Spin Master (Neo Geo MVS)

SpinMasterMais uma rapidinha pois infelizmente o tempo não tem sido o meu maior amigo ultimamente. Se tudo correr bem o próximo artigo já será algo um pouco mais elaborado, mas veremos. Este aqui é mais um daqueles jogos MVS que eu desencantei na feira da Vandoma no Porto a um preço quase dado, precisamente no meu dia de anos. E Spin Master é um sidescroller da Data East, que me faz lembrar o Dashin Desperadoes da Mega Drive, também produzido pela mesma empresa, pelo menos no que diz respeito ao aspecto das personagens principais, pois a jogabilidade deste já se assemelha a algo do género de um Ghouls ‘n Ghosts mas sem a temática do horror e claro, sem uma dificuldade altamente frustrante.

MVS Collection
Como os carts de MVS não são propriamente lá muito fotogénicos, acabei por tirar uma foto única com o bundle que comprei.

Basicamente podemos jogar com um de dois heróis (ou mesmo com os dois em multiplayer cooperativo), com dois clichés pela frente: o primeiro é salvar uma miúda de um vilão – mais uma vez um cientista maluco. O segundo é juntar as várias partes de um mapa de um suposto tesouro, algo que esse cientista também procura para por em marcha um plano absolutamente maquiavélico: comprar todos os brinquedos do mundo para que nenhuma criança os possa usar!

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Acho sempre piada a estes segmentos em mine carts

E tal como referi acima, este é um sidescroller 2D que vai buscar alguns elementos a jogos como o Ghouls ‘n Ghosts ou mesmo o Contra… mas em vez de armas “normais” ou medievais, começamos nada mais nada menos que com um Yo-Yo. Com o decorrer do jogo poderemos encontrar outros power-ups que se tornam em armas diferentes como bombas, bolas de fogo, uma espécia shurikens em spreadshot, ou picos de gelo bastante rápidos. Ainda assim… todas as armas têm um alcance muito reduzido. Mas o platforming também não é esquecido pois para além de termos plataformas para saltitar, muitos inimigos podem também ser atacados ao saltar-lhes para cima e há umas certas tartarugas muito parecidas com uma franchise bem conhecida… De resto a jogabilidade é simples e temos uma barra de energia que aguenta com três hits antes de perdermos uma vida… logo que continuemos a meter a moedinha não teremos grandes problemas.

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O jogo é bastante colorido, bem detalhado e sempre com uma conotação cómica

Os níveis vão sendo algo variados entre si, desde andarmos em cima de um avião, a passagens pelas pirâmides no Egipto, incluindo uma descida alucinante em minecarts, nas selvas amazónicas onde temos de tentar fugir da água, entre outros. A nível visual é um jogo bastante colorido e com personagens bem detalhadas e grandinhas,  se bem que com um look algo infantil que me faz lembrar da série Bonkers da Hudson. Por outro lado as músicas têm algumas melodias engraçadas, mas aquela percursão está muito estranha… Ainda assim não é nada que manche o jogo, que por sua vez até acaba por ser bastante divertido.

Mutation Nation (Neo Geo MVS)

Mutation NationContinuando com as rapidinhas, o jogo que vos trago cá hoje é um beat ‘em up das antigas para o sistema arcade da Neo Geo, desenvolvido nada mais nada menos que pelo antigo gigante SNK. Tal como todos os jogos MVS que tenho até à data, este é mais um do bundle de 10 que encontrei a um preço quase dado na Feira da Vandoma no Porto. E embora não pareça pela foto, este é o que está em pior estado.

MVS Collection
Como os carts de MVS não são propriamente lá muito fotogénicos, acabei por tirar uma foto única com o bundle que comprei.

A história é não-existente, mas não deve ser muito difícil de adivinhar, pois somos levados para uma terra num cenário aparentemente pós-apocalíptico, ou pelo menos num futuro muito negro onde mutantes iniciam uma guerra contra os restantes humanos. E nós jogamos precisamente com 2 humanos e distribuímos pancada em mutantes e robots ao longo de todo o jogo. O diálogo não é uma presença forte, mas depois de ler “How dare you beat me, hear is your graveyard” então sim, este é um jogo completamente à moda da SNK.

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Porque no futuro vamos todos voltar a usar bigode

A jogabilidade é simples e complexa ao mesmo tempo. Simples porque practicamente usamos apenas 2 dos botões de acção disponíveis, mas também é complexa pois conseguimos desencadear uma série de diferentes golpes e combos ao utilizar apenas esses combos. Depois o jogo também pisca o olho aos shmups com o conceito dos golpes especiais que são vistos como vários power-ups (A, B, C ou D) que podem ser apanhados do chão. Cada power-up representa um golpe diferente que até podem ser visto no início do jogo, naquele pequeno tutorial dos controlos antes de passarmos para a acção propriamente dita. E para os usarmos deixar o primeiro botão pressionado até carregar a barrinha do power que aparece no ecrã, para depois ao largar o botão desencadear o tal special que geralmente provoca dano a todos os inimigos no ecrã. Naturalmente que estamos expostos ao perigo quando nos preparamos para usar o special, pelo que deve ser utilizado com algum cuidado. E como não poderia deixar de ser, o jogo suporta também 2 jogadores em multiplayer cooperativo.

