Tintin: Prisoners of the Sun (Nintendo Game Boy)

Prontos para mais uma rapidinha, desta vez a um exclusivo europeu de Game Boy. Nos anos 90 muitos dos videojogos baseados em personagens de banda desenhada franco-belga para as consolas eram desenvolvidos/publicados pela Infogrames, pelo que muitos destes lançamentos acabaram por se tornar exclusivos. Este Prisoners of the Sun, que suponho que seja baseado no mesmo livo de banda desenhada (O Templo do Sol em Português) é um jogo de plataformas/aventura lançado originalmente em 1997 com uma versão para a Super Nintendo também. O meu exemplar foi-me oferecido por um amigo algures em Fevereiro!

Cartucho alemão, jogo multi-língua.

A história anda à volta da descoberta de uma múmia da cultura Inca e que detinha aparentemente uma poderosa maldição. Ora maldição ou não, o que é certo é que certas pessoas que interagiram de certa forma com a múmia começaram a desaparecer, tal como é o caso do professor Girassol, pelo que Tintin, Milú e Haddock lá partem para mais uma aventura em busca de salvarem o professor.

Tal como o seu predecessor, tudo nos magoa. Alguns níveis permitem-nos alternar entre dois planos para evadirmos de alguns inimigos

Supsotamente este jogo é uma versão simplificada da versão de Super Nintendo (que eu ainda não joguei) e o mesmo acontecia com a versão Game Boy do Tintin in Tibet. E por sua vez este jogo é também muito parecido com o seu predecessor nalgumas das suas mecânicas, na medida em que teremos de explorar vários níveis e desviarmo-nos de inúmeros obstáculos e inimigos, sendo que não temos nenhuma forma de atacar. Um dos problemas do Tintin in Tibet era o facto de haver um tempo limite bastante apertado para terminar muitos dos níveis, que por sua vez também se tornariam cada vez mais complexos. Felizmente, tirando apenas algumas excepções, não temos de nos preocupar com o relógio. No entanto tal como referi acima, o Tintin não pode atacar, pelo que este é um jogo onde teremos mesmo de nos desviar de tudo e mais alguma coisa.

Entre níveis a história vai avançando com algumas imagens da banda desenhada

Existe no entanto uma grande variedade de níveis e suas mecânicas. Temos vários níveis de plataformas tradicional, no entanto outros são pseudo-3D, pelo que nos poderemos movimentar entre o background e foreground livremente, precisamente para evitarmos alguns obstáculos ou inimigos que patrulham aquela área. Muitas vezes teremos também alguns elementos de aventura e interagir com alguns NPCs assim como procurar alguns itens que os mesmos pretendam para que nos desbloqueiem o caminho ou resolver pequenos puzzles. Temos níveis em que o ecrã se desloca automaticamente e assim temos de nos desviar de perigos constantes, um nível de perseguição de carros, outro em que temos de escapar de uma avalanche, outro em que conduzimos uma canoa por um rio repleto de jacarés e obstáculos entre muitos outros exemplos. Originalidade não lhe falta, pelo menos!

Ocasionalmente teremos alguns NPCs para interagir também

A nível audiovisual este até é um jogo bem conseguido para um sistema tão limitado tecnicamente como é o Game Boy. Existe uma grande variedade de cenários, desde urbanos, rurais, cavernas, rios e montanhas. Até um nível com um foco mais furtivo a bordo de um navio! E tudo vai estando a um nível de detalhe interessante tendo em conta as limitações do sistema. Entre níveis vamos tendo também algumas imagens que vão prosseguindo a história, pena no entanto que não tenham nenhuma música a acompanhar… particularmente porque a música é muito boa! Facilmente o ponto mais forte deste jogo para mim o que foi algo bastante surpreendente.

Alguns anos mais tarde, em 2000, sai uma versão Game Boy Color em tudo idêntica, mas a cores

Portanto este jogo do Tintin é um título não tão frustrante como o seu predecessor e pareceu-me ter ainda mais variedade de níveis e mecânicas de jogo. Fiquei curioso em jogar um dia destes a versão de Super Nintendo que imagino que graficamente esteja incrível. De resto, para além de uma versão PC que nunca tinha ouvido falar, este jogo acabou por ser relançado alguns anos mais tarde na Game Boy Color. Essa versão é em tudo semelhante a esta mas com cor!

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Autor: cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.

Um pensamento em “Tintin: Prisoners of the Sun (Nintendo Game Boy)”

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