Vamos voltar às rapidinhas para este Four Last Things, uma aventura gráfica bastante original na medida em que se baseia integralmente em pinturas renascentistas para os seus cenários e personagens. Se o conceito não vos é estranho, poderá ser pelo facto de eu já cá ter trazido o The Procession to Calvary há uns meses atrás. Este Four Last Things foi o jogo que o precedeu, embora não exista até ao momento qualquer lançamento físico ao contrário da sua sequela. Há uns meros dias atrás recebi uma notificação do steam que o jogo estava com uma promoção interessante e lá o acabei por “comprar”, recorrendo ao saldo que ainda tinha na conta.
Como já cá falei do The Procession to Calvary, não me sobra muito por dizer visto que este jogo utiliza os mesmos conceitos: é uma aventura gráfica do estilo point and click onde navegamos por uma série de cenários, todos baseados em pinturas renascentistas, acompanhados por música da mesma época e complementado com história repleta de bom humor. Aqui controlamos um viajante “The Immortal John”, onde depois de acordar de um pesadelo que envolve o pecado original (a história de Adão, Eva e a maçã) decide visitar a igreja mais próxima e confessar todos os seus pecados. Acontece que devido a questões burocráticas, como todos pecados foram cometidos noutras dioceses, os bispos locais dizem que não podem aceitar a sua confissão. Dão no entanto a entender um loophole nessa regra: Se John voltar a cometer todos os pecados capitais naquela terra onde se encontra, aí sim já se poderá confessar e será posteriormente absolvido de todos os seus pecados, mesmo que tenham sido cometidos noutras regiões. Portanto o nosso objectivo é simples: temos de cometer ganância, gula, inveja, ira, luxúria, preguiça e orgulho para depois nos redimirmos de todos os pecados.
Lá teremos então de explorar a zona à volta da igreja onde terão os mais variadíssimos NPCs como gente bêbeda, um pintor de retrato que por acaso é cego, advogados sinistros entre muitos outros. Ao interagir com estes NPCs e coleccionar/combinar objectos vamos poder desencadear uma série de acções e eventualmente cometer todos os pecados mortais. Alguns são bem simples, como é o caso da preguiça. Alguns dos primeiros NPCs que encontramos são uma série de senhorios sem nada para fazer e que estão simplesmente deitados no chão a relaxar. Quando lhes perguntamos se lhes podemos fazer companhia, basta ficarmos deitados no chão uns 30 segundos que o pecado capital é logo desbloqueado. Outros já não serão tão simples assim e obrigam-nos a fazer toda uma série de tarefas até os conseguirmos desbloquear.

Portanto este é um jogo de aventura bastante original e com um bom sentido de humor. É no entanto bastante curto e o seu conceito como um todo foi largamente melhorado na sua sequela, o The Procession to Calvary como já aqui referi. Sendo um jogo tão curto, é uma pena que não tenha sido incluído no lançamento físico da sequela! Entretanto o Joe Richardson tem estado a trabalhar num último jogo que supostamente irá fechar esta trilogia, pelo que o aguardo ansiosamente.