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Mais engrish que isto é difícil!

No campo técnico, este é um jogo bem bonito para os padrões de 1992, apresentando níveis relativamente longos, cheios de coisas a acontecer, com bosses intermédios e uns cenários muito bem detalhados. Os inimigos e as personagens principais não são das mais bonitas que podemos ver aqui, ainda assim não ficaram nada más. As músicas sinceramente foram do meu agrado pois muitas delas até têm bons riffs de guitarra. De resto gostei bastante dos visuais pois em muitos momentos me fizeram lembrar aqueles animes mais violentos do final da década de 80 que tanto gosto! Um bom jogo da Neo Geo sem dúvida, embora a concorrência também seja algo feroz nessa mesma plataforma.

Aero Fighters 2 (Neo Geo MVS)

Aero Fighters 2Vamos lá a mais uma rapidinha para a Neo Geo MVS que aqui o tasco ficou um pouco desgovernado nos últimos dias. O jogo que trago hoje é um daqueles shmups com a fórmula clássica e eficaz, produzido pela Video System. Aero Fighters, ou Sonic Winds como ficou conhecido no Japão é uma série de vários jogos com origens na Arcade e posteriormente com várias conversões para consolas caseiras. O segundo Aero Fighters (e posteriormente o terceiro também) surgiram primeiramente nos sistemas arcade da Neo Geo e este foi um dos cartuchos MVS que tive a felicidade de encontrar a um preço muito reduzido na feira da Vandoma no Porto.

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Como os carts de MVS não são propriamente lá muito fotogénicos, acabei por tirar uma foto única com o bundle que comprei.

Como sempre, o jogo coloca-nos como uma espécie de piloto solitário na luta contra um poderoso exército opressor. Mas não somos tão solitários assim pois é possível jogar o Aero Fighters 2 de forma cooperativa. De qualquer das formas teremos um piloto de várias nacionalidades para jogar e o resto já sabem, é disparar para tudo o que mexa e fugir a sete pés de todos os projécteis inimigos. A jogabilidade é mesmo o back to the basics pois temos apenas um botão para disparar e um outro para a artilharia pesada capaz de danificar todas as naves no ecrã. Cada avião/piloto é diferente e por conseguinte possuem armas diferentes entre si, o que permite várias abordagens distinas aos inimigos que nos vão surgindo pela frente. E claro, temos vários power ups para apanhar, mas não são propriamente armas alternativas pois essas residem nos outros aviões que podemos pilotar. Aqui são essencialmente power ups que nos fortalecem o nosso poder de fogo e claro, poderemos adquirir munições para o nosso ataque especial. De resto é mesmo a fórmula de sempre, com combates contra bosses no final de cada nível. A única diferença é que quando chegamos ao “fim” do jogo, somos levados para o completar uma vez mais, desta vez com um grau de dificuldade bem superior. Uma espécie de Master Quest como se fazia no The Legend of Zelda. E sim, o jogo é bem difícil e exige de nós a máxima concentração e destreza pois apesar de não ser propriamente um bullet hell como muitos outros, os inimigos e os seus projécteis acabam por ser bastante rápidos e muitas vezes com diferentes padrões de fogo em simultâneo, obrigando-nos mesmo a passar um mau bocado para não levar com um projéctil em cima. É que aqui não há escudos e as vidas são limitadas… Mas claro que se tivessem outra moedinha lá podiam continuar a jogar.

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Como não poderia deixar de ser, estas personagens malucas acabam por ser um ícone de uma era de jogos arcade que não volta mais

Graficamente é um jogo bem competente. O sistema arcade da Neo Geo era um colosso no 2D, principalmente se tivermos em conta que utiliza tecnologia do início da década de 90 e foi-se aguentando relativamente bem por mais de 10 anos! Aqui as naves são todas muito bem detalhadas e os cenários até que vão variando um pouco do tradicional dos shmups, pois representam várias localizações da Terra e poderemos ver pormenores interessantes como a Estátua da Liberdade, por exemplo. Acabam por ser bastante detalhados se bem que por vezes nem temos assim muito tempo para os apreciar! A música e efeitos sonoros não me deixaram grandes memórias, mas pareceram-me bem adequados para o género do jogo em si.

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Os bosses também vão sendo bastante diferentes entre si, felizmente

Um bom shmup, digo eu!

