Tennis (Mattel Intellivision)

Continuando pelas rapidinhas de jogos da Mattel Intellivision, ficamos agora com mais um jogo desportivo, desta vez uma simples adaptação do ténis. E tal como os outros jogos deste sistema que trouxe até agora, este veio em conjunto com a própria Mattel Intellivision que comprei a um particular algures em Maio e o conjunto ficou-me por 50€.

Jogo com caixa, manual exclusivamente em francês e folhas plastificadas para se inserir nos comandos. A julgar pelo uso, este terá sido o jogo mais jogado pelos antigos donos!

Tal como no Basketball e Soccer que já trouxe anteriormente este é também uma simples representação do desporto onde poderemos apenas jogar uma partida de 1 contra 1. E sim, também é um jogo exclusivo para dois jogadores, pelo que como o joguei sozinho não deu para tirar tanto partido do mesmo. E a jogabilidade é relativamente simples, mas convém ter o manual para entender as suas particularidades e infelizmente neste caso o manual está exclusivamente em Francês. Felizmente no entanto não é difícil encontrar uma versão inglesa em pdf. A primeira dessas particularidades está logo ao iniciar a partida, que nos obriga a definir a dificuldade: para a activar a dificuldade mais difícil (jogo mais rápido) basta pressionar o direccional em qualquer direcção. Já para dificuldades mais baixas deveremos pressionar um dos botões com bolas de ténis assinalados pela folha de plástico que inserimos no comando. Estes são Inner, Center e Outer, da dificuldade maior para a menor. Uma vez ultrapassada essa escolha, que intuitivamente acabamos sempre por escolher a mais difícil por estar “agarrada” ao direccional, estamos prontos a começar a partida.

Folha plastificada inserida no comando para ilustrar os controlos importantes

E começamos sempre pelo jogador 1 (à esquerda) a servir. E aí temos uma vez mais de pressionar um daqueles 3 botões mencionados acima, que definirão em que zona do campo iremos direccionar a bola durante o serviço, e aí sim, as palavras inner, center e outer já fazem sentido. Uma vez escolhida a direcção da nossa jogada, o jogador posiciona-se no local correcto e estamos prontos a servir e é aí que entram os botões laterais. Pela descrição do plástico que inserimos no comando esses botões servem para hard e soft swing, pelo que são esses os botões que iremos mais utilizar ao longo da partida. Para o serviço teremos de pressionar um desses botões 2 vezes, a primeira para lançar a bola ao ar, a segunda para lhe acertar e aí temos de ter em atenção ao timing certo para mandar uma raquetada. De resto, com a bola em jogo teremos de utilizar os mesmos botões para usar as raquetes, seja com lobs (soft swing) ou jogadas mais tensas (hard swing). Claro que jogando isto sozinho não tem piada nenhuma porque o segundo jogador nunca responde…

Visuais super minimalistas mas com alguns detalhes interessantes para a época

A nível audiovisual estamos uma vez mais perante um jogo bastante minimalista e graficamente simples. O campo de ténis é apresentado numa horizontal, as sprites dos jogadores são bastante minimalistas e monocromáticas e de resto o jogo até tem alguns detalhes interessantes: a bola de ténis tem uma sombra que a acompanha no campo e as cabeças do público acompanham o seguimento da bola. São pequenos detalhes que devem ter sido bem recebidos num jogo de 1980! A nível de som é o habitual, efeitos sonoros também muito discretos e o ocasional ruído do público sempre que alguém pontua.

Portanto este Tennis é mais um jogo bastante simples e felizmente a Mattel também não resolveu complicar muito a sua jogabilidade. Só mesmo a definição inicial da dificuldade deveria ter sido melhor implementada e a selecção dos diferentes tipos de serviços também é algo desnecessária. De resto só faltava mesmo a possibilidade de se jogar sozinho contra o CPU!

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Autor: cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.

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