Stargate (Sega Mega Drive)

Tempo de voltar à Mega Drive para mais uma rapidinha, pois já escrevi sobre este Stargate no passado, na sua versão Super Nintendo. Sendo esta uma conversão da versão 16-bit da Nintendo, não me irei alongar muito neste artigo, salientando no entanto algumas das suas poucas diferenças. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu no passado mês de Setembro por 25€.

Jogo com caixa e manual

O jogo segue então os eventos do filme Stargate e não os da série televisiva que lhe sucedeu anos depois. Iremos protagonizar o líder de um esquadrão de marines que atravessa um portal algures no Egipto que os leva para um planeta na outra ponta do universo e claro, é habitado por uma poderosa civilização com influências egípcias. Iremos descobrir que esse povo estava no entanto a ser oprimido pelos seus líderes, os deuses Ra e Anubis e acabaremos por ajudar um grupo de rebeldes a libertar o seu povo.

Graficamente o jogo até que está bem conseguido, embora a natureza labiríntica de muitos níveis e a pouca variedade de cenários tornam as coisas aborrecidas

A jogabilidade é a de um jogo de acção sidescroller em 2D, onde um botão serve para saltar, outro disparar a nossa metralhadora de balas infinitas, porém que pode sobreaquecer se utilizada em demasia e um outro para lançar granadas, essas já em números limitados. Iremos no entanto encontrar toda uma série de itens, os mesmos da versão SNES. Os níveis são tendencialmente labirínticos, particularmente quando exploramos cavernas ou cidades e durante os mesmos vamos dialogar com vários NPCs que nos vão ditando uma série de objectivos: coleccionar uns quantos objectos, encontrar x personagem, derrotar certos inimigos, entre outros. Esses objectivos podem ser também relembrados quando pausamos o jogo.

Ocasionalmente encontramos alguns NPCs que nos avançam na história e nos dão novos objectivos

Graficamente é um jogo muito similar ao da SNES, embora com menos cores, o que é esperado tendo em conta esse calcanhar de Aquiles da arquitectura da Mega Drive. E revisitando o que escrevi sobre o jogo da SNES creio que fui demasiado severo na minha opinião acerca dos seus visuais. É certo que não há uma grande variedade de cenários, sendo na sua maioria desertos, cavernas, cidades ou outras áreas um pouco mais high-tech. O facto de os níveis serem grandes e labirínticos aborrece-nos um pouco, mas no que diz respeito ao seu detalhe, até que estão bem conseguidos, com vários efeitos de parallax scrolling e com um bom nível de detalhe. As sprites são pequenas é verdade, mas ainda assim são bem animadas e detalhas. No entanto, a SNES tem um nível de shooting que usa e abusa do efeito mode 7, nível esse que foi omitido nesta conversão. As músicas são idênticas, soando naturalmente diferentes na Mega Drive. Estão longe de ser das piores múscas que ouvi na Mega Drive, o que não é nada mau tendo em conta que este é um jogo multiplataforma de uma third party ocidental.

Alguns dos inimigos são autênticas esponjas de balas

Portanto este até que é um jogo de acção competente e com uma boa jogabilidade. No entanto, a natureza algo labiríntica dos níveis, a resiliência de certos inimigos e a sua pouca variedade acabam por o tornar um pouco aborrecido. No que diz respeito aos audiovisuais até o considero bem competente, ao contrário do que havia escrito anteriormente na versão SNES, mas a falta de variedade também lhe retira alguns pontos nesse aspecto.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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