Art of Fighting 2 (Neo Geo MVS)

Art of Fighting 2Ora cá está mais um artigo para eu picar o ponto. A série Art of Fighting foi mais uma no meio de muitas séries de fighters 2D que assolaram as arcades e não só durante a década de 80. Só a SNK já tinha muitas na algibeira, todas com diferentes mecânicas de jogo envolvidas. Mas como eu já referi mais que uma vez, eu sou e continuarei a ser um grande nabo nisso e jogo este tipo de jogos de uma forma mais casual. Assim sendo, este meu artigo nunca seria lá muito comprido e completo, pelo que quando encontrei a compilação Art of Fighting Anthology para a PS2, aproveitei e escrevi um pouco sobre essa série no geral, longe eu de pensar que poucos meses depois iria encontrar um lote de jogos MVS ao preço da chuva, com um Art of Fighting lá metido à mistura.

MVS Collection
Como os carts de MVS não são propriamente lá muito fotogénicos, acabei por tirar uma foto única com o bundle que comprei.

Este meu cartucho de MVS foi comprado em bundle na feira da Vandoma no Porto por 5€… pelo conjunto, o que deu a módica quantia de 50 cêntimos pelo cartucho. E como a versão PS2 presente na Art of Fighting Anthology é directamente emulada desta versão arcade, recomendo-vos que passem por lá para dar uma olhada. É só clicar aqui.

Tecmo World Soccer 96 (Neo Geo MVS)

tecmo-world-soccer-96-gameBom, foi precisamente no meu dia de anos deste 2015 que encontrei na Feira da Vandoma no Porto uma série de 10 cartuchos arcade de Neo Geo pela módica quantia de 5€. Ora eu não fazia questão em coleccionar jogos para sistemas arcade pois costuma ser um hobby dispendioso e se quisermos montar cabinets completas, para além de custarem um rim, há sempre o problema da falta de espaço onde as colocar. Mas por esse preço não os ia deixar lá, e então acabei por os trazer. Conto em breve num futuro a médio prazo em ter algo mais “económico” que me permita ler estes cartuchos. Até lá, já eu os tinha jogado bastante através de emulação, ou mesmo nas próprias arcades ao longo dos anos.

MVS Collection
Como os carts de MVS não são propriamente lá muito fotogénicos, acabei por tirar uma foto única com o bundle que comprei.

De todos os subgéneros de videojogos que eventualmente acabam nas máquinas arcade, os desportivos, excepto desporto automóvel claro, nunca me cativaram muito para esvaziar os bolsos de moedas nos salões arcade. E este Tecmo World Cup 96 não foi excepção à regra, pelo que também nunca o cheguei a jogar muito. E a Tecmo não era propriamente novata em jogos de futebol quando lançou este Tecmo World Cup ´96, e brevemente até acabarei por trazer cá outro jogo semelhante da mesma empresa. E sendo este um jogo arcade, naturalmente não há assim muitos modos de jogo. Temos o campeonato onde começamos na fase de grupos, passando para uma segunda fase de grupos até chegarmos a uma final. Claro que podemos também jogar uma partida contra um oponente! A jogabilidade é simples e directa, com os habituais botões para cortar a bola se estivermos a defender, ou passar e rematar se tivermos na posse do esférico. A novidade está nas fintas que podemos fazer, onde por momentos a acção pára e temos de escolher a direcção para onde queremos fintar/ou defender. Se a finta for bem sucedida, então o jogador com a bola ganha bastante velocidade e pode fazer um remate bem potente, embora nem sempre isso se traduza em golos pois muitas vezes o redes faz também defesas impossíveis.

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Antes da grande final, teremos 2 fases de grupos com 4 equipas cada

A nível gráfico é um jogo competente. Todos sabemos o que o velhinho hardware da Neo Geo é capaz de fazer, mas é óbvio que não se consegue tirar uns visuais tão bons quanto um Mark of the Wolves num jogo de futebol, com muitas personagens no ecrã, cada qual com as suas rotinas de inteligência artificial. É agradável e fica-se por aí. Gosto das animações na marcação de livres ou grandes penalidades, e cada equipa possui a sua própria animação pelos golos marcados, embora muitas sejam variações umas das outras. Por exemplo, a diferença entre os festejos da selecção espanhola e alemã é os equipamentos e os alemães serem todos loiros… No que diz respeito ao audio, esperem pelo mau inglês do costume, de cada vez que o “narrador” apresenta cada selecção. De resto é um jogo competente.

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Cada partida tem uma duração reduzida… afinal isto é um jogo arcade e se queriam jogar muito… tinha de se pagar!

De todos os jogos que me sairam neste bundle de MVS este é o que menos me interessava, mas até que gostei da mecânica das fintas! Ah, e para os curiosos, não, não temos aqui a nossa selecção das Quinas. Mas também nem houve campeonato do mundo em 1996… então a Tecmo está desculpada.