Hoje será tempo de mais uma rapidinha, já que no fim de semana não houve practicamente tempo nenhum para me aproximar sequer do PC. E o jogo que vos trago hoje é um jogo de plataformas desenvolvido e publicado pela Apogee, e logo o primeiro de uma franchise que muita tinta deu a gastar ao longo dos anos, pelas melhores e pelas piores razões. Sim, estou a falar do Duke Nukem. Os primeiros dois Dukes são jogos de plataformas 2D, um pouco na veia dos Commander Keen da iD Software, cujos a Apogee também publicou. Este jogo foi comprado nalguma promoção do Steam, tendo-me ficado baratinho.
Neste primeiro Duke Nukem ainda não haviam invasões de alienígenas ao nosso planeta com o objectivo de nos raptar as boazonas. Aqui o vilão era o Dr. Proton, que algures no “futuro próximo” de 1997 queria dominar o mundo com o seu exército de robots. Os aliens surgiram apenas no jogo seguinte!

A nível de mecânicas de jogo, este acaba por ser bastante simples. Um botão para saltar e um outro para atacar, ou seja, disparar a nossa arma contra tudo o que mexa. O objectivo de cada nível é simplesmente chegar à sua saída, sendo que para isso muitas vezes teremos de encontrar chaves coloridas que nos dêm acesso a outros locais. De certa forma este é um típico jogo de plataformas para o PC desta época, um pouco como a série Commander Keen, pois temos níveis bem grandinhos (tanto horizontalmente como verticalmente) para explorar, repletos de inimigos para destruir e itens para coleccionar, embora a maioria desses itens sirvam apenas para aumentar a nossa pontuação. Alguns como comida ou coca-cola servem para restabelecer um pouco a nossa barra de energia, outros dão mais poder de ataque à nossa arma ou outros até nos deixam fazer rappel em algumas secções de alguns níveis. E sim, no final de cada “episódio” – pois este é um jogo lançado originalmente como shareware – teremos um combate contra o Dr. Proton.

No que diz respeito aos audiovisuais ainda há algumas coisas a referir. Em primeiro lugar, sendo este um jogo de 1991 e de forma a garantir retrocompatibilidade com PCs mais antigos, os gráficos são em EGA, que não apresentam lá muitas cores. Mas isso para mim é o menos importante, pois ainda assim as sprites e backgrounds acabam por estar bem definidos. Se bem que há também a polémica de alguma artwork ter sido “aproveitada” de jogos como a versão (horrível) para PC do Megaman ou do Turrican. De resto até que gostei da variedade dos episódios, sendo o primeiro passado numa cidade em ruínas após os ataques do Dr. Proton, o seguinte na sua base lunar e no último somos levados para o futuro. O que me causa mais pena é mesmo ao jogo não ter suporte a placas de som e todos os efeitos sonoros serem em PC Speaker, o que sempre achei muito mau, mas quando não haviam placas de som, que remédio tínhamos senão em aguentar. Nesta altura do campeonato acho que a Apogee deveria ter incluído suporte às poucas placas de som já existentes.

Em suma, Duke Nukem não é um mau jogo de plataformas, mas confesso que seja um pouco ultrapassado para os dias de hoje. A sua sequela acaba por ser um jogo muito melhor, ao apresentar gráficos mais cuidados e um design de níveis também mais trabalhado.
