duas linhas de narrativa aqui, uma com o Master Chief como protagonista, e uma outra com uma nova personagem (o spartan Jameson Locke) e ao longo do jogo iremos alternando entre missões onde controlamos um ou outro.
Quais as principais novidades aqui introduzidas? Bom a primeira diria mesmo que foi uma uniformização dos controlos, com o esquema de controlo por defeito ser bem mais próximo do standard em jogos de acção modernos. Quer isto dizer que utilizar o RB para interagir com objectos ou recarregar a arma foi substituído por um dos botões faciais (X), ficando o RB com os ataques de corpo a corpo. Os gatilhos ficam então com a funcionalidade de apontar e disparar, o botão LB para atirar granadas (cujas diferentes granadas podem ser seleccionadas com o direccional para a esquerda ou direita). O botão A salta, Y permanece com a funcionalidade de alternar entre armas equipadas e o B tem uma funcionalidade nova, a de desviar. Fora os controlos ligeiramente diferentes, a outra grande novidade foi o facto de terem transformado o Halo 5 num shooter de esquadrões.

Independentemente da personagem com que estamos a jogar no momento, temos sempre 3 outros NPCs que nos acompanham (no caso do esquadrão de Locke um desses NPCs é o Buck, personagem do Halo 3 ODST) e a qualquer momento poderemos dar-lhes ordens, seja para se moverem para alguma posição específica no mapa, para atacar algum alvo, usarem veículos ou armas ou mesmo curar companheiros (algo que nós também podemos fazer). Quando “morremos” ficamos na verdade temporariamente incapacitados e podemos também pedir a ajuda de algum NPC para nos ressuscitar. E essa foi uma mecânica de jogo que utilizei bastante, particularmente quando precisávamos de combater inimigos mais poderosos, pelo que muitas vezes os ordenava para concentrarem o seu fogo precisamente nesses inimigos mais perigosos, um de cada vez. No entanto nem sempre a inteligência artificial era a melhor pois aconteceu várias vezes eu pedir ajuda e os meus colegas, sem nada para fazer e ao meu lado, não quiseram saber de mim e deixaram-me morrer. De resto é um excelente first person shooter uma vez mais, com uma campanha curta porém bastante sólida e sim, com vários veículos que poderemos eventualmente vir a conduzir, assim como diferentes armas para usar. Contem também com o habitual de vida regenerativa, progresso salvo em checkpoints e a capacidade limitada de armas que podemos equipar em simultâneo.

Visualmente é um jogo excelente, pois já foi desenvolvido com um motor gráfico a pensar nas capacidades da Xbox One. Os mundos são bastante detalhados (embora tenha gostado mais da variedade presente no jogo anterior) e para além do detalhe gráfico de qualidade, possuem também vários caminhos alternativos, assim como diversos coleccionáveis escondidos como tem sido habitual. Na Xbox Series X (que foi onde o joguei) a resolução foi aumentada para 4K e uns 60 frames constantes. Nada de especial a apontar aos efeitos sonoros, o voice acting continua excelente e a banda sonora teve agora uma toada mais orquestral e apesar de me ter soado bem, confesso que continuo a preferir as bandas sonoras da trilogia original.
Portanto este Halo 5: Guardians é mais um first person shooter bem sólido e com uma campanha curta, porém bastante agradável. Há muitos fãs que não gostaram do rumo que a história levou aqui e até os compreendo, mas pessoalmente não desgostei de todo.

















