Final Soldier (PC Engine)

Tempo agora de voltar à PC Engine para mais um dos seus muitos shmups que o sistema possui no seu catálogo. E este é um dos bons! O Final Soldier é um shmup vertical e uma sequela do Super Star Soldier, e embora possua “Final” no nome, está longe de ser o último jogo da série, pois ainda na própria PC Engine foi também lançado o Soldier Blade, mais um ou outro lançamento em sistemas mais recentes. O meu exemplar foi importado do Japão algures no mês passado, tendo-me custado cerca de 30€.

Jogo com caixa e manual embutido com a capa

E este é então mais um shmup vertical bastante frenético, onde os controlos são muito similares aos do antecessor, embora existam algumas diferenças nas mecânicas. Temos então vários power ups que poderemos apanhar, sendo que cada letra corresponde a uma arma distinta: O V é a metralhadora vulcan, L para raios laser, E para E-Beam (mais uns projécteis de energia) e F para fogo. Naturalmente, ao coleccionar itens iguais iremos melhorar o poder de fogo da arma actualmente equipada, mas uma das novidades é que mesmo antes de começarmos a partida, poderemos visitar o menu das opções e escolher que tipo de disparo queremos que cada uma dessas armas assuma e o mesmo acontece sempre que chegamos ao ecrã de continue. A outra das novidades está no uso das options. No Super Star Soldier estas serviam apenas de escudo, com a sua formação a poder ser alterada a qualquer momento. Aqui já nos garantem algum poder de fogo adicional e os mesmos (poderemos ter um máximo de 2 satélites que nos acompanhem) acabam por seguir os nossos movimentos. Mísseis também podem ser equipados (e customizados no ecrã de opções).

Tanto nas opções como no ecrã de continue temos a possibilidade de customizar o nosso armamento e a dificuldade.

Os controlos são então os seguintes: o botão II dispara as armas principais, o select permite-nos ajustar a velocidade da nave e o botão I activa os specials, bombas capazes de causar dano em todos os inimigos em simultâneo. Mas na verdade, esses specials são os satélites que nos vão acompanhando e o botão I serve para os autodestruir! Felizmente que esses itens são algo comuns, pelo que poderemos utilizar esse poder de fogo adicional de forma inteligente. De resto este é um jogo bastante frenético e está dividido em 7 níveis, onde a dificuldade ganha bastante força particularmente nos dois últimos. Cada nível tem um mid boss e um boss final também. Por fim convém também mencionar que, tal como no seu antecessor, temos também um caravan mode com segmentos próprios onde em 2 ou 5 minutos temos de fazer o máximo de pontos possível.

Apesar de começarmos no cliché do espaço, poderemos também visitar muitas outras paisagens. Ainda assim, a nível gráfico, acho que o seu predecessor é ligeiramente superior.

A nível audiovisual é um jogo que começa pelo espaço, mas os níveis seguintes já nos levam a outras paisagens terrestres, como oceanos, montanhas e florestas, sobrevoar metrópoles, entre outros, embora ache que o jogo graficamente fica um furinho abaixo do seu predecessor. Os inimigos e particularmente os bosses são muito bem detalhados no entanto e o jogo não tem qualquer abrandamento. A banda sonora é excelente, estando repleta de temas bem enérgicos e que nos deixam sempre cheios de adrenalina enquanto jogamos!

Portanto este Final Soldier é mais um óptimo shmup no catálogo da PC Engine e as novas mecânicas de customização de armas que aqui introduziram até que são bastante interessantes e de certa forma até aumentam a sua longevidade. Ainda assim, dos três Soldier que saíram neste sistema, este é frequentemente escolhido pelos fãs como o mais fraco da trilogia, o que me deixa bastante curioso com o Soldier Blade! Mas esse infelizmente não é um jogo tão acessível quanto isso nos dias que correm, pelo que ainda irei demorar até o poder jogar.

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Autor: cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.

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