Outra rapidinha para mais um jogo da 3D Realms Anthology, e mais um de plataformas, uma vez mais com George Broussard na sua produção e desenvolvimento. E este Secret Agent acaba por ser uma espécie de sucessor espiritual de outros jogos como Pharaoh’s Tomb, Arctic Adventure e especialmente Crystal Caves, pois herda muitas das suas mecânicas de jogo e respectivas nuances. E tal como todos os outros jogos da 3D Realms Anthology, este deu entrada na minha conta steam por uma quantia muito baixa, numa promoção da Bundle Stars.
Tal como o nome do jogo indica, aqui representamos um agente secreto à lá James Bond (com o nome de código de 006 e meio), na sua quest para travar o desenvolvimento de uma arma capaz de destruir cidades inteiras através da sua órbita em torno do planeta Terra. As mecânicas de jogo, tal como referi acima, fazem lembrar bastante algumas das obras anteriores de George Broussard. Isto porque é um jogo de plataformas, onde cada nível é acessível através de um overworld (Arctic Adventure e Crystal Caves). Nos níveis propriamente ditos, teremos de defrontar vários inimigos e obstáculos, como projécteis a serem disparados de paredes, portas que têm de ser destrancadas com recurso a chaves, e chãos electrificados que podem ser desactivados ao interagir com um terminal (mas primeiro temos de encontrar a disquete com o programa para os desligar!). Os inimigos são combatidos com recurso a uma pistola com munições limitadas, mas que podem também serem encontradas ao longo dos níveis. Ultimamente, em cada nível temos um objectivo principal: procurar e destruir um prato de radar, bem como procurar dinamite de forma a rebentar com a porta de saída e voltar ao overworld. Basicamente é isto ao longo de 3 episódios com 16 níveis cada, onde o último nível de cada episódio apenas pode ser acedido após completar os 15 níveis anteriores.

No que diz respeito aos audiovisuais, apesar de também ter sido lançado em 1992, este é um jogo tecnicamente mais modesto quando comparado com outras obras lançadas e/ou produzidas pela Apogee nesse ano, como Cosmo’s Cosmic Adventure ou claro, o grande Wolfenstein 3D, embora esse esteja num patamar diferente. O motor gráfico faz lembrar bastante o do primeiro Duke Nukem, com os seus gráficos em EGA e menus semelhantes. As sprites são bastante pequenas, comparando com outros jogos de plataformas da Apogee, mas mesmo assim não deixa de ser um jogo relativamente colorido e bem detalhado. As músicas porém, são uma vez mais inexistentes e os efeitos sonoros são assegurados pelos ruídos do PC Speaker.

No fim de contas, não deixa de ser um jogo de plataformas bem competente, embora tecnicamente ainda possa deixar a desejar um pouco mais a nível de audiovisuais. Mas uma coisa é certa, não foi nem de perto nem de longe dos últimos jogos de plataformas em 2D que a Apogee lançou cá para fora.